Quem eram os Nicolaítas na Bíblia, o que significava essa doutrina que Jesus declarou odiar?

Encontramos na história bíblica, referências a esse grupo ou seita nas cartas às igrejas de Éfeso e Pérgamo, presentes no livro de Apocalipse. 

Apesar de existir um forte debate sobre a identidade precisa dos Nicolaítas, as Escrituras nos dão algumas pistas sobre quem eram e qual era a sua doutrina. 

Para conhecer quais são essas pistas e compreender melhor esse assunto, continue lendo este artigo.

Quem eram os Nicolaítas?

As primeiras menções sobre eles aparecem no livro de Apocalipse, capítulo 2, versículos 6 que diz:

“Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.”

No versículo 15, temos:

“Outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas.”

Conforme as referências acima, na carta à igreja de Éfeso, Jesus elogia a igreja por odiar as obras desse grupo. Mas na carta à igreja de Pérgamo, ele repreende a igreja por permitir a presença deles, cujas doutrinas considera detestáveis. 

Assim, essas referências nos mostram que eram uma influência negativa dentro das igrejas primitivas.

O que os estudiosos dizem sobre este assunto?

Apesar de não ser possível descrever a identidade exata dos seguidores dessa doutrina, alguns estudiosos sugerem que eles eram um grupo herético ou uma seita dentro do cristianismo primitivo. 

Nesse contexto, temos as seguintes informações sobre quem eles eram, confira:

• Seria um dos sete diáconos que foi separado em Atos dos Apóstolos 6:5 prosélito de Antioquia. Eles dizem que esse se desviou e começou a ensinar heresias;
• Outros interpretam que era um homem que tinha uma esposa muito bonita e a dava aos homens para ter relação;
• Outros interpretam não se tratar de uma pessoa, mas um grupo do gnosticismo.

O que todos concordam, no entanto, é que eles sua doutrina era de libertinagem, isto é, a carne é má, por isso, poderíamos pecar à vontade, pois isso não interferia na vida espiritual.

Concluindo esse conceito temos:

Contrariando, portanto, os princípios cristãos que diz:

“… segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor… (Hebreus 12:14)

“Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão… (Colossenses 2:18)

Assim, o principal consenso entre os estudiosos, portanto, é que eles promoviam ensinamentos e práticas contrárias aos princípios cristãos. Há indícios de que eles incentivaram a participação em festivais pagãos e a imoralidade sexual. 

Assim, a sua doutrina pode ter sido caracterizada por uma mistura sincretista de elementos cristãos e práticas pagãs, o que certamente entraria em conflito com os ensinamentos dos apóstolos e com a moral cristã.

No entanto, o fato de Jesus expressar sua aversão às obras dos Nicolaítas nas cartas às igrejas indica claramente que essa doutrina era considerada errada e prejudicial para a fé cristã.

O que podemos aprender sobre quem eram os Nicolaítas e a sua doutrina?

Em primeiro lugar, devemos considerar que Jesus exorta as igrejas a se arrependerem e abandonarem as práticas e ensinamentos dos Nicolaítas. 

Essa advertência, portanto, nos mostra a importância de manter a pureza doutrinária e evitar influências que possam desviar os crentes dos caminhos de Deus.

Assim, é vital manter-nos firmes nas doutrinas fundamentais do cristianismo, rejeitando qualquer ensinamento que contradiga as Escrituras e os princípios estabelecidos pelos apóstolos. 

Zelar e preservar a pureza

Devemos ser zelosos em preservar a pureza e a santidade da igreja, confrontando qualquer forma de compromisso com o mundo e suas ideologias contrárias aos valores do Reino de Deus.

Buscar discernimento espiritual

Mesmo que não conheçamos a origem de algum tipo de doutrina e ensinamento, precisamos discernir os espíritos para nos manter, na palavra de Deus.

Por isso, é necessário examinar cuidadosamente as doutrinas e ensinamentos que nos apresentam, comparando-os com os ensinos basilares e apostólicos. 

Dessa maneira, conseguiremos evitar a aceitação cega de qualquer ensinamento que se apresenta como cristão, mas que contradiga os princípios claros das Escrituras.

Por fim, as referências a esse grupo de pessoas nos convidam a refletir sobre a nossa própria conduta e influência como seguidores de Cristo. Afinal, somos chamados a ser luz no mundo e a refletir a santidade de Deus em nossas vidas, e, assim, preservar o testemunho do evangelho seja preservado e impactante.

Gostou de conhecer sobre a doutrina dos Nicolaítas? Então, deixe seu comentário abaixo.