10 Virtudes da Mulher Sunamita que Geram Milagres

O relato da mulher sunamita de 2 Reis 4: 8-37 faz parte do contexto entre de dois milagres envolvendo o profeta Elizeu. O primeiro, da multiplicação do azeite da viúva e o segundo, da cura de Naamã. A história que narra as virtudes da mulher sunamita e a ressurreição de seu filho está, portanto, no meio desses dois milagres.

Quem era a Mulher sunamita?

Em suas viagens, Eliseu, frequentemente passava por Suném, que ficava perto de Jezreel. Constratando com a pobre viúva de Obadias, essa sunamita era uma mulher rica que possuía muitos bens e tinha marido.

Essa mulher cujo nome não é mencionado pertencia a uma classe social elevada e com alto poder aquisitivo. Porém, também era extraordinária por sua percepção, pois observou que Eliseu passava por aquela região com frequência em suas viagens ministeriais.

Onde se localizava Suném, a cidade da Mulher Sunamita?

Suném ficava pouco mais de 30 quilômetros a noroeste de Abel-Meolá, cidade natal de Eliseu, e cerca de 40 quilômetros depois de Suném ficava o monte Carmelo.

Alguém viajando a pé poderia percorrer, em média, cerca de 25 a 30 quilômetros por dia, de modo que Suném era muito bem localizada para Eliseu quando ele ia ao monte Carmelo orar, meditar e buscar o Senhor de alguma outra maneira. Uma vez que o monte Carmelo era um lugar muito especial por causa do ministério de Elias. Talvez também houvesse uma escola de profetas nesse local.

O verso 8 fala que “havia ali uma mulher importante”. Ela tinha status perante a sociedade, mas não foi isso que a fez garantir um lugar nas escrituras e sim suas muitas virtudes que vamos destacar aqui.

Aqui estão 10 Virtudes da Mulher Sunamita para se Aprender

Mulher Sunamita lições

1. A mulher era generosa

“Sucedeu também um dia que, indo Eliseu a Suném, havia ali uma mulher importante, a qual o reteve para comer pão; e sucedeu que todas as vezes que passava por ali entrava para comer pão.” (2 Reis 4:8).

A primeira virtude dela encontramos logo no relato de sua história. O texto nos informa que ela dava comida (pão) ao profeta Eliseu. Ou seja, sustentava o ministério do profeta.

Já naqueles dias vemos alguém valorizando e fazendo algo por aqueles que vivem da obra.

A mulher sunamita possuía muitos bens e sabia administrá-los com generosidade para com aqueles que Deus colocava em seu caminho.

Você já se perguntou por que Deus nos prospera? A mulher sunamita entendia bem isso e por isso que sua primeira qualidade que destacamos é a generosidade.

2. Ela era observadora

“E ela disse a seu marido: Eis que tenho observado que este que sempre passa por nós é um santo homem de Deus.” (2 Reis 4:9).

Existem pessoas que gostam de observar os erros e defeitos dos outros, mas essa mulher era diferente, ela observava as qualidades.

A mulher sunamita era aquele tipo de pessoa que não perdia tempo contando os defeitos dos outros, ao invés disso procurava uma oportunidade para ajudar.

Que virtude maravilhosa que a igreja de Cristo precisa ter! Em um tempo em que muitos espalham pelas redes sociais os pecados de seu próprio irmão na fé, essa mulher nos ensina diferente.

Embora não tiremos o mérito de Eliseu, pelo seu bom testemunho, mas a mulher sunamita soube reconhecer o bom caráter do homem de Deus.

3. A mulher de Suném era detalhista

“Façamos-lhe, pois, um pequeno quarto junto ao muro, e ali lhe ponhamos uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; e há de ser que, vindo ele a nós, para ali se recolherá.” (2 Reis 4:10).

Aprendemos com a mulher sunamita que os mínimos detalhes devem ser pensados. Veja no texto que ela pensou na cama, na mesa, na cadeira e no candeeiro para o quarto do profeta. Ou seja, ela se preocupou no conforto de Eliseu. A cama para seu descanso, a mesa para sua refeição, a cadeira para ele escrever e o candeeiro que além de iluminar, aqueceria o ambiente.

4. A mulher sunamita era submissa ao marido

E ela disse a seu marido: Eis que tenho observado que este que sempre passa por nós é um santo homem de Deus. Façamos-lhe, pois, um pequeno…” (2 Reis 4:9-10).

A submissão da mulher sunamita aparece clara na forma como ela disse ao seu marido: “Façamos…”.

Ela poderia mandar fazer o quarto para o profeta sem consultar primeiro o marido, mas agia com transparência e submissão.

Quantas mulheres cristãs que agem diferente. Fazem as coisas escondidas do marido, não conseguem ter diálogos sobre seus planos e não pedem opinião em suas escolhas.

E então, onde está a submissão, o respeito e a comunhão desses casais?

Fica, portanto, a lição sobre a submissão da mulher sunamita.

5. Ela tinha contentamento

“Porque ele tinha falado a Geazi: Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado com todo o desvelo; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale por ti ao rei, ou ao capitão do exército? E disse ela: Eu habito no meio do meu povo.” (2 Reis 4:13).

Apesar de reconhecer que Eliseu era homem de Deus e provavelmente ter ouvido dos milagres operado por Deus através do profeta, a mulher sunamita nada pede.

Até aqui no texto, só vemos ela oferecendo coisas ao profeta e em nenhum momento reclama ou pede algo.

Nem mesmo quando Eliseu lhe oferece algo para benefício dela, a mulher responde demostrando contentamento.

Essa é uma virtude extraordinária, aprender a se contentar com o que tem. Existem muitas pessoas ricas como essa mulher, mas que não se contentam com o que possuem. Querem sempre mais e nunca conseguem se satisfazem.

Que possamos dizer como Paulo:

Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. (Filipenses 4:12).

6. A mulher sunamita tinha controle emocional

“E subiu ela, e o deitou sobre a cama do homem de Deus… fechou a porta, e saiu. E chamou a seu marido, e disse: Manda-me já um dos moços, e uma das jumentas, para que eu corra ao homem de Deus, e volte. E disse ele: Por que vais a ele hoje? Não é lua nova nem sábado. E ela disse: Tudo vai bem.” (2 Reis 4: 21-23).

Veja que situação difícil para essa mulher. O seu único filho que ela amava, agora morto. Mas, qual foi sua atitude? Ela gritava, reclamava ou murmurava? Não!

Pela forma que está descrito no texto, percebemos uma mulher bem equilibrada, com domínio próprio e que sabia que não adiantava se espernear.

Sua atitude foi sábia. Ela em nenhum momento mostra falta de cuidado com o filho, pelo contrário, fez o foi preciso.

Porém, sua forma de agir é de alguém que luta pelos seus objetivos e não se abala pelos “fortes ventos”.

Dependendo das atitudes que temos, quando uma tragédia acontece, podemos piorar a situação. Mas, como o exemplo da sunamita, podemos dizer: “Tudo vai bem” e assim confiar inteiramente em Deus!

7. Ela era uma mulher de atitude

“…subiu ela, e o deitou sobre a cama do homem de Deus; e fechou a porta, e saiu. E chamou a seu marido, e disse: Manda-me já um dos moços, e uma das jumentas, para que eu corra ao homem de Deus, e volte. […] Então albardou a jumenta, e disse ao seu servo: Guia e anda, e não te detenhas no caminhar, senão quando eu to disser.” (2 Reis 4:21-25).

Existem situações que precisamos orar e apenas confiar em Deus, já outras que além de orar é preciso agir, ou seja, ter atitude diante do problema.

Deus faz sua parte, mas precisamos fazer a nossa! Portanto, ore, creia e faça o que tiver se ser feito, porque Deus certamente fará o milagre!

8. A mulher sunamita tinha coragem

“E disse ela: Pedi eu a meu SENHOR algum filho? Não disse eu: Não me enganes?” (2 Reis 4:28).

Não confunda a coragem da sunamita com mal educação de alguns crentes que culpam os pastores paguem pelos seus fracassos.

A sunamita não fez assim, em vez disso, teve coragem de uma mulher guerreira que luta por aquilo que Deus lhe confiou nas suas mãos, que no seu caso, o filho.

O que ela queria dizer ao profeta era: Eu não pedi um filho, mas uma vez que foi me dado, não aceito perdê-lo.

Coragem! Essa é mais uma lição que aprendemos! Respeitando a vontade de Deus, mas lutando pelos sonhos que Ele nos deu!

9. A sunamita era persistente

“Porém disse a mãe do menino: Vive o SENHOR, e vive a tua alma, que não te hei de deixar. Então ele se levantou, e a seguiu.” (2 Reis 4:30).

Aqui fica clara o amor de uma mãe persistindo por seu sonho, o filho.

Imagina o coração dela, o filho morto na cama e ela não podia voltar sem a resposta de Deus. E por isso, não se conforma em voltar para casa sem que o profeta a acompanhasse.

A mulher sunamita não aceita que Geazi levasse o bordão de Eliseu, mas diante da grave situação, ela exigiu a companhia do profeta.

Valeu a pena sua persistência, o profeta concordou em ir com ela.

10. Ela era grata

“E entrou ela, e se prostrou a seus pés, e se inclinou à terra; e tomou o seu filho e saiu.” (2 Reis 4:37).

A décima lição que aprendemos sobre as virtudes da mulher sunamita é a gratidão.

Lembre-se que ela não foi agradecida somente depois de receber o milagre, mas mesmo antes, pela forma como tratava o profeta de Deus sem lhe pedir nada, apenas o ajudava.

Antes de ter recebido um filho como milagre, ela já possuía um coração generoso, cheio de contentamento e agradecido.

E então, após receber outro milagre, a ressurreição de seu filho, ela com humildade, se prostra em terra cheia de gratidão para com Deus e seu profeta, Eliseu.

Conclusão sobre as virtudes da mulher sunamita

Quantas Lições aprendemos com essa mulher sunamita, a qual nem mesmo o nome é mencionado, mas suas virtudes falam até hoje testemunhando seu belo caráter de esposa, mãe e serva de Deus exemplar.

André Lourenço

Bacharel em Teologia, Graduado em Gestão da Qualidade e Pós Graduando em Psicologia nas Organizações, André possui mais de 17 anos de experiência na pregação e ensino da Bíblia. É Professor de cursos de Homilética e Hermenêutica. Já escreveu centenas de estudos bíblicos e ministra aulas na EBD. Se considera um eterno aprendiz e apaixonado por Compartilhar a Palavra de Deus!

8 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo