Parábola da figueira: Explicação, significado e 3 lições de despertamento
A parábola da figueira, mencionada por Jesus nos três evangelhos, é uma metáfora repleta de ensinamentos. Embora seu cenário seja simples, ela transmite verdades sobre vigilância e discernimento, especialmente no que diz respeito à segunda vinda de Cristo e aos “sinais dos tempos”.
Assim como outras parábolas, ela nos desafia a observar atentamente os acontecimentos à nossa volta, não como um exercício de especulação, mas como uma oportunidade de reafirmar nossa fé e esperança nas promessas de Deus.
Sendo assim, vamos refletir sobre essa parábola e as lições preciosas que ela oferece para a vida cristã, especialmente no contexto dos dias atuais.
Parábola da figueira na Bíblia
Mateus 24:32-33
“Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas.”
Marcos 13:28-29
“Aprendei, pois, a parábola da figueira: Quando já o seu ramo se torna tenro, e brota folhas, bem sabeis que já está próximo o verão. Assim também vós, quando virdes sucederem estas coisas, sabei que já está perto, às portas.”
Lucas 21:29-31
“E disse-lhes uma parábola: Olhai para a figueira, e para todas as árvores; Quando já têm rebentado, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está já o verão. Assim também vós, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o reino de Deus está perto.”
Explicação da parábola da figueira
Nos Evangelhos de Lucas 21:29-31, Mateus 24:32-33 e Marcos 13:28-29, Jesus utiliza a parábola da figueira para ensinar sobre os sinais da Sua volta.
Na Bíblia, a figueira frequentemente simboliza Israel (Os 9:10; Lc 13:6-10). Alguns estudiosos interpretam essa parábola como uma referência à criação do Estado de Israel em 15 de maio de 1948, sugerindo que este evento pode ser um “sinal” de que o retorno do Senhor está próximo.
De fato, Israel, após séculos de sujeição política, ter se tornado uma nação independente é um marco significativo.
Porém, Lucas inclui as palavras “e todas as árvores” (Lc 21:29), indicando que outras nações também estão envolvidas. Isso pode apontar para o crescimento do nacionalismo ao redor do mundo.
Nos últimos anos, testemunhamos o aumento do nacionalismo e o surgimento de novas nações, eventos que podem ser compreendidos como sinais da proximidade da volta de Cristo.
O foco central da parábola da figueira é entender os tempos e os acontecimentos.
Assim como a figueira florescendo indica a proximidade do verão, os sinais mencionados apontam para a iminência do retorno de Cristo.
Essa ideia é reforçada em passagens como Lucas 12:54-57.
A parábola da figueira adverte os santos que viverão na tribulação a vigiar e discernir os “sinais dos tempos”. Para nós, cristãos, a esperança está firmada na Palavra imutável de Deus, a “palavra profética” confirmada (2 Pedro 1:19-21). É nela que encontramos a certeza de que Deus cumprirá todas as Suas promessas.
Qual o significado da parábola da figueira nos dias de hoje?
A parábola da figueira nos dias de hoje nos ensina sobre vigilância espiritual e o reconhecimento do tempo de Deus.
Jesus usa a figueira como uma metáfora, destacando a importância de estar atento aos sinais de mudança, assim como a figueira que, ao brotar, anuncia a proximidade do verão.
No contexto contemporâneo, a parábola chama os cristãos a estarem prontos para o retorno de Cristo, não se distraindo com especulações sobre o futuro, mas vivendo uma vida de fé e comprometimento com a Sua palavra.
Além disso, a figueira, frequentemente associada a Israel, também simboliza que Deus é fiel em cumprir Suas promessas.
Embora o tempo exato da volta de Cristo seja desconhecido, essa incerteza deve inspirar uma vida de santidade, obediência e esperança.
Para aqueles que enfrentarem a tribulação, os sinais descritos nas Escrituras servirão como fonte de graça e confirmação da proximidade do cumprimento divino.
Para os cristãos de hoje, a lição central é confiar na Palavra imutável de Deus e viver como testemunhas fiéis, prontos para o encontro com o Senhor a qualquer momento.
3 Lições que aprendemos com a parábola da figueira
1. A Segunda Vinda de Cristo será um evento inesperado
Assim como os profetas expressavam a proximidade e a certeza de eventos futuros, Cristo anunciou sua volta com firmeza e clareza.
Essa vinda não será um evento oculto, mas marcado por grande poder e glória, trazendo uma mudança radical ao mundo.
Enquanto sua primeira vinda foi marcada pela rejeição, a segunda será um momento de admiração e justiça divina, revelando o cumprimento das promessas de Deus e a renovação de todas as coisas.
Essa certeza deve moldar a vida dos crentes, despertando vigilância e compromisso espiritual.
2. O oculto dos corações será revelado no dia da vinda de Cristo
Para os arrependidos, será um dia de alegria e reconciliação, pois suas lágrimas piedosas e seu arrependimento sincero encontrarão recompensa.
Porém, para os impenitentes, será um dia de horror e desespero eterno.
A diferença entre esses dois grupos não está nas circunstâncias externas, mas na resposta individual ao chamado de Deus.
A visão de Cristo como o Juiz final destacará a realidade espiritual de cada coração, mostrando a importância de viver hoje em submissão a Ele.
3. A preparação é indispensável diante da certeza da vinda de Cristo
Assim como no tempo de Noé, muitos estarão distraídos por suas rotinas diárias, vivendo sem considerar as implicações eternas. Cristo alerta que Sua vinda será repentina, surpreendendo a humanidade em seus negócios cotidianos.
Esse alerta exige uma preparação constante, pois o dia do Senhor chegará como o fim de tudo o que é temporário.
Essa mensagem nos lembra de viver com os olhos voltados para o eterno, priorizando o que permanece e alinhando nossas vidas com a vontade de Deus.
Veja também: