Isaías 7:14 Explicação “Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, o Emanuel”
Isaías 7:14 – ACR (Almeida Corrigida e Revisada)
“Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.”
Traduções Bíblicas de Isaías 7:14
Isaías 7:14 – NVI (Nova Versão Internacional)
“Por isso o Senhor mesmo lhes dará um sinal: a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel.”
Isaías 7:14 – ARA (Almeida Revista Atualizada)
“Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.”
Isaías 7:14 – NTLH (Nova Tradução da Linguagem de Hoje)
“Tudo bem então, o próprio Senhor lhe dará o sinal. Veja! A virgem conceberá uma criança! Ela dará à luz um filho e o chamará de Emanuel (que significa ‘Deus está conosco’).”
Explicação do contexto de Isaías 7:14
O capítulo 7 se passou no período em que o rei Acaz, de Judá, enfrentava a ameaça de invasão de duas nações: Israel (o Reino do Norte) e a Síria. Temendo o pior, Acaz buscou apoio militar na Assíria, ao invés de confiar no Senhor.
Foi nesse cenário de crise e incredulidade que Deus, por meio do profeta Isaías, fez uma oferta graciosa ao rei.
Deus determinou que Acaz pedisse um sinal, qualquer sinal, seja no céu ou na terra. Isso demonstrava a disposição de Deus em fortalecer a fé do rei e confirmar Suas promessas de proteção. No entanto, Acaz escolheu, não pedir nada. Ele disfarçou sua descrição com uma falsa humildade, afirmando que não queria “tentar o Senhor”.
Essa atitude, na verdade, revelou sua falta de fé, pois ele já havia decidido confiar na ajuda humana e nas forças assírias.
Diante da recusa de Acaz, o profeta Isaías repreendeu o rei e toda a casa de Davi. Ele destacou que, além de cansar os homens com sua opressão e incredulidade, Acaz também estava cansando a Deus.
A desconfiança do rei era uma afronta direta ao Senhor, que já havia provado Seu poder e fidelidade ao longo da história de Israel. Mesmo assim, Deus não desistiu de cumprir sua promessa.
Foi então que Isaías anunciou um sinal que não dependeria da vontade de Acaz:
“Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.” (Isaías 7:14)
Esse sinal tinha um significado duplo. Primeiro, foi um sinal imediato para a casa de Davi e para o povo de Judá, que não haveria destruição. Pois Deus ainda tinha planos para o reino de Davi.
Segundo, o sinal apontava para um cumprimento maior no futuro: o nascimento de Jesus Cristo, o Emanuel, que significa “Deus conosco”.
Deixando bem claro, que mesmo diante da infidelidade do rei, Deus não cancelou Seu plano de salvação.
A criança que nasceria, simbolizando a continuidade da dinastia de Davi, apontava profeticamente para o Messias, que viria ao mundo de forma extraordinária: nascido de uma virgem.
Significado de Isaías 7:14
O significado de Isaías 7:14 está profundamente ligado à promessa de Deus de enviar o Messias, trazendo liderança para o povo de Israel e para a casa de Davi.
O profeta Isaías anuncia com uma palavra profética, que o próprio Deus daria um sinal. Ou seja, era uma mensagem de conforto, proteção e garantia do favor de Deus sobre o Seu povo.
O sinal tem dois aspectos principais. Primeiro, ele revela a boa vontade de Deus para Israel e a casa de Davi. Mesmo em tempos de crise e ameaça, essa promessa reafirma que Deus não abandonou seu povo.
O Messias nasceria dessa linhagem, e o povo poderia ter certeza de que não seria destruído. Isso demonstra que, mesmo em meio ao perigo, Deus sempre reserva um propósito maior para aqueles que estão inseridos Nele.
O segundo aspecto do sinal é de maneira extraordinária pela qual o Messias viria ao mundo. Diferente de qualquer nascimento comum, ele nasceria de uma virgem. Demonstrando a intervenção direta de Deus, revelando o poder e a pureza divina.
A ausência de uma geração comum destaca a singularidade e santidade dessa criança, que não seria manchada pelas imperfeições naturais da humanidade. Ele seria apto para reinar no trono de Davi, cumprindo as antigas profecias.
O nome Emanuel simboliza a presença de Deus entre o povo. Ele não seria apenas um rei terreno, mas o próprio Deus habitando entre os homens. Essa promessa se cumpriu em Jesus, chamado de Salvador, pois, sem ser “Deus conosco”, ele não poderia ser o Salvador.
Assim, o anúncio de Isaías trouxe conforto imediato para a casa de Davi, mas também trouxe para uma salvação futura e definitiva.
A mensagem de Isaías 7:14 se estende para além do seu contexto. Embora a profecia tenha surgido mais de 500 anos antes do nascimento de Jesus, ela mostra que Deus nunca abandona aqueles que Ele escolhe para a salvação.
Mesmo em meio à inveja e oposição de outras nações, o plano divino de enviar o Messias permaneceu firme. Afirmando que, quando Deus tem um propósito, nenhuma força humana ou espiritual pode frustrá-lo.
Além disso, a maneira como Jesus foi criado revela a Sua verdadeira humanidade. Embora tenha sido concebido pelo Espírito Santo, ele passou pelas fases normais do crescimento humano.
Assim como qualquer criança, Ele recebeu a amamentação, alimentação e educação. Cresceu em sabedoria e estatura, como nos lembra Lucas 2:40, 52.
“E o menino ia crescendo e fortalecendo-se, ficando cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.” (Lucas 2:40)
“E crescia Jesus em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens.” (Lucas 2:52)
Demonstrando que Jesus não foi um ser celestial, mas alguém que se comprometeu plenamente com a humanidade.
Interpretação de Isaías 7:14, partes chave do versículo
“Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal“
A expressão “Portanto, o próprio Senhor vos dará um sinal” destaca a iniciativa divina em revelar algo extraordinário, independentemente da fé ou da disposição do rei Acaz. Mesmo que Acaz se recusasse a pedir um sinal, Deus, em sua soberania e graça, decidiu dar um sinal claro e inegável.
O “sinal” classificado não seria algo comum, mas uma manifestação sobrenatural e única: o nascimento do Messias prometido. Esse Messias, que viria muitos anos depois, cumpriria um duplo propósito.
Primeiro, Ele seria uma garantia presente de que Judá não seria destruído por seus inimigos (a Síria e Israel), pois a vinda do Messias dependia da continuidade da linhagem de Davi. Enquanto a promessa do Messias estivesse em vigor, a segurança de Judá também estaria garantida.
Além disso, o “sinal” apontava para uma promessa futura de libertação. O Messias, sendo o próprio Senhor do céu, assume a forma humana, nascendo de uma virgem.
Aqui, a intervenção direta de Deus se torna evidente, pois o nascimento virginal é algo que transcende as leis naturais. Esse Messias, como homem, morreria e seria sepultado no coração da terra, mas ressuscitaria e ascenderia ao céu.
“Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho”
O segundo ponto chave de Isaías 7:14 é um dos versículos mais significativos da profecia messiânica. Pois a expressão “Eis que” apresenta uma revelação surpreendente e digna de atenção.
O uso do termo “virgem” (do hebraico ‘almah ) tem sido debatido, mas o contexto bíblico e histórico aponta para uma virgem no sentido pleno da palavra — uma jovem que nunca teve relações conjugais.
A tradução da Septuaginta (tradução do Antigo Testamento para o grego) usa o termo grego
parthenos, que significa explicitamente “virgem”.
Reforçando a interpretação cristã de que esta profecia se refere ao nascimento virginal de Jesus, conforme apontado pelo evangelista Mateus.
“Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito da parte do Senhor pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco.” (Mateus 1:22-23)
O nascimento de uma criança de uma jovem casada não seria um evento milagroso ou digno de admiração. No entanto, o nascimento de uma criança por uma virgem é algo sobrenatural, que excede as leis naturais.
Esse sinal seria um marco inconfundível para a casa de Davi.
“e chamará o seu nome Emanuel”
O nome “Emanuel” significa “Deus conosco“, simbolizando a presença divina habitando entre os homens. Esse título vai além de um nome pessoal, pois aponta para a natureza divina de Jesus Cristo.
Revelando o propósito divino de habitar entre o Seu povo. Em vez de permanecer distante ou inacessível, Deus escolheu habitar com os seres humanos, assumindo a natureza humana na pessoa de Jesus Cristo.
Simbolizando também a presença direta de Deus entre os homens, cumprindo a promessa de que Deus não estaria ausente, mas presente com o Seu povo.
Além disso, “Emanuel” expressa a união das duas naturezas em Cristo: a divina e a humana.
Como Deus, Jesus é infinito e eterno, mas ao mesmo tempo, como homem, Ele compartilha da experiência humana, sendo plenamente Deus e plenamente homem.
Esse nome também aponta para o ofício de Jesus como Mediador, aquele que, sendo Deus e homem, serve como ponte entre Deus e a humanidade, realizando a obra de salvação.
A presença de Jesus na terra, como Emanuel, não apenas demonstra o desejo de Deus de estar perto de Seu povo, mas também nos ensina que, por meio de Cristo, Deus se torna acessível, concomitantemente como mediador entre o Céu e a terra.
Comentários teológico de Isaías 7:14
Comentário de Ellicott
Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho… — Melhor seria traduzir como: eis que a jovem, ou talvez a noiva, conceberá.
O substantivo utilizado no hebraico tem o artigo definido, e a palavra, embora frequentemente usado para se referir a solteiras, especificamente denota alguém que atingiu a idade de casar.
A palavra “noiva”, no antigo sentido inglês e alemão, referia-se que estava prestes a se casar ou ainda era uma jovem esposa, e pode expressar melhor a relação com as duas palavras hebraicas que, de forma distinta, se referem a “virgem” e “esposa”.
Notas de Barnes sobre a Bíblia
A profecia, que envolvia uma jovem mulher virgem, sugere que em pouco tempo, a calamidade temida por Acaz seria resolvida, e a confederação inimiga se desintegraria. Esse sinal seria um evento único, um ato de Deus que só Ele poderia realizar, demonstrando Seu poder sobre o futuro e Sua proteção ao povo.
A palavra “sinal” é interpretada como uma evidência do cumprimento da promessa de Deus, sendo um evento tão extraordinário que só poderia ser realizado por Ele.
Comentário de Wibserve
Sem dúvida, o cumprimento definitivo dessa profecia está em nosso Senhor Jesus Cristo, que é “Deus conosco” (Mt 1:18-25; Lc 1:31-35).
O nascimento virginal de Cristo é uma doutrina fundamental, pois, se Jesus não fosse Deus que veio em carne e osso, sem pecado, não teríamos Salvador.
Era necessário que Ele nascesse de uma virgem, separado da geração humana, pois existia antes de sua mãe.
Cristo não veio ao mundo simplesmente de uma forma comum, mas desceu do céu (Jo 3:13; 6:33, 38, 41, 42, 50, 51, 58).
Enviado por Seu Pai e, portanto, veio ao mundo por meio de uma mãe humana, mas não de um pai humano (Jo 4:34; 5:23, 24, 30; 9:4).
Estudo em vídeo sobre Isaías
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