Avivamentos históricos: aprendendo com o avivamento moraviano

Existem inúmeros avivamentos históricos que aconteceram ao longo dos anos, impactando Igrejas, comunidades locais e países inteiros de maneira poderosa. 

No texto de hoje, vamos apresentar um desses avivamentos históricos que tocaram a Terra e transformaram inúmeras pessoas: o avivamento moraviano.

Antes, devemos pontuar: o que é um avivamento, biblicamente falando?

O que é um avivamento histórico?

No meio de um tempo difícil e nebuloso, o profeta Habacuque orou ao Senhor: “Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia” Hb. 3:2

A Bíblia menciona inúmeros versículos que se referem a um mover do Espírito Santo que abala a terra, transforma pessoas e nações. Tendo isso como base, podemos dizer que um avivamento é marcado pela obra redentora de Deus, que aviva um lugar morto e seco. O avivamento é marcado pelo mover de Deus, convertendo pessoas, trazendo cura e restauração, reforma social e despertamento da Igreja. Inúmeros avivamentos históricos aconteceram. Vamos falar de um deles?

Avivamentos históricos: o mover dos moravianos

O avivamento moraviano é um dos exemplos de avivamentos históricos que podemos observar. 

Ele iniciou-se em 1727, na Alemanha, com jovens que  começaram a buscar ao Senhor em oração e, de repente, houve um derramar do Espírito sobre a igreja. Havia choro, quebrantamento e manifestações entre crianças e adultos. 

De acordo com informações, os morávios iniciaram um ministério de oração contínua que durou mais de 100 anos, com 24 horas de oração diária e ininterrupta. 

O relato de dois jovens moravianos

Mas há um relato desse despertamento que chama muito a atenção: Conta-se que dois jovens moravianos, de 20 anos, ouviram sobre uma ilha no Leste da Índia cujo dono era um Britânico agricultor e ateu, que tinha tomado das florestas da África mais de 2000 pessoas e feito delas seus escravos; pessoas que iriam viver e morrer sem nunca ouvirem falar de Cristo.

Segundo relatos, esses jovens fizeram contato com o dono da ilha e perguntaram se poderiam ir para lá como missionários, porém, o dono de escravos não permitiu, dizendo que nenhum pregador chegaria a sua ilha para falar sobre algo sem sentido. 

Então, os jovens sentindo fortemente um chamado de Deus para lá disseram: “E se fossemos a sua ilha como seus escravos para sempre?”. O homem, então, aceitou, mas não pagaria nem mesmo o transporte deles, levando os jovens a usarem o valor de sua própria venda para custear a viagem.

No dia que estavam no porto se despedindo do grupo de oração e de suas famílias o choro de todos era intenso, pois sabiam que nunca mais veriam aqueles irmãos. 

Então, no momento em que o navio estava se afastando da praia, os jovens gritaram:

QUE O CORDEIRO QUE FOI IMOLADO RECEBA A RECOMPENSA DO SEU SACRIFÍCIO!”

Como resultado disso, os moravianos tiveram o maior número de missionários enviados para as nações, durante o século em que o movimento ocorreu.

Estamos dispostos a morrer por Cristo?

A história desses dois jovens nos levam a um questionamento profundo: estamos dispostos a morrer por Cristo? 

Paulo, inúmeras vezes em suas cartas às Igrejas, dizia que era “escravo de Cristo”. De fato, um escravo não vive para si, mas para aquele que o detém. Esses jovens entenderam isso e, literalmente, se tornaram escravos por amor a Cristo. Talvez, o dono daquela ilha pensou que era o dono daqueles rapazes, no entanto, seu verdadeiro senhor tinha entregado sua vida por eles.

A resposta para esse questionamento é simples, mas muito profunda: só estaremos dispostos a morrer para Cristo quando, verdadeiramente, vivermos por Ele.

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Giovanni Bruno

Formado em Comunicação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), acadêmico de Teologia, pela FATIPI, e pós-graduando em Docência no Ensino Superior, pela UniCesumar e autor do livro “O Carpinteiro de Betel”.

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