Quem foi Justino Mártir na história e o que ele defendia?
Quem foi Justino Mártir?
Flávio Justino, também conhecido como Justino Mártir ou Justino de Nablus, foi um cristão e mártir romano do século II.
Nascimento: 100 d.C., Judeia
Falecimento: 165 d.C., Roma, Itália
Quando o Filho de Deus reúne a Sua Igreja pela Sua Palavra e Espírito, Ele então traz eleitos à comunhão da igreja de formas diferentes.
Alguns nascem e são criados dentro da aliança e bebem das verdades da Escritura com o leito materno.
Mas alguns são trazidos do mais escuro paganismo para dentro da comunhão da igreja através de uma mudança súbita da escuridão da idolatria para a luz do Evangelho.
Deus guia os Seus à comunhão da igreja de formas às vezes estranhas e maravilhosas.
JUSTINO MÁRTIR, CONVERTIDO DO PAGANISMO
A igreja dos tempos antigos era composta de judeus que tinham sido criados nas Escrituras do Antigo Testamento.
Mas foram trazidos para a fé em Cristo pela mesma maravilha da salvação que salvou os gentios.
Alguns eram prosélitos, gentios convertidos a religião judaica, também trazidos à comunhão da igreja através da obra soberana do Espírito Santo.
Quando o Evangelho foi pregado pela primeira vez no mundo mediterrâneo, a maior parte da igreja era constituída de convertidos provenientes do paganismo e da idolatria.
Mas mesmo assim, a conversão forjada por Deus nem sempre era uma explosão súbita da luz da salvação na escuridão da incredulidade.
Pois às vezes, esta era, até mesmo no mundo pagão, uma viagem, uma longa e árdua jornada, que finalmente trazia paz e salvação.
Esta é então a história de um destes convertidos do paganismo, o pai da igreja, Justino Mártir.
A CONVERSÃO DE JUSTINO MÁRTIR
O sobrenome de Justino não era realmente “Mártir”, mas ele recebeu esse nome porque ele morreu a morte de um mártir.
Contudo, esta não é bem a questão desta história, mesmo que o fato dele ter selado confissão com seu sangue seja muito importante.
Justino na realidade nasceu na Samaria, embora por muitos anos ele não tenha tido praticamente nenhum relacionamento com a religião judaica ou com a fé cristã.
Ele era filho de um grego chamado Prisco.
Prisco e sua esposa foram enviados pelo imperador romano Vespasiano, junto com um imenso número cidadãos romanos.
Para estabelecerem-se em Flávia Neápolis, uma cidade conhecida nos tempos bíblicos como Siquém.
Seu nascimento data por volta da virada do século 100 d.C.
O ano de 100 é, contudo, aproximadamente trinta anos depois da destruição de Jerusalém pelos exércitos de Tito.
Portanto pouquíssimos judeus restaram naquela área.
Justino era um estudante excepcionalmente dedicado, pois relativamente jovem ele viajou por todo o império em busca de ensinamentos que o satisfariam.
Já como um adolescente, Justino experimentou profundos desejos na sua alma que eram impossíveis de ser satisfeitos, mas que eram centrados na questão da relação do homem com Deus.
Elas o atribulavam profundamente, porquanto respostas lhe pareciam mais importantes do que qualquer outra coisa.
Porque, se necessário fosse, gastaria sua vida buscando por respostas para estas questões.
Depois de sua conversão Justino entendeu então que estas questões e este profundo desejo insatisfeito por algo que ele não sabia o que era, era a obra de Cristo em sua alma.
JUSTINO MÁRTIR E SEU DESEJO DE DEUS
É a obra do Espírito Santo mostrar ao pecador a necessidade de Cristo, e então esse desejo foi um trabalhar de Deus em seu coração.
Portanto não é estranho que Justino tivesse este profundo desejo.
É uma ação extraordinária da providência de Deus isto ter feito parte de sua vida durante muitos anos antes que a paz viesse.
SEUS PRIMEIROS CONTATO COM A FÉ EM CRISTO
Existiam poucos missionários naqueles dias depois dos grandes esforços de Paulo.
Apenas o povo de Deus, fiel e sem instrução, testificando acerca da verdade e manifestando em suas vidas a alegria da salvação.
Esses foram usados por Deus para espalhar o Evangelho por todo o mundo conhecido.
Pois, aqui temos um exemplo disso, o instruído Justino, foi levado aos seus joelhos em tristeza pelo pecado, por um humilde e ingênuo idoso, no litoral perto de Éfeso.
A influência do testemunho dos cristãos foi um fator importante na conversão de Justino, porque ele bem os observava.
Ele conta em um de seus últimos escritos que uma das inquietações que se agitavam em sua alma antes de sua conversão era a fé inabalável dos cristãos.
Que eram torturados e condenados à morte por confessarem a Cristo.
Ele secretamente se perguntava que tipo de força eles tinham para ser fiéis sob tais circunstâncias.
Justino Mártir se tornou um fiel servo de Cristo e um valioso defensor da fé.
SUA VIDA COMO CRISTÃO
Depois que Justino Mártir se tornou um cristão e se juntou a Igreja de Cristo, ele passou seu tempo viajando pelo império escrevendo e ensinando.
Contudo, ele não tentaria estabelecer nenhum tipo de escola permanente.
Ao invés disso, ele estava interessado em usar seu conhecimento e habilidade para instruir outros na fé e então ensiná-los a verdade da Palavra de Deus.
Muitas vezes quando a oportunidade aparecia, Justino Mártir se envolvia em debates públicos com defensores de religiões e filosofias pagãs.
Foi esta prática que por fim acarretou em seu martírio.
Entretanto, ele também escreveu um considerável número de obras.
Portanto, ele foi um dos primeiros defensores do cristianismo que usou suas habilidades de escrita para responder aos críticos.
De fato, seus escritos foram tão efetivos que ele se tornou conhecido tempos depois como um apologeta, em outras palavras, alguém que defende a fé.
JUSTINO MÁRTIR DEFENDE A FÉ
Ele atacou diretamente o paganismo, mostrando o completo absurdo e estupidez de adorar doze ou quinze deuses.
Ele argumentou enfaticamente que o paganismo não tinha nenhuma possibilidade de ser uma religião verdadeira porque esta produzia tantas imoralidades terríveis.
Naqueles dias, o Império Romano estava morrendo de uma podridão e era conivente para com todo o tipo de pecado desprezível praticado debaixo do céus.
Os pagãos, ficando cada vez mais desconfiados e com medo do cristianismo enquanto este se espalhava ao redor do mundo, começaram a atacá-lo perversamente.
Os Cristãos eram acusados de ateísmo por rejeitarem adorar a César e eram acusados de traição porque falavam de um Rei maior do que César.
Estranhamente, eles eram acusados de canibalismo porque diziam que, na sua celebração da Ceia do Senhor, comiam o corpo do Senhor e bebiam do Seu sangue.
Eles foram acusados de imoralidade pois tinham “festas de amor” destinadas a expressar a comunhão dos santos e dar ajuda material aos pobres, mas que eram interpretadas como orgias imorais.
JUSTINO MÁRTIR
Justino dedicou seu tempo para responder com cuidado e paciência todas estas acusações tolas e bárbaras.
Mas ele também começou a provar a verdade da religião cristã.
Ele o fez principalmente de duas formas:
(1) Ele apontou para os profetas do Antigo Testamento e mostrou como as suas profecias foram exatamente cumpridas na obra e morte de Cristo.
(2) Provavelmente, porque em essência as Escrituras do Novo Testamento que tinham sido escritas tão recentemente não eram amplamente conhecidas.
Ele apelou aos milagres como sendo provas do caráter autêntico da fé cristã.
Um propósito para o qual o Senhor deu o poder de milagres à igreja primitiva.
SEU MARTÍRIO
Havia chegado a hora de Justino ganhar o sobrenome “Mártir”.
Esse nome seria dado a ele por uma igreja que mantinha a memória de seu martírio em reverência.
Durante o percurso de suas viagens Justino Mártir foi duas vezes para Roma.
Na segunda vez, ele enfureceu um filósofo pagão de tal maneira que, uma vez inábil de derrotar Justino em debate, então decidiu matá-lo.
Assim ele denunciou às autoridades que Justino era um cristão culpado de todos os tipos de crimes terríveis.
Justino foi convocado a ir diante dos magistrados e então foi julgado.
Essa fidelidade e coragem que Justino Mártir mostrou é desafiadora para nós, porque nada sabemos sobre o que significa sofrer pela causa de Cristo.
Mas a história, escrita tanto tempo atrás, termina assim:
Rusticus o prefeito pronunciou a sentença, dizendo:
“Aqueles que se recusaram a sacrificar aos deuses e a submeter-se ao comando do imperador que sejam açoitados e levados a sofrer a punição de decapitação, de acordo com as leis.”
Os santos mártires tendo glorificado a Deus, e tendo saído para o lugar habitual, foram decapitados, e aperfeiçoaram seu testemunho na confissão do Salvador.
como esse estudo e cratificante estou aprendendo muito e agradeço primeiro a DEUS e depois os irmaos que estao me dando esse curso. que DEUS abençoe todos voces e que numca falte sabedoria para que atraves de voces muitos irmos sejam abençoados.
Eu estou amando este material de estudo , sou amante da leitura e do aprendizado