Lucas 2:14 Significado de “Glória a Deus nas alturas”


Lucas 2:14 – ACF
 (Almeida Corrigida Fiel)

“Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.”

Traduções Bíblicas de Lucas 2:14 (Versões)

Lucas 2:14 – NAA (Nova Almeida Atualizada)

“Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.”

Lucas 2:14 – NVI (Nova Versão Internacional)

“Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor”.

NTLH – Lucas 2:14 (Nova Tradução Linguagem de Hoje)

“Glória a Deus nas maiores alturas do céu! E paz na terra para as pessoas a quem ele quer bem!”

Explicação e Comentário de Lucas 2:14

É difícil imaginar como seria experimentar o que esses pastores experimentaram. Quantos anjos constituem uma multidão? Os pastores receberam o profundo privilégio de estar entre os primeiros a ouvir as boas novas de grande alegria sobre o Salvador do mundo.

Quando a multidão do exército celestial cantou: “Glória a Deus nas alturas…”, eles comunicaram poderosamente o fim para o qual Deus criou o mundo. A Confissão de Westminster declara poderosamente: “O fim principal do homem é glorificar a Deus e desfrutá-lo para sempre”. 

Quando vemos o mundo neste contexto, tudo está colocado em seu devido lugar. Cristo nasceu para glorificar a Deus. Cristo morreu para glorificar a Deus. E Cristo nos salva para trazer glória a Deus.

Quando Deus é glorificado pela adoração voluntária e obediência do homem, então há paz na terra. A paz verdadeira e duradoura vem da experiência do favor de Deus para nos salvar para si mesmo, reconciliando-nos consigo mesmo e uns com os outros pelo sacrifício de seu Filho amado.

Interpretação de Lucas 2:14, as partes chave do versículo:

“Glória a Deus nas alturas”

Na terra, Deus permite que os homens o desobedeçam e até o neguem, muito menos deixem de glorificá-lo. No céu é impossível. Deus em seu trono é mais glorioso do que a Bíblia poderia descrever adequadamente (Ap 4-5; Is 6:1-8).

“E paz na terra…”

De fato, na terra, a glória de Deus deve permanecer parcialmente escondida para que homens e mulheres possam ter paz. Considere o rosto brilhante de Moisés (Êx 34:29-35), ou o cuidado de Deus em escondê-lo na rocha enquanto sua glória passava (Êx 33:22). 

A morte de Cristo por nós na cruz foi a proteção final contra a glória que nos destruiria (Is 6:1-8), capacitando-nos com um novo espírito que é capaz de vir ousadamente diante dele (Hb 4:16). 

Homens e mulheres experimentam a paz de Deus quando entregam suas vidas a seus pés e aceitam a dádiva gratuita da salvação em Cristo. A vida permanecendo em Cristo é uma vida de paz com Deus.

“boa vontade para com os homens.”

Ele colocou seu favor em você. Gênesis 6:8 diz: “Noé achou graça diante de Deus”. Isso significava que, embora Deus destruísse o mundo em rebelião, Noé e sua família seriam separados para a salvação. Isso é o que significa também para os cristãos, a salvação do julgamento vindouro (Atos 2:40).

Comentários sobre o que Significa Lucas 2:14

Comentários sobre o que Significa Lucas 2:14

Comentário de Wiersbe (Contexto) Lucas 2:14

Os anjos devem ter ficado maravilhados ao ver o Criador nascer como uma criatura, o Verbo na forma de um bebê sem poder falar. Uma ótima reflexão sobre isso está em 2 Coríntios 8:9, e a melhor resposta do nosso coração é uma atitude de admiração e adoração.

“Grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne” (1 Timóteo 3:16).

A primeira vez que anunciaram o nascimento do Messias foi para uns pastores. Por que escolheram pastores? Por que não sacerdotes ou escribas? Ao visitar os pastores, o anjo revelou a graça de Deus para com a humanidade. Na realidade, os pastores viviam à margem da sociedade de Israel.

Os pastores não só eram considerados impuros devido ao trabalho deles, mas também passavam muito tempo longe do templo, então não podiam se purificar. Deus escolhe os humildes, não os ricos e poderosos.

Talvez os pastores estivessem cuidando de rebanhos usados para os sacrifícios no templo. Então faz sentido que as boas novas sobre o Cordeiro de Deus fossem dadas primeiro a esses simples pastores.

Primeiro, um anjo (talvez Gabriel) apareceu e anunciou as boas novas. Depois, um grupo de anjos se juntou a ele e cantou uma canção de louvor. Pela primeira vez em muito tempo, a glória de Deus estava de volta à Terra. Se os pastores ficaram assustados com o que viram e ouviram, com certeza foi real!

“Não temais!” é um dos temas chave da história de Natal. “Eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo”, declarou o anjo usando um termo que significa “pregar as boas-novas”.

As boas novas não eram sobre o envio de um soldado, juiz ou reformador, mas sim sobre o envio de um Salvador para atender à maior necessidade das pessoas. Era uma mensagem de paz para o mundo.

“Glória a Deus nas alturas, Paz na terra”

O termo hebraico shalom (paz) significa muito mais do que uma trégua das batalhas da vida. Significa bem-estar, prosperidade, segurança, integridade e plenitude. Está mais ligado ao caráter do que às circunstâncias. A vida naquele tempo era tão difícil quanto hoje. Os impostos e o desemprego estavam cada vez mais altos, os padrões morais cada vez mais baixos, e um governo militar controlava o povo.

Nem a lei romana, nem a filosofia grega, nem mesmo a religião judaica eram capazes de suprir as necessidades do coração humano. Então, Deus enviou seu Filho!

Os anjos louvaram a Deus na criação (Jó 38:7), e agora o louvavam no início da nova criação. O propósito do plano da salvação é a “glória a Deus”.

A glória de Deus habitou no tabernáculo, mas partiu por causa do pecado de Israel.

No período em questão, vem os a glória de Deus voltar à Terra na pessoa de seu Filho (João 1:14). Aquela manjedoura humilde transformou-se no Santo dos Santos, pois Jesus estava lá!

Comentário de Beacon (Versículos anteriores)

Naquela mesma comarca (8) significa a terra de pastoreio próxima a Belém. Um milênio antes disso, Davi cuidava do rebanho do seu pai nestas mesmas pastagens. Pastores que estavam no campo. Entre os judeus, a ocupação de pastor era uma das mais humildes, e provavelmente por essa razão Deus decidiu revelar o nascimento do Salvador em primeiro lugar aos pastores. Isto está de acordo com a escolha de uma manjedoura como o lugar do nascimento.

A palavra grega traduzida como estavam tem o mesmo sentido de “moravam”, e não de simplesmente passar o dia ou a noite com o rebanho. Estes pastores viviam, talvez em tendas ou barracas, onde eles cuidavam dos seus rebanhos.

De acordo com Edersheim, os pastores, na história da Natividade, estavam encarregados dos rebanhos do Templo, e que esses ficavam no campo durante o ano todo. Ele baseia essa opinião em uma passagem do Misná.

Esta questão pareceu muito importante para estudiosos e para muitos cristãos em geral, mas deveríamos obter nossa resposta da óbvia falta de interesse divino na questão. Deus, em sua revelação, guardou silêncio sobre o assunto. No entanto, se Edersheim estiver correto em sua ideia de que os pastores estavam guardando as ovelhas para os sacrifícios no Templo, surge outra razão para que Deus os escolhesse para ouvir o primeiro anúncio do nascimento do Salvador. Haveria uma evidente relação simbólica com o Cordeiro de Deus, que se tornou o Cordeiro sacrifical do homem.

Guardavam durante as vigílias da noite. A palavra grega traduzida como guardavam parece dar a entender um sistema de turnos de vigília. O termo é aquele usado para a tarefa de guarda das sentinelas militares.

Um anjo do Senhor veio sobre eles (9)

Significa, literalmente, “Um anjo do Senhor ficou ao lado deles”. A glória do Senhor os cercou de resplendor. A palavra traduzida como glória, quando se refere a Deus ou ao Senhor, frequentemente tem o sentido de “brilho” ou “luz”. A palavra resplendor dá a mesma ideia. Assim, foi a luz de Deus que repentinamente iluminou o campo quando o anjo apareceu. Tiveram grande temor significa, literalmente, “Eles se amedrontaram com um grande medo”. Esta era uma reação natural ao repentino, ao esplendor e à manifestação divina na sua aparição celestial.

E o anjo lhes disse: Não temais… vos trago novas de grande alegria… para todo o povo (10). Embora o medo fosse uma reação natural, gritos de alegria seriam muito mais apropriados. As novas que o anjo trouxe eram as melhores notícias que o homem já tinha ouvido. Os anjos se regozijaram naquela noite pela grande felicidade dos homens, porque a redenção não se destinava aos anjos santos, mas sim à humanidade pecadora e decaída. Estas novas eram para todo o povo. A aplicação (potencialmente) da redenção à personalidade humana seria tão ampla quanto a raça, e tão duradoura quanto o tempo, e os seus benefícios durariam para sempre.

Vos nasceu hoje… o Salvador (11)

Esta é a palavra favorita de Lucas e do seu companheiro Paulo. Os termos “Salvador” e “salvação” aparecem mais de quarenta vezes nos seus escritos, ao passo que aparecem raramente nos outros livros do Novo Testamento. Não é apenas o fato da chegada do Salvador que constitui as boas-novas da mensagem do anjo, mas a natureza da Sua salvação.

Embora os pastores pudessem provavelmente ter interpretado aquela salvação como sendo material e política, todo o Novo Testamento é inequívoco na sua interpretação como sendo moral e espiritual. O bebê anunciado pelos anjos seria o Salvador que os libertaria do pecado. Fica claro que os anjos desejavam que os pastores fossem e vissem o Salvador, pelo fato de que lhes indicaram o lugar – a cidade de Davi, a própria cidade deles. Além disto, o anjo lhes deu um sinal para que pudessem identificar o Salvador.

Achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura (12). Este sinal não apenas facilitou a identificação – pois certamente eles não iriam encontrar dois bebês assim, naquela noite, em Belém – mas sem dúvida também os encorajou a acreditar que Alguém tão humilde não afastaria sequer um pastor.

Uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus (13). Esta era a função normal e a alegria dos anjos. O coro que tão subitamente acompanhou o mensageiro angelical cantou músicas celestiais que certamente tinham como tema o Príncipe do Céu. Ele tinha vindo à terra para estabelecer o Reino do Céu, e para preparar um caminho para que as criaturas terrenas pudessem tornar-se cidadãos do céu.

Glória a Deus nas alturas (14).

Esta não era somente uma continuação, na terra, do louvor perpétuo a Deus que os anjos cantam no céu. Era louvor a Deus pelo Seu programa de redenção, e especialmente pelo Redentor. Também é profético da glória que será dada a Deus através do ministério redentor de Cristo.

Paz na terra, boa vontade para com os homens. Alguns entendem esta frase como dizendo: “Entre os homens de boa vontade”, e assim há espaço para argumentação”. Cristo é o verdadeiro Príncipe da Paz. Ele veio para trazer paz ao coração dos homens, e Ele é a única esperança de paz no mundo. A paz entre o homem e Deus é um pré-requisito essencial para a paz entre o homem e os seus companheiros humanos.

Comentário de Ellicott – Lucas 2:14

Lucas 2:14 – Glória a Deus nas alturas. – As palavras parecem ter formado uma das doxologias familiares dos judeus e, como tal, reaparecem entre os gritos da multidão por ocasião da entrada real de nosso Senhor em Jerusalém (Lucas 19:38). A ideia implícita nas palavras “nas alturas” (o grego plural) louvor ouvido no próprio céu dos céus, nas regiões mais altas do universo.

Paz na terra, boa vontade para com os homens. – Dai “paz na terra entre os homens de boa vontade” – isto é, entre os homens que são objetos da boa vontade, a aprovação e o amor de Deus. A outra construção, “Paz aos homens de paz”, que o Ano Cristão tornou familiar, dificilmente é consistente com o uso geral do Novo Testamento quanto à palavra traduzida como “boa vontade”. 

A palavra é aquela que nosso Senhor (Mateus 11:25; Lucas 10:21) e Paulo usa a vontade divina em seu aspecto de benevolência, e o verbo correspondente aparece, conforme pronunciado pela voz divina, no batismo e na transfiguração (Mateus 3:17; Mateus 17:5). 

As palavras estão no grego, sem um verbo e, portanto, podem se entender como uma proclamação ou uma oração. A “paz na terra” não foi raramente conectada, como na Ode de Milton sobre a Natividade, com o fato de que o império romano estava então em paz, e os portões do Templo de Janus fechados porque não havia necessidade do poder do deus sair em defesa de seus exércitos. É óbvio, entretanto, que a “paz” do hino dos anjos é algo muito maior do que qualquer “tal como o mundo dá” – paz entre o homem e Deus e, portanto, paz dentro das almas de todos assim reconciliados. 

Notas de Barnes sobre a Bíblia

Lucas 2:14 – Glória a Deus – Louvado seja Deus, ou honra seja dada a Deus. Isto é, o louvor do homem redentor é devido a Deus. O plano de redenção trará glória a Deus, projetado para expressar sua glória. Isso ele faz demonstrando seu amor pelas pessoas, sua misericórdia, sua condescendência e sua consideração pela honra de sua lei e pela estabilidade de seu próprio governo. É a mais alta expressão de seu amor e misericórdia. Em nenhum lugar, até onde podemos ver, sua glória poderia ser mais impressionante do que dar seu Filho unigênito para morrer pelas pessoas.

No mais alto – Isso é capaz de vários significados:

1. Nas “tensões” mais altas, ou da maneira mais alta possível.

2. “Entre” o mais alto, isto é, entre os anjos de Deus; indicando que “eles” sentiram um profundo interesse neste trabalho e foram chamados a louvar a Deus pela redenção do homem.

3. Nos céus mais altos – indicando que o louvor da redenção não deve se limitar à “terra”, mas deve se espalhar por todo o universo.

4. As palavras “Deus nas alturas” podem ser equivalentes a “Deus Altíssimo” e ser o mesmo que dizer: “Que o Deus Altíssimo seja louvado por seu amor e misericórdia para com as pessoas”.

Comentário Bíblico Jamieson-Fausset-Brown

Lucas 2:14 – Glória… – Hino breve, mas transportador – não apenas em fala humana articulada, para nosso benefício, mas em medida sintonizável, na forma de um paralelismo hebraico de duas cláusulas completas, e uma terceira apenas ampliando a segunda, e portanto, sem um “e” de conexão. 

A “glória a Deus”, que o recém-nascido “Salvador” traria, é a primeira nota deste hino sublime: a isso responde, na segunda cláusula, a “paz na terra”, da qual Ele deveria ser “o Príncipe” (Is 9:6) – provavelmente cantado responsivamente pelo coro celestial. Enquanto segue rapidamente o alegre eco desta nota, provavelmente por um terceiro destacamento dos coristas angelicais – “boa vontade para com os homens”. “Eles não dizem, glória a Deus no céu, onde estão os anjos, mas, usando uma expressão rara, “nas alturas [céus]”.

Estudo em vídeo sobre Lucas 1-9

Equipe Redação BP

Nossa equipe editorial especializada da Biblioteca do Pregador é formada por pessoas apaixonadas pela Bíblia. São profissionais capacitados, envolvidos, dedicados a entregar conteúdo de qualidade, relevante e significativo.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo