Quando Jesus morreu? Desvendando a questão

Quando exatamente Jesus morreu? A data exata da morte de Jesus tem sido objeto de debates e especulações ao longo dos anos. Alguns argumentam que a crucificação ocorreu na quarta-feira, enquanto a maioria dos estudiosos acredita que foi na sexta-feira.

No entanto, é importante ressaltar que a questão do dia exato tem consumido tempo e energia, muitas vezes sem uma resposta definitiva. Para alguns, a busca pela data correta parece ter adquirido uma importância religiosa quase dogmática.

Entendendo as diferenças de interpretação

Ao abordar essa questão, é necessário compreender as nuances das línguas antigas, como o grego e o hebraico. Algumas pessoas defendem que a expressão “três dias e três noites” mencionada em Mateus 12:40 deve se interpretar literalmente. Ou seja, como três dias e três noites completos.

No entanto, há evidências de que, na linguagem antiga, essa expressão poderia se usava para indicar parte de três dias e noites, em vez de sua totalidade.

Jerônimo, um dos pais da Igreja, esclarece essa ideia ao mencionar que a passagem de Jonas, à qual o versículo se refere, pode se entender como uma figura de linguagem chamada sinédoque, em que uma parte representa o todo.

Isso significa que a expressão não indica que Jesus esteve literalmente três dias e três noites no túmulo, mas sim que a narrativa abrange parte da sexta-feira, parte do domingo e todo o sábado, totalizando três dias.

A interpretação na linguagem antiga

Na linguagem popular da época, “três dias e três noites” era uma expressão figurada que, na realidade, significava não mais do que três dias. Isso era calculado incluindo o primeiro dia, o dia em que algo ocorria. Nesse contexto, o dia da crucificação teria sido o primeiro dia, enquanto o dia da ressurreição seria o terceiro. O segundo dia corresponderia ao sábado, completando, assim, os três dias.

Essa interpretação é apoiada pelas próprias palavras de Jesus, que afirmou várias vezes que ressuscitaria ao terceiro dia. Além disso, Paulo também menciona essa expressão, reafirmando a declaração de Jesus: Mateus 16:21, 17:23, Marcos 9:31, 10:34, Lucas 9:22, 18:33, 24:17 e 1 Coríntios 15:4.

Conclusão: o significado simbólico prevalece

A questão sobre o dia exato da morte de Jesus não deve ser um ponto central de discórdia ou desperdício de energia. A interpretação tradicional e simbólica dos “três dias e três noites” indica que Jesus morreu na sexta-feira, ressuscitou no domingo e que o sábado se enquadra como o segundo dia da narrativa.

É importante lembrar que o significado espiritual e simbólico da morte e ressurreição de Jesus supera a importância de uma data específica. O sacrifício e a vitória de Cristo transcendem qualquer debate cronológico. A mensagem central do cristianismo reside na redenção e no amor de Deus manifestados através da vida, morte e ressurreição de Jesus.

Independentemente da data exata da crucificação, o evento em si representa o ápice da salvação e da esperança cristã. A morte de Jesus na cruz simboliza o sacrifício supremo para a remissão dos pecados da humanidade, enquanto sua ressurreição triunfante representa a vitória sobre a morte e a promessa da vida eterna.

Em vez de nos prendermos em discussões minuciosas sobre a cronologia precisa dos acontecimentos, devemos nos concentrar no significado espiritual e nas lições atemporais transmitidas por esse evento transformador. A morte de Jesus nos lembra do imenso amor de Deus por nós e da possibilidade de redenção e renovação para todos que creem.

Portanto, amado(a) irmão(ã), ao invés de nos perdermos em debates infrutíferos, devemos nos unir em torno do cerne do cristianismo: o amor e a graça divina demonstrados por meio da vida e da morte de Jesus.

Pois, quando se trata de compreender o momento exato da morte de Jesus, é essencial lembrar que nossa fé se baseia na verdade maior do seu sacrifício e ressurreição.

Equipe Redação BP

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