Parábola dos Talentos: Explicação e 6 Lições Significativas

Parábola dos Talentos pode parecer confusa a princípio, mas contém lições de vida essenciais para todo cristão.

Essa parábola não deve ser confundida com a parábola das minas em Lucas 19:11-27. A ideia
essencial das duas histórias e a lição que ensinam são parecidas, mas os detalhes e o contexto são diferentes.

O que acontece na parábola dos talentos em Mateus 25?

Na Parábola dos Talentos (Mateus 25:14-30), Jesus novamente usou uma história para encorajar seus seguidores a estarem sempre prontos para o seu retorno. “Vigiai”, disse ele, “pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor” (Mateus 24:42).

Na parábola, ele descreve um homem que sai em viagem, confiando a seus servos suas riquezas e posses em sua ausência.

Para um servo, o mestre dá cinco talentos, para um segundo servo, dois talentos e para um terceiro servo, um talento (Mateus 25:14-15). 

A parábola continua dizendo que dois dos servos, o que recebeu cinco talentos e o que recebeu dois, foram bons administradores do dinheiro de seu mestre, investindo-o de tal maneira que, quando o mestre voltou, devolveram o dobro do que ele tinha. originalmente dado a eles (Mateus 25:16-17).

O terceiro servo, porém, não foi tão prudente. De acordo com a história, “aquele que recebeu um talento foi, cavou um buraco no chão e escondeu o dinheiro de seu senhor” (Mateus 25:18).

Quando o mestre finalmente voltou, os servos fiéis foram elogiados e receberam mais riquezas do mestre. 

“Muito bem, servo bom e fiel”, disse o mestre a cada um deles. “Foste fiel no pouco, sobre muito te colocarei. Entra no gozo do teu senhor” (Mateus 25:21).

O servo que era medroso e negligente, porém, foi rapidamente repreendido por seu mestre, que o chamou de “mau, preguiçoso e inútil”. Seu talento foi tomado e dado ao que tinha dez talentos, e ele mesmo foi expulso da presença de seu mestre (Mateus 25:30).

Explicação do significado de talento na Bíblia

Um talento, na parábola, referia-se a uma grande quantidade de dinheiro que o homem rico possuía. Ao precisar se ausentar da terra, ele distribuiu responsabilidades de negociação aos seus servos de acordo com a capacidade de cada um.

O termo grego utilizado por Mateus é “talanton“, que significa “talento” e se referia a uma moeda de alto valor.

Um talento equivalia a seis mil denários, sendo que um denário correspondia ao salário diário de um trabalhador. Além disso, um talento também poderia ser equivalente a seis mil dracmas, o que significava 12.600 gramas de prata, embora também pudesse ser feito de ouro ou cobre. O valor de um talento, portanto, dependia do tipo de metal utilizado para a moeda.

É diferente do conceito moderno de “talento” como um dom ou habilidade natural. Aqui, o mestre está confiando a seus servos uma medida de sua riqueza, proporcional a cada uma de suas habilidades (Mateus 25:15).

No mundo secular, uma pessoa com talentos é como alguém que tem habilidades especiais para fazer determinadas coisas. Normalmente, são criativas e inventivas, e seus talentos são manifestos em várias áreas da vida humana. Esses talentos são como habilidades ou oportunidades de cada pessoa para fazer alguma coisa útil.

Elionai Cabral explica “Em relação ao Reino de Deus na terra, essas habilidades podem representar dons naturais ou dons espirituais recebidos de Deus.”

Quando se tem consciência desses dons, os mesmos se usam em favor do Reino de Deus. Podemos entendê-los como bens pessoais, ou seja, um conjunto de qualidades naturais e graças espirituais que qualificam essas pessoas a realizarem determinados serviços para o Reino de Deus na terra.

Cada crente, em particular, possui algum talento com o qual poderá trabalhar para o Senhor e receber a devida recompensa.

Aqui estão 6 lições de vida da parábola dos talentos:

lições de vida da parábola dos talentos

1. A parábola nos ensina que Deus nos presenteou e nos confiou bênçãos

As coisas que temos na vida são bênçãos de Deus e ele as confiou a nós. Ele não nos deu todas as mesmas coisas. Cada um de nós tem diferenças em situação financeira, saúde, intelecto, habilidades e talentos, etc. Não importa se são muito ou pouco, todos são dons de Deus.

No livro de Gênesis vemos que Deus colocou Adão no jardim para lavrá-lo e cuidar dele. Como cristãos, temos uma missão que nosso Senhor espera que cumpramos aqui e agora.

Muitos cristãos evangélicos hoje veem sua salvação simplesmente como uma “passagem de ônibus para o céu”. Acreditam que não importa o que façam enquanto “esperam o ônibus”. A Parábola dos Talentos nos ensina o que devemos fazer enquanto esperamos o retorno de nosso Rei.

Devemos trabalhar, usando nossos talentos para glorificar a Deus, servir ao bem comum e promover o reino de Deus. Sucesso, biblicamente falando é trabalhar diligentemente aqui e agora usando todos os talentos que Deus nos deu para produzir o retorno esperado pelo Mestre.

2. Deus sempre nos dá tudo o que precisamos para fazer o que ele nos chamou para fazer

Você já se perguntou quanto vale um talento no dinheiro de hoje? É difícil saber com certeza, mas qualquer que seja seu valor exato, no Novo Testamento um talento indica uma grande soma de dinheiro.

Podemos sentir pena do servo que recebeu apenas um talento, mas na realidade ele recebeu grande valor do mestre e o enterrou em seu quintal. Ele recebeu mais do que o suficiente para atender às expectativas do mestre.

Assim como o mestre esperava que seus servos fizessem mais do que preservar o que receberão, Deus espera que geremos retorno usando nossos talentos para fins produtivos. Os servos receberam o suficiente para produzir mais. Assim deve ser com os dons que Deus nos deu. O apóstolo Paulo escreve em Efésios 2:10:

Pois somos feitura de Deus, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que as fizéssemos. 

Raramente associamos esse versículo ao nosso trabalho, mas deveríamos.

3. A Parábola dos Talentos ensina que nem todos somos iguais

A parte mais negligenciada desta parábola é a segunda metade do versículo 15: o mestre dá a cada servo talentos, “…cada um segundo a sua habilidade.” O mestre entendeu que o servo de um talento não era capaz de produzir tanto quanto o servo de cinco talentos.

Queremos protestar contra isso como injusto. No entanto, sabemos que isso é verdade por nossa própria experiência. Cada um possui uma capacidade diferente do outro.

Mas, embora não tenhamos sido criados iguais em relação aos talentos que recebemos, há igualdade encontrada na Parábola dos Talentos. Vem do fato de que é preciso tanto trabalho para o servo de cinco talentos produzir mais cinco talentos quanto para o servo de dois talentos produzir mais dois talentos.

É por isso que a recompensa dada pelo mestre é a mesma. O mestre mede o sucesso por graus de esforço, como deveríamos fazer.

4. A parábola nos ensina que Ele não nos julga pelo mesmo padrão

Deus deu os talentos (ouro/moedas) de acordo com a capacidade de cada pessoa. Deus nos criou com talentos e habilidades diferentes e nunca recebemos mais do que Ele sabe que podemos suportar. 

Ele garante que tenhamos dinheiro, recursos, aptidões, habilidades e capacidade de realizar Sua vontade para nossa vida, não importa quão pequena ou grande seja a meta. Ele avalia nosso desempenho não com base em como nossas realizações se comparam às dos outros, mas em quão bem vivemos para o bem e para a glória Dele de acordo com nossas habilidades e recursos.

5. Trabalhamos para o Mestre, não para nossos próprios propósitos egoístas

Os talentos dados aos servos não são deles. O dinheiro que ganham com o capital não é deles. Os servos são apenas mordomos do investimento do mestre, e é a qualidade de sua mordomia que o mestre procura medir.

Devemos maximizar o uso de nossos talentos não para nossos propósitos egoístas, mas para honrar a Deus. Sabemos que trabalhamos em um mundo caído. Por causa da maldição do pecado, nosso trabalho será difícil. Mas devemos sentir satisfação e alegria de fazer o melhor com o que Deus nos deu no lugar onde sua providência nos coloca, buscando vencer para honrá-lo.

6. A Parábola dos Talentos mostra que seremos responsabilizados 

A Parábola dos Talentos não é sobre salvação ou retidão por obras, mas sobre como usamos nosso trabalho para cumprir nossos chamados terrenos. Trata-se de mordomia da vida toda.

O mordomo infiel nesta parábola não desperdiçou apenas o dinheiro do mestre, mas ele desperdiçou uma oportunidade. Como resultado, ele foi julgado perverso e preguiçoso. Somos responsáveis ​​pelo que fazemos para Deus com o que nos foi dado, e um dia seremos cobrados.

O que ouvimos do Mestre naquele dia depende de nós.

Qual é a lição de moral da Parábola

A lição moral da Parábola dos Talentos é que devemos usar e aumentar nossos dons de Deus (bênçãos) para Sua glória.

O que a parábola dos talentos significa para nós?

Como servos de Cristo, devemos valorizar, cuidar e usar bem os talentos que Ele nos confiou de forma justa e bondosa.

Um dia o mestre voltará para prestarmos contas. Então, Ele desejará saber o que fizemos com esta preciosa vida e talentos que nos deu. Se formos bons servos, Ele nos elogiará e nos confiará mais.

Se agirmos de forma negligente escondendo o que Ele nos deu, sofreremos as consequências.

Equipe Redação BP

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