Oratória para pregadores: Definição e 10 Dicas poderosas
A oratória para pregadores é fundamental para que a mensagem bíblica seja transmitida de forma clara e impactante.
O QUE É ORATÓRIA?
Oratória é a arte de falar em público de maneira eloquente e persuasiva. Envolver o desenvolvimento de habilidades de comunicação verbal e não verbal para expressar ideias de forma clara, convincente e impactante.
O termo “oratória” tem raízes na palavra latina “orator“, que significa “orador” ou “falante“. O objetivo da oratória é influenciar, informar, entreter ou inspirar uma audiência.
As habilidades de oratória incluem o uso eficaz da voz, gestos, postura, expressões verbais e vocabulário. Um bom orador é capaz de cativar a atenção da audiência, transmitir sua mensagem de maneira compreensível e inspirar confiança.
A oratória é uma habilidade útil em diversas situações, como apresentações acadêmicas, discursos políticos, reuniões de negócios, palestras motivacionais, entre outras.
Além disso, uma oratória está intrinsecamente ligada à persuasão, pois um orador persuasivo é capaz de influenciar as opiniões e atitudes de seu público. Muitos líderes, políticos, empresários e profissionais bem-sucedidos atribuem parte de seu sucesso à habilidade de se comunicar efetivamente em público.
A prática é fundamental para desenvolver habilidades de oratória. Muitas pessoas buscam cursos de oratória, participam de grupos de debate ou praticam discursos em frente a espelhos para aprimorar suas técnicas de comunicação.
QUAL O PROPÓSITO DA ORATÓRIA?
No contexto da oratória para pregadores, o objetivo fundamental é transmitir mensagens com clareza e impacto, buscando inspirar, instruir e edificar as pessoas.
A oratória desempenha um papel crucial na comunicação de princípios bíblicos, ensinamentos espirituais e valores éticos.
Em primeiro lugar, a oratória para pregadores visa comunicar os ensinamentos bíbicos de forma acessível e compreensível. Isso implica utilizar uma linguagem que ressoa com a audiência, tornando conceitos complexos mais tangíveis e relevantes para a vida cotidiana dos fiéis. A clareza na expressão verbal é essencial para garantir que a mensagem seja compreendida e assimilada.
Além disso, a oratória no contexto religioso procura tocar o coração dos ouvintes, indo além da mera transmissão de informações. A habilidade de um pregador em cativar a atenção e estabelecer uma conexão emocional contribui para que a mensagem seja internalizada de maneira mais profunda e rigorosa. A utilização de elementos como entonação, pausas estratégicas e gestos adequados pode intensificar o impacto emocional da mensagem.
Outro propósito importante da oratória para pregadores é o de motivar e inspirar o público. Isso envolve não apenas a apresentação de conceitos teológicos, mas também a aplicação prática desses princípios na vida diária.
Um pregador eficaz não apenas informa, mas também desafia e encoraja os ouvintes a aplicarem os ensinamentos em suas vidas, promovendo o crescimento espiritual e a transformação pessoal.
Em suma, o propósito da oratória para pregadores é criar uma experiência de comunicação significativa, onde a mensagem transcende o púlpito e impacta a vida das pessoas. Ao combinar claramente, configurações e conexão emocional, os pregadores podem cumprir sua missão de compartilhar a mensagem religiosa de maneira poderosa e relevante.
GRANDES ORADORES
Encontramos grandes oradores na história que podemos tê-los como referência.
E se tratando de exemplo, temos a nossa maior referencia que foi Jesus, porque podemos dizer que Ele sem dúvida foi o maior orador de todos os tempos.
ORADORES NA BÍBLIA
Desde os tempos bíblicos, a arte da oratória teve papel de destaque na vida dos povos antigos.
Os profetas da bíblia eram verdadeiros artistas da palavra, cada um deles com sua especialidade.
- Moisés, por exemplo, era o rei do estilo narrativo.
- Arão até o próprio Deus disse que ele falava bem.
- Davi era poeta e declamador.
- Salomão, além de poeta, fazia inveja a qualquer filósofo.
- Isaías era mestre no uso de figuras de linguagem e fina ironia.
- Jeremias enchia os discursos de emoção, como se pode ver em suas Lamentações.
- Malaquias era hábil no uso de perguntas retóricas.
- Cristo falava com autoridade e conquistava os corações.
- Paulo esbanjava lógica em seus discursos polêmicos e argumentativos.
ORADORES NA HISTÓRIA
Do ponto de vista clássico, a oratória surgiu com Corácio, grego de Siracusa, que viveu cinco séculos antes de Cristo.
Ao longo da história, a oratória teve grandes expoentes.
Na Grécia antiga, era ensinada pelos filósofos e praticada nos debates intelectuais e jurídicos.
De todos os oradores gregos, Demóstenes foi o maior.
Entre os romanos, a oratória era praticada por juristas e políticos, que teve em Cícero o seu expoente mais famoso.
CLASSIFICAÇÃO DA ORATÓRIA
Uma classificação geral da oratória divide-a em: acadêmica, forense, política, sagrada e popular.
Em nosso estudo, vamos ver como os princípios gerais da comunicação se aplicam à oratória sacra, chamada de homilética nos cursos de teologia.
Tanto na oratória secular como na sacra foi-se o tempo em que ser orador era falar bonito e gritar.
Pois, Nessa fase da oratória estética e sonora, os melhores oradores eram os que falavam forte e com frases enfeitadas.
Mas essa época já passou há muito tempo, embora alguns oradores de hoje ainda permaneçam ingenuamente nessa fase.
Entre esses “ingênuos”, as maiores vítimas são políticos e pregadores, alguns dos quais abusam da paciência dos ouvintes.
Hoje o que importa não é o volume ou o enfeite, mas o conteúdo e a forma.
Pode-se falar muito bonito e não dizer absolutamente nada.
Veja esse quadro publicado na revista Seleções no qual 27 palavras combinadas entre si produzem lindas frases que não dizem nada:
Basta escolher uma palavra qualquer da primeira coluna e juntá-la com outra qualquer da segunda e outra qualquer da terceira para que tenha uma frase bonita sem nenhum significado concreto.
Por exemplo: planificação estrutural integrada.
Trata-se de um grupo de palavras composto de um substantivo mais dois adjetivos praticamente sem sentido.
Esse tipo de frase é usado comumente na política, na economia, às vezes no púlpito, e não diz absolutamente nada.
Falar bonito é fácil, difícil é comunicar uma ideia.
Então, a oratória de hoje resume-se em três passos: ter uma ideia, organizá-la e transmiti-la.
ELEMENTOS DA ORATÓRIA
A oratória é uma arte ou uma ciência?
É um talento natural ou uma habilidade adquirida?
É herdada ou conquistada?
Essas perguntas podem ter, em resumo, a seguinte resposta:
A oratória é uma arte porque requer criatividade, e uma ciência porque exige o conhecimento de técnicas e princípios.
É a obra da natureza, da arte e da prática, segundo os antigos.
Vejamos então, alguns elementos indispensáveis de uma boa oratória.
EFICIÊNCIA
A eficiência é a característica básica da oratória moderna, ou seja, para ter sucesso, a oratória tem de atingir determinada finalidade.
Segundo Hugo Blain, pregador escocês do século XVIII, “oratória é a arte de falar de maneira que se consiga o fim para o qual se fala”.
A oratória de hoje se caracteriza por objetividade, concisão, simplicidade e praticabilidade, em contraste com grandiloquência, verbosidade e linguagem quase poética do passado.
Cristo revolucionou a oratória de seu tempo, porque viveu na época da verbosidade e utilizou a objetividade e a simplicidade de hoje.
Pode-se dizer que ele foi um precursor da oratória moderna.
Todas as qualidades atrativas e desejáveis num orador, como boa voz, facilidade de expressão e simpatia pessoal, são úteis, mas não são suficientes.
Com essas qualidades você pode até agradar, mas falhará se não atingir objetivos práticos.
RETÓRICA
Retórica é a arte de ordenar o discurso.
É a capacidade de organizar as idéias e os argumentos.
Sem retórica o discurso fica uma salada, com idéias repetidas ou fora de lugar.
Por isso, quanto mais retórica, mais claro e convincente é o discurso.
São poucos os oradores que dominam a arte da retórica, que sabem manter uma ordem lógica do começo ao fim do discurso.
O fato é que alguns oradores não querem pagar o preço.
Não querem gastar o tempo necessário organizando as idéias, escolhendo a sequência correta e distribuindo os argumentos por ordem de prioridade.
Por isso mesmo, é que há tão poucos bons oradores, daqueles que dá gosto ouvir e cujas idéias parecem penetrar com suavidade em nossa mente.
Não pense que retórica é coisa do passado.
A influência de um discurso é diretamente proporcional à organização das idéias.
ELOQUÊNCIA
Eloquência é a arte de persuadir.
Existem livros inteiros sobre as leis da persuasão, até nas transações comerciais e nas relações entre vendedor e cliente.
No caso do orador, a eloquência é muito mais do que um conjunto de técnicas destinadas a convencer.
Aliás, em oratória, a eloquência não se limita a palavras.
Podem ser eloquentes o olhar, os gestos, um suspiro, o andar e até o silêncio.
A própria postura do orador tem influência no efeito do seu discurso sobre o ouvinte.
Ser eloquente é fazer um discurso bem-sucedido, que alcance os objetivos.
N o passado, ser eloquente era fazer um discurso sofisticado.
Hoje, a eloquência está mais ligada à simplicidade e à naturalidade.
Leon Fletcher menciona dois segredos que levam os oradores profissionais a ter sucesso na eloquência.
1. Não tentar imitar nenhuma outra pessoa.
Mas ser um orador com personalidade própria, independente e natural. Seja você mesmo.
2. Não fazer nenhum discurso sem se preparar devidamente.
Afinal de contas: “A eloquência consiste em dizer tudo o que deveria ser dito, e não tudo o que poderia ser dito”.
Tome o tempo necessário para preparar-se.
Em resumo, ser eloquente é ser um bom orador.
Os 3 pilares de uma oratória poderosa
Falar em público com eficácia é como um banquinho sustentado por três pilares: quem, o quê e como. Não pode ficar em duas pernas. Você precisa de todos os três para ser bom.
Se você quer ser eficaz, precisa entender esse conceito básico. Deixe-me explicar.
1. Quem?
Quem está falando?
A barreira que qualquer orador deve superar é a questão da credibilidade. O público inconscientemente pergunta: “O orador é confiável?”
Por que eles deveriam ouvir o que você diz? Quem é Você?
A credibilidade é enorme! Se você destruir sua credibilidade, não importa o que diga; ninguém vai ouvir.
Se você não tem credibilidade, não é confiável ou sua vida não se alinha com sua mensagem, por que alguém iria querer ouvir?
Por exemplo, imagine se Hitler fizesse um sermão sobre amar o próximo. Quem ouviria isso?
O homem atacou seus países vizinhos e tentou ao máximo exterminar seus vizinhos judeus.
Quem gostaria de ouvi-lo falar sobre algo que ele obviamente não praticou?
A confiança leva anos para ser conquistada e segundos para ser perdida.
Muitos fatores podem destruir sua credibilidade:
- um caso
- falta de integridade no trabalho
- um segredo obscuro
- falta de educação ou experiência
Mas pelo lado positivo, você também pode construir sua credibilidade:
- mais Educação
- mais experiência
- arrependimento de um erro passado
- uma reputação de honestidade e integridade
Quem é você, e você é credível? Esse é o primeiro pilar.
2. O quê?
O que eles disseram?
A segunda barreira que todo orador deve superar é uma questão de clareza. O público está inconscientemente perguntando: “A mensagem é clara?”
Se você não tiver uma mensagem clara, não importa o que você diga, ninguém vai entender.
Esta é uma luta com muitos oradores. Você pensará que se comunicou até perceber que não, porque só você sabia o que estava tentando dizer.
- Se você não consegue resumir sua mensagem em uma frase ou duas, ela não está clara.
- Se você tiver vários pontos que não se relacionam, não está claro.
- Se você tiver mais de um tópico, não está claro.
A mensagem pode estar clara na sua cabeça, mas o verdadeiro truque é torná-la clara para o seu público. Você pode explicar isso claramente? Se não, você tem trabalho a fazer.
O que você está dizendo, e está claro? Esse é o segundo pilar.
3. Como?
Como eles disseram isso?
A terceira barreira que todo orador deve superar é a questão de como a mensagem afeta o público. O público está inconscientemente perguntando: “Como isso me faz sentir?”
O que importa é se sua mensagem é atraente ou não.
Uma mensagem convincente provoca uma resposta do seu público. Isso os afeta emocionalmente, faz com que mudem a maneira como pensam ou querem agir de maneira diferente.
Se você não for atraente, não importa o que diga; ninguém vai mudar.
As pessoas não vão mudar a menos que vejam que algo está em jogo, é necessário, é urgente, e ousam admitir que precisam mudar.
Se sua entrega for ruim, sua mensagem será menos atraente.
- pobre linguagem corporal
- hábitos nervosos
- palavras de preenchimento excessivo
- falta de confiança
Se você não enquadrar a mensagem de uma forma relacionada ao seu público, eles não serão obrigados a agir.
E se você não envolver a mente e o coração, as pessoas não serão compelidas a fazer nada.
Se você não usar palavras que seu público conhece, eles não serão obrigados a fazer nada porque não entenderão você.
Dicas de oratória para pregadores
- A pregação é sobre Deus e não sobre você
- Procure olhar para as pessoas
- Use pausas entre frases
- Cuidado com os gestos exagerados
- Não seja monótono, erga e abaixe o volume da voz quando preciso
- Não use roupas extravagantes ou que chamem muito a atenção
- Fale as palavras com clareza
- Evite jargões
- Olhe para todos, não apenas para alguns
- Expresse sentimento de acordo com o que estiver falando
Maravilhoso !
DEUS É FIEL