Pessoas que ficaram de fora do Natal
Esboço de pregação expositiva em Lucas 2 com o tema: Pessoas que ficaram de fora do Natal. Sermão apropriado para véspera ou culto de Natal.
Tema: Pessoas que ficaram de fora do Natal
Texto: Lucas 2
E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
Lucas 2:7
Objetivo: EXORTATIVO – Convidar os crentes a refletirem sobre como estão recebendo Cristo em suas vidas, evitando a indiferença, a incredulidade e a religiosidade vazia.
INTRODUÇÃO
Para muitos, o Natal é a melhor época do ano. Um tempo para lembrar do amor de Deus ao enviar Jesus para salvar o mundo.
Famílias se reúnem. Comidas especiais enchem as mesas. Luzes brilham. Presentes circulam. Canções de Natal… Tudo aponta para uma celebração que nos leva a refletir sobre o verdadeiro significado da data.
Mas nem todos sentem essa alegria. Para alguns, o Natal traz solidão, saudade ou tristeza. Pessoas sentem a falta de entes queridos. Outras lamentam não poder dar presentes como gostariam. Muitos enfrentam o excesso de gastos ou arrependimentos pelo ano que passou. Nem tudo é festa para todos.
Na igreja, o Natal vira uma celebração cheia de significado. Não importa a data exata do nascimento de Jesus. O que importa é o amor de Deus, que enviou Seu Filho ao mundo para salvar pecadores e oferecer esperança.
Cantamos hinos. Pregamos sermões. Ensinamos sobre o nascimento de Jesus. E, claro, temos as peças de Natal. Essas apresentações falam do Evangelho.
Entre tantas cenas, o presépio costuma brilhar. Maria e José colocam o menino Jesus na manjedoura. Uma estrela ilumina o cenário humilde. Pastores e anjos aparecem. Reis magos entram. Crianças fantasiadas de animais completam a imagem.
Simples, mas cheio de significado. O presépio aponta para a encarnação. Deus, em Sua graça, escolheu se fazer carne. Escolheu o caminho humilde para trazer salvação. Cada detalhe no presépio declara o amor de Deus. Celebrar o Natal é celebrar esse grande presente.
Mas, ao observar a Natividade, algo mais profundo deveria tocar o coração. A imagem deveria lembrar do amor de Deus, de Sua vinda ao mundo para morrer em nosso lugar e do preço pago por uma salvação gloriosa.
E aí está o problema com a Natividade. Não se trata de como ela é apresentada, nem dos trajes ou da mensagem encenada. O problema está em quem não aparece nela.
Pense um pouco. Todos no presépio são retratados como adoradores de Jesus:
- Anjos adoraram – Lucas 2:8-14
- Pastores adoraram – Lucas 2:8-20
- Magos adoraram – Mateus 2:1-11
- Até os animais, de certa forma, refletem a glória de Deus – Romanos 1:19-20
Mas, há personagens esquecidos na história do Natal, ausentes do presépio. Já pensou nisso?
A proposta aqui é enxergar a Natividade de forma diferente. Quero pregar sobre quem ficou de fora (por não dar lugar a Deus em seus corações) e o que isso nos ensina sobre a verdadeira mensagem do Natal.
I. FICARAM DE FORA OS IGNORANTES (Lucas 2:1-6)
E aconteceu naqueles dias que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse
César Augusto, o governante poderoso, ordenou um censo para arrecadar impostos.
Ele não sabia, mas estava cumprindo a profecia de Deus sobre o nascimento de Jesus.
Sua falta de reconhecimento do plano divino o deixou fora desse momento histórico.
Muitas pessoas, como César, vivem suas vidas sem perceber que Deus está trabalhando ao seu redor, ignorando a vontade divina.
II. FICARAM DE FORA OS OCUPADOS DEMAIS (Lucas 2:7)
E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
O estalajadeiro de Belém estava tão imerso nas suas tarefas que não ofereceu um lugar para Maria e José.
Ele não percebeu o evento divino prestes a acontecer e, por isso, ficou de fora do Natal.
Muitas vezes, a correria do dia a dia impede as pessoas de perceberem que Jesus está à porta.
A falta de tempo e de prioridade em nossas agendas pode nos fazer negligenciar o Cristo, que é a verdadeira razão do Natal.
III. FICARAM DE FORA OS INCRÉDULOS (Lucas 2:15-18)
17 E, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita; E todos os que a ouviram se maravilharam do que os pastores lhes diziam.
Os pastores acreditaram na mensagem dos anjos e buscaram o bebê na manjedoura.
Mas muitos que ouviram a história só ficaram admirados e não tomaram nenhuma atitude.
Eles ficaram de fora porque não investigaram a verdade por si mesmos.
Muitas pessoas ouvem o Evangelho, mas não se comprometem a seguir Jesus.
IV. FICARAM DE FORA OS RELIGIOSOS (Lucas 2:21; Mateus 2:4-6)
Pense no rabino em Belém que circuncidou Jesus quando Ele tinha 8 dias, conforme Lucas 2:21. Esse homem religioso tocou o Messias judeu, mas não O reconheceu.
Agora, considere os “principais sacerdotes e escribas” chamados por Herodes, em Mateus 2.
Quando os sábios chegaram a Jerusalém, seguindo uma estrela, Herodes os chamou e perguntou onde o “rei dos judeus” nasceria. Eles citaram Miquéias 5:2, dizendo que o Messias nasceria em Belém.
Os líderes religiosos, que conheciam bem as Escrituras, não reconheceram Jesus como o Messias, mesmo com Ele diante deles.
Muitos, confortáveis com suas crenças e tradições, rejeitam a verdadeira mensagem do Natal.
Eles não perceberam que Jesus era o Salvador, e isso os afastou da Sua presença.
A religiosidade vazia pode nos afastar de um encontro genuíno com Jesus, pois estamos mais preocupados com rituais do que com o relacionamento verdadeiro com Ele.
Conclusão da pregação:
Se estivéssemos lá na noite em que Ele nasceu, será que iríamos ignorá-Lo como muitos fizeram?
Será que ouviríamos os pastores com alegria? Seguiríamos os sábios para adorar a criança?
Ou talvez, ouvíssemos suas histórias, se tivéssemos tempo ou interesse?
Talvez fôssemos impressionados, até surpresos, mas será que iríamos adorá-Lo?
Assim como muitos perderam o significado do Natal naquela época, ainda hoje muitos ficam de fora, ignorando, rejeitando ou não acreditando no plano de Deus.
Que, neste Natal, possamos dar espaço a Jesus, não só nas festividades, mas em nossos corações e vidas, buscando viver com Ele, a verdadeira razão desta celebração.
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