A Igreja diante do Espírito da Babilônia: Resistindo pela Palavra de Deus

O livro do Apocalipse apresenta uma visão escatológica e reveladora, que descreve os eventos que brevemente acontecerão. Nele, encontramos referências à Babilônia e seu espírito maligno, que estão presentes no cenário global atual.

Neste estudo, vamos explorar os significados da Babilônia, identificar os sistemas que compõem o espírito da Babilônia e destacar a posição que a Igreja deve adotar diante desse contexto.

Babilônia e seus significados

1. A Grande Prostituta: No contexto bíblico, a Babilônia é como uma grande meretriz que seduz os reis da terra. Essa descrição está relacionada à idolatria e à prostituição espiritual mencionadas pelos profetas do Antigo Testamento. No livro do Apocalipse, a figura da prostituta simboliza a imoralidade e o falso sistema religioso que se opõe à fé cristã.

2. A Mulher e a Besta Escarlate: A mulher montada sobre a Besta representa a grande prostituta. Além disso, ela está vestida de púrpura e escarlata, simbolizando reinado e luxo. Além disso, ela se adornar com ouro, pedras preciosas e pérolas, representando materialismo e poder econômico. A Besta na qual ela está montada é o Anticristo, que se opõe a Jesus e profere blasfêmias.

3. Mistério: A Grande Babilônia: A prostituta é revelada como “Mistério, a Grande Babilônia”. Além disso, Babilônia é um nome simbólico de vasto alcance, o qual se refere à “Mãe das Prostituições e Abominações da Terra”. Nesse sentido, ela é a responsável por promover a rebelião contra Deus e a depravação da sociedade. Vale ressaltar que a Babilônia representa um sistema global deliberadamente anticristão, estabelecendo assim uma conexão direta entre suas ações e suas intenções malignas.

O Espírito da Babilônia

1. No sistema religioso: O espírito da Babilônia seduz as pessoas por meio da prostituição espiritual. O culto ao ego, a devassidão moral, o ecumenismo doutrinário, o relativismo e o sincretismo são alguns dos elementos presentes nesse sistema. A verdade bíblica é distorcida, e a Igreja verdadeira é perseguida.

2. No sistema político e cultural: A influência da Babilônia se estende tanto à política quanto à cultura. Além disso, pautas progressistas que vão contra os valores cristãos, tais como a apologia ao aborto, a ideologia de gênero e a legalização de práticas imorais, são impostas de forma insistente. Adicionalmente, o patrulhamento ideológico, a censura e o doutrinamento contrários à fé cristã são promovidos pela grande mídia, bem como pelas artes, literatura e educação. Diante desse cenário, cristãos são perseguidos e julgados, sem encontrar um ambiente favorável para expressar sua fé.

3. No sistema econômico: O espírito da Babilônia enriquece os mercadores por meio da exploração da luxúria e licenciosidade. O materialismo, os deleites e a autossuficiência são incentivados, levando as pessoas a confiar no dinheiro.

História de Babilônia na Bíblia

A Posição da Igreja Diante do Espírito da Babilônia

A igreja, como corpo de Cristo e representante do Reino de Deus na terra, deve estar preparada para resistir ao “espírito da Babilônia” que está presente no cenário atual. Diante desse contexto desafiador, é essencial que a igreja assuma uma posição clara e comprometida com os princípios da Palavra de Deus. A seguir, destacam-se três pontos fundamentais que definem a postura esperada da igreja diante desse espírito maligno.

1. Permanecer Firme na Ortodoxia Bíblica

A igreja precisa afirmar e defender a verdade bíblica como sendo absoluta, universal e imutável. A ortodoxia cristã tem a Bíblia Sagrada como sua autoridade suprema, sendo a fonte inquestionável de fé e prática. Nesse sentido, é fundamental que a igreja mantenha o compromisso inegociável com a Palavra de Deus, estudando-a de forma sistemática e doutrinária.

Ao fortalecer seu conhecimento das Escrituras, a igreja capacita os crentes a enfrentarem o “espírito da Babilônia” e suas ideologias contrárias aos valores cristãos. Através de um estudo aprofundado e da compreensão dos princípios bíblicos, a igreja estará preparada para resistir às influências enganosas e perniciosas do mundo ao seu redor. Assim, a ortodoxia bíblica se torna uma âncora firme e segura para a igreja diante dos desafios espirituais da atualidade.

2. Desenvolver o Caráter à Imagem de Cristo

O caráter cristão é uma expressão visível da transformação interior que ocorre na vida daqueles que pertencem a Cristo. Através do poder do Espírito Santo, a igreja recebe capacitação para desenvolver o caráter de Cristo em seu meio. Esse processo envolve a manifestação do fruto do Espírito, que inclui amor, alegria, paz, longanimidade, bondade, benignidade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.

Ao enfatizar a importância do desenvolvimento do caráter cristão, a igreja se torna um exemplo vivo do amor e da santidade de Deus. Ela deve ser sal e luz no mundo, refletindo os valores do Reino e influenciando positivamente a sociedade. Diante do “espírito da Babilônia”, a igreja deve ser um contraste significativo, revelando um estilo de vida transformado pela graça de Deus.

3. Esperar com Anseio o Retorno de Cristo

A dispensação da graça chegará ao fim com o Arrebatamento da Igreja, que ocorrerá antes da Grande Tribulação, conforme descrito nas passagens bíblicas 1 Coríntios 15:51-52, 1 Tessalonicenses 1:10, 4:13-18, 5:9 e 2 Tessalonicenses 2:6-10. À luz dos sinais que precedem a volta de Cristo, destacam-se a apostasia, a inversão de valores, a perseguição, as guerras, as fomes, as pestes e os terremotos, conforme mencionado em Mateus 24:5-12,24 e 1 Timóteo 4:1, 2 Timóteo 4:3.

Diante desses eventos, os cristãos não devem viver despreocupados, mas aguardando o seu Senhor em oração e vigilância, como nos adverte Marcos 13:33. Além disso, é necessário que os salvos renunciem à impiedade e às paixões mundanas, vivendo nesta presente era uma vida de autodomínio, integridade e santidade, como nos instrui Tito 2:12-13.

Enquanto aguardam a bendita esperança da volta de Cristo, os cristãos devem manter uma postura de preparo espiritual, buscando crescer em comunhão com Deus, nutrindo-se da Palavra, cultivando um relacionamento íntimo com o Espírito Santo e vivendo de acordo com os princípios do Reino.

A expectativa da volta de Cristo traz consigo a esperança da redenção final, da consumação do Reino de Deus e da plenitude da alegria eterna na presença do Senhor.

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Conclusão: A Igreja diante do Espírito da Babilônia

Estamos vivendo em um período em que o “espírito da Babilônia” exerce uma influência poderosa sobre a sociedade global. Suas ações visam conquistar o completo domínio político, econômico, cultural e religioso, contrariando os valores da fé cristã. O avanço dessas ideologias indica a iminente volta de Cristo (Lucas 21:28).

Durante esse tempo, é responsabilidade da Igreja resistir ao mal (2 Tessalonicenses 2:6,7), ensinar a doutrina bíblica (Mateus 28:20), desenvolver o caráter dos discípulos (Gálatas 4:19) e buscar a santificação para a segunda vinda do Senhor (Hebreus 12:14).

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