Ilha de Patmos: Qual a localização e fatos sobre a ilha que João foi exiliado
A pequena ilha vulcânica de Patmos, localizada no mar Egeu, ao longo da costa da Ásia Menor, aparece apenas uma vez em toda a Bíblia.
Em Apocalipse 1:9, os leitores são informados de que esta ilha, foi onde João recebeu as revelações do Senhor e escreveu o livro.
João declara: “Eu, João, que também sou vosso irmão e companheiro na aflição, e no Reino, e na paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo”.
A LOCALIZAÇÃO DA ILHA DE PATMOS
A ilha de Patmos se localiza ao extremo norte do arquipélago do Dodecaneso e possui menos de 39 km2.
Com a forma de uma lua crescente, a ilha de Patmos dista cerca de 65 km a oeste da cidade costeira de Mileto (At 20:15, 17; 2 Tm 4:20).
Com seu porto natural voltado para o leste, era um refúgio seguro para os navios durante as tempestades.
Além disso, a ilha estava também estrategicamente localizada ao longo das linhas comerciais marítimas.
Patmos era o último porto de parada na viagem de Roma a Éfeso e, na viagem de volta, o primeiro.
Durante a época do Novo Testamento, a cidade tinha um grande centro administrativo. Além disso, tinha pelo menos três templos pagãos (Artêmis, Apolo e Afrodite) e um hipódromo para as corridas de cavalos.
Era, portanto, governada pelo procônsul de Éfeso.
JOÃO NA ILHA DE PATMOS
Segundo seu próprio testemunho, João foi exilado ali.
A natureza da sua presença na ilha é, no entanto, controversa e levou a três interpretações de Apocalipse 1.9.
- Algumas pessoas dizem que Deus enviou João para lá, especificamente para receber as revelações.
- Outros creem que ele foi a Patmos voluntariamente para pregar o evangelho.
- A maioria entende que, por causa da pregação do evangelho, João foi desterrado para a ilha.
Este exílio ocorreu durante o reinado de Domiciano (81-96 d.C.), em torno do ano de 95 d.C.
Embora estivesse exilado na ilha, João provavelmente não ficou aprisionado.
Mas, ele também não ficou sob prisão domiciliar, como Paulo em Roma. Em vez disso, muito possivelmente tinha trânsito livre pela ilha.
Ao que tudo indica, ele ficou ali por apenas dezoito meses. Depois disso, foi-lhe permitido seguir para Éfeso, em uma anistia geral concedida pelo imperador Nerva em 96 d.C., logo após a morte de Domiciano.
O antigo historiador Eusébio de Cesaréia (260-340) declarou que “as sentenças de Domiciano foram anuladas e o senado romano decretou o retomo daqueles que tinham sido injustamente expatriados, bem como a devolução de suas propriedades […] O apóstolo João, após seu exílio na ilha, estabeleceu-se em Éfeso”.
FATOS SOBRE A ILHA
Passagens de Apocalipse refletem aspectos da vida diária em Patmos.
Fenômenos climáticos como nuvens brancas (14-14), trovões e relâmpagos (11.19; 14.2), granizo (8.7; 11.19; 16.21) e arco-íris (4.3; 10.1) são comuns em Patmos.
Apocalipse menciona o mar em pelo menos 22 ocasiões. E a ilha possui uma praia que provavelmente poderia corresponder a Apocalipse 13:1.
Terremotos e atividades vulcânicas também fazem parte da história da ilha.
Fatos históricos muito esclarecedor.