Sanita de 2700 anos descoberta em mansão real de Jerusalém revela informações sobre condições sanitárias antigas

Foi encontrada acima de uma fossa séptica esculpida na rocha e apresentava um buraco no centro, proporcionando conforto para quem se sentava nela.

Cerca de dois anos atrás, durante escavações arqueológicas lideradas por Yaakov Billig em nome da Autoridade de Antiguidades de Israel, uma rara sanita privada de 2700 anos foi descoberta em uma mansão real datada de meados do século VII A.C.

A mansão estava localizada em Armon Hanatziv, Jerusalém, onde a Fundação Cidade de Davi iniciou o projeto do Centro Turístico Beit Shatz. A sanita de pedra de calcário foi encontrada acima de uma fossa séptica esculpida na rocha e apresentava um buraco no centro, proporcionando conforto para quem se sentava nela.

A descoberta levou a uma investigação mais aprofundada pela Dra. Dafna Langgut, diretora do Laboratório de Arqueobotânica e Ambientes Antigos do Instituto de Arqueologia e do Museu Steinhardt de História Natural da Universidade de Tel Aviv.

Durante a escavação, ela coletou amostras de solo debaixo da sanita e descobriu restos de ovos mortos de quatro tipos diferentes de parasitas intestinais que habitavam o local há 2700 anos atrás.

Essa descoberta permitiu a realização de estudos arqueoparasitológicos, tornando possível compreender a história de doenças e epidemias e fornecendo novas informações sobre as condições de higiene, estilos de vida e saneamento da antiguidade.

Segundo a Dra. Langgut, as más condições sanitárias foram a causa das doenças intestinais que contaminaram os alimentos e a água potável, além da falta de conscientização sobre a higiene, como não lavar as mãos.

O uso de esterco para fertilizar culturas e jardins, assim como o consumo de carne de vaca ou porco cru, também contribuíram para a propagação de parasitas. Naquela época, a recuperação de uma infecção parasita era difícil ou impossível, deixando os infectados sofrendo para o resto de suas vidas.

Os estudos realizados pela Dra. Langgut fornecem um vislumbre da vida em tempos antigos, ajudando-nos a documentar a história de doenças e epidemias na região. Atualmente, ela está realizando mais testes nos mesmos sedimentos acumulados na fossa séptica para aprender sobre a dieta e as ervas usadas em Jerusalém no final da Idade do Ferro.

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Equipe Redação BP

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