Salmos 22: O “Salmo da Crucificação de Jesus”
Você sabe por que o Salmos 22 é considerado o “Salmo da Crucificação de Jesus”? Esse é um salmo de profunda lamentação, que se encerra como um louvor a Deus e libertação. Embora fale de aflição particular de Davi e de como o Senhor o libertou, também se refere profeticamente à crucificação e ressurreição de Jesus.
Sobre o que é o Salmo 22?
Davi é o autor, mas é difícil determinar a ocasião de sua vida que teria dado origem a esse tipo de salmo. De acordo com o relato bíblico, o Senhor jamais o abandonou em seu momento de necessidade; antes, sempre lhe deu amigos para ajudá-lo e o livrou de seus inimigos.
O sofrimento intenso descrito aqui não corresponde a um homem enfermo em seu leito nem a um soldado na batalha. É a descrição de um criminoso sendo executado! Várias citações do salmo nos quatro Evangelhos, bem como em Hebreus 2:10-12, indicam que se trata de um salmo messiânico.
Podemos não saber a relação desse salmo com a experiência pessoal de seu autor, mas sabemos que Davi foi um profeta (At 2:30) e que, nesse salmo, escreveu sobre a morte e a ressurreição de Jesus Cristo.
A primeira parte (vv. 1-21) concentra-se na oração e no sofrimento e nos remete à cruz, enquanto a segunda parte (vv. 22-31) anuncia a ressurreição e expressa louvores para a glória de Deus.
A fim de compreender a mensagem da Bíblia, é essencial entender o sofrimento e a glória do Messias (Lc 24:25-27; 1 Pe 1:11). Ao estudar este salmo, procuraremos ver em suas palavras tanto Davi quanto o Filho de Davi.
SALMO 22:1
Veja as palavras que Jesus proferiu ao Pai na hora da agonia (Sl 22.1, Mt 27.46).
“Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido?”
SALMOS 22:7-8
As palavras de zombaria que os escarnecedores diziam de Jesus quando Ele estava sendo crucificado (Sl 22.7-8; Mt 27.41-42).
“Todos os que me vêem zombam de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça, dizendo:
Confiou no Senhor, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer.”
SALMO 22:18
A atitude dos soldados ao repartirem as vestes de Jesus (Sl 22.18; Mt 27.35).
“Repartem entre si as minhas vestes, e lançam sortes sobre a minha roupa.”
SALMOS 22:16
Suas mãos e pés transpassados na cruz (Sl 22.16; Mt 27.35; Jo 20.20, 25).
“Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou, traspassaram-me as mãos e os pés.”
SALMOS 22:14
O seu lado ferido pelo soldado com uma lança (Sl 22.14; Jo 19.34).
“Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas.”
SALMOS 22:15
Sua língua apegada ao céu da boca por causa da sede intensa (Sl 22.15; Jo 19.28-29).
“A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte.”
SALMOS 22:17
Seus ossos permaneceram inteiros (Sl 22.17; Jo 19.31-33,36).
“Poderia contar todos os meus ossos; eles vêem e me contemplam.”
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