O que a história de Esaú e Jacó pode nos ensinar sobre autocontrole?

Esaú abriu mão da primogenitura por uma refeição, que iria satisfazer seu desejo imediato. Ele pensou no presente e não no futuro.

Seu direito como primogênito o tornaria herdeiro principal da família. Entenda a importância de ter autocontrole, e de pensar em longo prazo lendo este artigo.

Primogenitura era uma tradição no antigo testamento

Quando o patriarca de uma família estava idoso e percebia que sua partida se aproximava, ele chamava o filho mais velho para receber a bênção principal.

Conforme a tradição, Esaú receberia a bênção de seu pai, isso traria benefícios para ele e para sua descendência no futuro.

Ele assumiria o controle de tudo, mas as coisas tomaram um rumo diferente. Esaú aceitou a proposta de seu irmão sem medir as consequências disso. Ele pensou apenas no fato momentâneo, estava cansado, com fome e queria saciar seu apetite.

E disse Esaú: Eis que estou a ponto de morrer; para que me servirá a primogenitura? (Gênesis 25:32).

A bênção da primogenitura era uma ocasião muito importante nos tempos antigos.

O filho mais velho além de herdar os bens, também tinha privilégios e destaque na sociedade da época.

Por que o autocontrole é essencial?

Agir sem pensar nas consequências pode nos trazer danos irreparáveis, precisamos de autodomínio para vencer o imediatismo. E como podemos alcançá-lo?

É através do autodomínio que temos equilíbrio emocional para tomar decisões acertadas na vida ou para focarmos no que é essencial.

Para ter autodomínio, é necessário desenvolver também o autoconhecimento.

Muitas vezes pela falta de autocontrole nos colocamos em situações complicadas, como por exemplo, a falta de controle financeiro, que leva ao acúmulo de dívidas que poderiam ser evitadas.

Outra consequência negativa da falta de autodomínio é a agressividade extrema.

Pessoas muito agressivas acreditam que podem resolver tudo com violência, seja verbal ou violência física.

Quantos transtornos podem ser evitados se desenvolvermos o autodomínio? Os casos de alcoolismo, drogas, violência, dívidas provavelmente diminuiriam muito.

A importância de medir as consequências dos nossos atos

Devemos fazer boas escolhas, olhando para o futuro de forma cuidadosa. A atitude de Esaú em relação à primogenitura serve de reflexão.

Por desprezar a primogenitura, ele é descrito como um homem profano:

E ninguém seja devasso, ou profano, como Esaú, que por uma refeição vendeu o seu direito de primogenitura (Hebreus 12;16).

Profanar significa tornar comum algo santo ou especial. Mesmo que Esaú tenha se arrependido depois, não conseguiu reverter a situação.

O que a história de Jacó nos ensina?

Gêmeo com Esaú, desde o ventre de sua mãe ele brigou por posição e nasceu segurando o calcanhar de seu irmão.

Quando Rebeca perguntou a Deus durante a gravidez o que estava acontecendo com ela, Deus lhe disse que haviam duas nações dentro de seu ventre (Gênesis 25;22).

Deus também disse que o mais velho serviria o menor (Gênesis 25;23). Jacó era o preferido de sua mãe, e através dessa preferência, conseguiu oficialmente receber a benção da primogenitura, que ele já tinha comprado de seu irmão anteriormente, por um prato de lentilhas.

Quando Esaú soube que perdeu a sua benção, ficou furioso e quis eliminar seu irmão.

Orientado por Rebeca, Jacó fugiu para a casa de seu tio Labão, onde se casou e viveu por muitos anos.

O enganador é enganado.

Quando Jacó chegou em Padã-Arã conheceu sua prima Raquel, se apaixonou por ela e negociou o casamento com seu tio.

Mal sabia ele que estava prestes a ser enganado… Na manhã seguinte à festa de casamento, Jacó percebeu que não era Raquel quem estava em sua tenda.

Ao confrontar Labão, questionando o que aconteceu, a resposta de Labão deve ter sido como uma espada em seu coração:

Aqui não é costume entregar em casamento a filha mais nova antes da mais velha (Gênesis 29;26).

Nessa hora, provavelmente Jacó deve ter imaginado como seu pai deveria ter se sentido, sendo enganado por seu filho mais novo…

Jacó era um manipulador que enganou seu pai, seu irmão e seu sogro para obter vantagens.

Ele demorou para aprender a importância de confiar em Deus, de quem havia recebido grandes promessas.

Da desavença ao reencontro.

Os dois irmãos erraram bastante durante a vida. Apesar de todos os seus tropeços, Jacó entregou seu coração a Deus, que se agradou dele e mudou seu nome para Israel:

Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste (Gênesis 32:28).

Depois de muitos anos, os dois irmãos se reencontraram e se reconciliaram. Jacó se preparou para o reencontro enviando presentes para seu irmão.

Esaú, não mostrou qualquer ressentimento contra seu irmão, o abraça, beija, e os dois choram.

É possível evitar muitos embaraços em nossa vida se tivermos autocontrole, humildade e obediência a Deus.

Esses comportamentos podem ser praticados diariamente. Pense nisso.

Josiane Silva

Olá, eu sou a Josiane Silva, mãe, avó e procuro servir a Deus. Amo estudar a bíblia para compreender o comportamento humano. Afinal podemos aprender muito com as histórias dos outros, não é mesmo? Como gosto muito de ler e de escrever, também trabalho como redatora freelancer.

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