OBADIAS, LIVRO – Significado

OBADIAS, LIVRO DE – Quarto livro dos Profetas Menores; o menor livro do Antigo Testamento.

Autor: Praticamente nada é conhecido sobre o profeta Obadias. Nem mesmo o nome de seu pai ou de sua terra natal é fornecido na introdução (Obadias 1.1).

Pano de fundo: É provável que Obadias tenha vindo de Judá, porque ele expressa grande preocupação sobre as incursões feitas pelos edomitas em sua terra no dia da destruição de Judá (versículo 12). Ele, provavelmente, teve sua visão em relação a Edom (versículo 1) pouco antes da queda de Jerusalém e da devastação de Judá por Nabucodonosor em 586 aC A Babilônia deve ter invadido Edom em 582 aC, embora não existam provas concretas de que tal invasão aconteceu. O rei babilônio Nabonido ficou em Temã por muitos anos, e a cidade de Tell el Kheleifeh, próxima ao golfe de Ácaba, floresceu no início do século. No entanto, Edom adentrou um período de declínio no século 6 aC, em razão da interferência de seus parceiros comerciais da Arábia e do sul, tais como Temã e Dedã.

Conteúdo: A queda de Edom é anunciada pelo profeta (versículos 1-4). Evidentemente, uma coalizão de tribos árabes vizinhas estava conspirando para atacar Edom, ou que conferia peso à sua mensagem (versículo 1). Poucas dessas tribos tinham consciência de que seu ataque planejado a Edom era parte do plano divino. A destruição de Edom é declarada (versículos 2-9), e sua queda é descrita (versículos 2-4). Edom, aparentemente forte e seguro, protegido por altas montanhas (versículo 3), seria posta abaixo (versículo 4). A derrubada de Edom seria completa (versículos 5-6). Tal como ladrões e saqueadores destroem um lugar durante a noite, assim Edom seria extirpada, e suas casas e vinhas, pilhadas. Os edomitas não permanecem interrupções misericordiosas como, às vezes, ocorre quando assaltantes invadem uma casa. Mesmo aliados se mostrariam traidores (versículo 7), confederados enganariam e hóspedes montariam armadilhas. Tomada de surpresa, Edom cairia como presa fácil. Quando o dia da maldição de Edom chegasse, os sábios seriam mortos (versículo 8), e os soldados, desmoralizados.

O mau procedimento de Edom é exposto (versículos 10-15). Edom declarou mais vontade para com Judá no dia em que os babilônios atacaram. Em vez de ajudar, indiferentemente e agiu como um de seus inimigos. Para piorar as coisas, regozijou por causa do infortúnio de Judá, zumbiu do povo e tomou suas propriedades. Cooperou com a Babilônia, impedindo os refugiados de Judá de escaparem, bem como os entregando aos seus inimigos. Esses atos se voltariam contra Edom.

No Dia do Senhor (versículos 15-21), a culpada Edom estará envolvida no grande julgamento de Deus sobre todas as nações. Além do dia desastroso, enfrentado por Jerusalém em 586 aC, haverá outro dia, esse de justiça e julgamento a favor de Israel. Para o bem do povo, o remanescente de Judá (versículos 17, 21) será preservado; o lugar sagrado, o monte Sião, restaurado; e os edomitas ficarão sob o controle do remanescente de Israel. Como um fogo, Israel consumirá o resto de Edom (versículo 18) e reconquistará os territórios perdidos (versículos 19, 20).

Importância teológica: Teologicamente, a profecia enfatiza a soberania divina em meio à cruel invasão da soberania limitada de Judá. O Senhor da história trabalha seus propósitos no passado e no presente. No futuro, ele julgará os inimigos de Israel. Sião será restaurada como a capital orgulhosa de uma nação gloriosa, libertada da corrupção paga para sempre.

Equipe Redação BP

Nossa equipe editorial especializada da Biblioteca do Pregador é formada por pessoas apaixonadas pela Bíblia. São profissionais capacitados, envolvidos, dedicados a entregar conteúdo de qualidade, relevante e significativo.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo