UNÇÃO – Significado

UNÇÃO 1 – A unção desempenhou um papel significativo em cerimônias de consagração, tanto para sacerdotes (Êxodo 29.7; 40.13; Levítico 6.22; Números 35.25) como para reis (1 Samuel 9.16; 10.1; 15.1), e ocasionalmente para profetas (1 Reis 19.16; cf. Isaías 45.1). João faz referência à unção (chamada “chrisma” em grego) do Espírito Santo (1 João 2.20, 27), que transmite conhecimento e discernimento à verdadeira igreja, contrastando com cismas (2.29) e sólida doutrina em oposição a heresias (2.22). João se refere ao dom do Espírito Santo que nos guia em toda a verdade (João 14.26; 16.13).

Quanto ao batismo, ele não é um sinal da unção, mas sim uma cerimônia distinta que pode ser realizada de diferentes formas entre os cristãos. A imersão simboliza a identificação com a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo, enquanto a aspersão representa o poder purificador do sangue de Cristo, e a aplicação de água sobre a cabeça representa o derramamento do Espírito Santo. Cada método reflete diferentes aspectos do trabalho do Espírito Santo na vida daqueles que creem.

UNÇÃO 2 – Nas Escrituras, a prática da unção com óleo, seja com ou sem perfume, tinha significados tanto seculares quanto religiosos. Em hebraico, duas palavras eram usadas: “suk” (aparece somente nove vezes) e a palavra mais comum “mashiah,” da qual deriva o termo “Messias,” significando “o ungido.” Nas línguas gregas, as palavras usadas são “aleipho,” comparável a “suk,” e “chrio,” da qual vem o nome “Cristo,” com o mesmo significado de Messias.

A palavra hebraica “suk” referia-se a uma prática diária de esfregar o corpo com óleo de oliva após o banho ou ungir a cabeça de um convidado. No entanto, essa prática era proibida durante períodos de luto. Em Êxodo 30.31, 32, o óleo sagrado era especificamente designado para uso sagrado.

A palavra “mashah” indicava um ato de ungir o corpo, como no caso de Jacó ungindo uma pedra em Betel após uma visão (Gênesis 31.13). Sacerdotes, reis e às vezes profetas eram ungidos no Antigo Testamento, separando-os para um serviço especial a Deus. Essa unção era frequentemente vista como um ato de Deus, associado ao derramamento do Espírito do Senhor.

No Novo Testamento, a palavra grega “chrio” traz o conceito de unção, frequentemente relacionado a Jesus e aos cristãos como testemunhas que proclamam o Evangelho. A unção é entendida como uma capacitação espiritual e um entendimento espiritual (1 João 2.20, 27). É uma metáfora para dotar de poder espiritual e discernimento.

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