Quem é “Hyrcanus”, nome gravado numa tigela de 2.100 anos em Jerusalém?

O achado arqueológico trata-se de um fragmento de uma tigela esculpida em giz ou calcário macio

Em 2015, durante a escavação arqueológica conduzida pela Autoridade de Antiguidades de Israel, acharam um fragmento de uma tigela esculpida em giz ou calcário macio. O local onde estavam escavando era o Parque Nacional das Paredes de Jerusalém, no estacionamento da cidade de David Giv ʽati. Publicado na sequência, o artefato imediatamente atraiu a atenção dos pesquisadores.

O arqueólogo da AAI, Dr. Doron Ben-Ami, e a Professora Esther Eshel, da Universidade Bar-Ilan, explicaram:

“Este é um dos primeiros vasos de giz a aparecer em Jerusalém, tais vasos de pedra foram usados extensivamente pelos judeus pois eram considerados insuscetíveis à impureza ritual. ”

Quanto à inscrição gravada na tigela, que menciona o nome “Hyrcanus“, a questão central permanece: quem seria esse Hyrcanus, e qual era sua posição na sociedade? Segundo os pesquisadores, determinar isso é desafiador.

O Dr. Ben-Ami e a Prof. Eshel destacaram que o nome Hyrcanus era comum durante o período Hasmoneu. Eles afirmaram:

“Sabemos de duas figuras deste período que carregaram esse nome: João Hyrcanus, neto de Matityahu, o Hasmoneu, que governou a Judeia entre 135 e 104 a.C., e João Hyrcanus II, filho de Alexandre Janeu e Salomé Alexandra. Portanto, tentar associar o Hyrcanus mencionado no fragmento da tigela com um líder específico da dinastia Hasmoneu é, no máximo, uma conjectura.”

Foto escavação arqueológica conduzida pela AAI
Foto: Clara Amit e Asaf Peretz – escavação arqueológica conduzida pela AAI

Anteriormente, as escavações no estacionamento da cidade de David Giv ʽati haviam revelado restos arquitetônicos da ‘Akra’ selêucida grega – a famosa fortaleza construída por Antíoco IV Epifanes para controlar Jerusalém e monitorar as atividades no Templo.

A fortaleza foi posteriormente conquistada pelos Hasmoneus. A descoberta chama a atenção porque a tigela próxima com os vestígios da Akra, sugerindo uma possível conexão entre a tigela e a fortaleza.

Portanto, a identidade do Hyrcanus gravado na tigela permanece um enigma, aguçando ainda mais a curiosidade dos pesquisadores sobre esse personagem misterioso da história antiga de Jerusalém.

Fonte: facebook.com/AntiquitiesEN

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Equipe Redação BP

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