Por que devemos “orar em nome de Jesus”?
Confesso, que a expressão “em nome de Jesus” sempre parecia ser apenas uma formalidade dita ao final de uma oração; algo como a cereja que finaliza o enfeite do bolo. De fato, se uma oração não terminasse com as palavras “em nome de Jesus, amém”, isso soava estranho e até incompleto… quase como se fosse antibíblico e mal informado.
Pois bem, Jesus nos instruiu a orar em Seu nome, então seria errado encerrar uma oração sem usar essas palavras? Ou será que essa frase é apenas uma “fórmula mágica” que torna nossas orações santas e abençoadas?
Sendo assim, neste estudo bíblico, vamos compreender por que devemos “orar em nome de Jesus” e qual o significado bíblico deste conceito.
Onde diz na Bíblia que devemos “orar em nome de Jesus”?
A prática de orar em nome de Jesus encontra sólido fundamento nas Escrituras. Um dos textos principais que abordam esse ensinamento está em João 14:13-14, onde Jesus declara:
“E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.”
Essa instrução também aparece em outras passagens, como:
“Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.” (João 15:16)
“E naquele dia nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar. Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra.” (João 16:23-24.
Em tais versículos, Jesus transmite a ideia de que a oração feita em Seu nome traz consigo a promessa de serem atendidas. A repetição dessa ideia nas Escrituras sublinha a importância e o poder de invocar o nome de Jesus em nossas petições.
Qual o significado de “orar em nome de Jesus”?
“Orar em nome de Jesus” significa reconhecer que Ele é nosso intercessor, que advoga nossas causas, junto ao Pai, e também, estar submetido à Sua vontade e não a nossa.
Então, orar em Seu nome, não significa apenas adicionar uma frase ao final de suas orações.
Ao orar em nome de Jesus, você reconhece duas verdades primordiais, enquanto apresenta seus pedidos a Deus. Veremos à seguir, quais são eles:
1. Ao “orar em nome de Jesus” reconhecemos que Ele é o nosso intercessor
A oração no Novo Testamento possui uma distinção importante em relação às práticas do Antigo Testamento. Em João 16:24, Jesus instrui seus discípulos:
“Até agora, vocês não pediram nada em meu nome. Peçam e receberão, para que a alegria de vocês seja completa.”
Mas o que exatamente mudou em nossas orações após a vida, morte e ressurreição de Cristo?
Com a ascensão de Jesus ao céu após Sua ressurreição, Ele se tornou nosso intercessor e advogado diante do Pai (Romanos 8:34; 1 João 2:1; Hebreus 7:25).
Orar em nome de Jesus significa reconhecer que Cristo é o único caminho. Nossa posição diante de Deus depende inteiramente da obra consumada de Cristo. Nos aproximamos de Deus em oração, não com base em nossas obras ou méritos, mas exclusivamente em nome de Jesus.
A preposição “em” carrega um significado profundo. Ela reflete nosso relacionamento com Cristo. Estamos “em” Cristo, unidos a Ele em Sua morte, sepultamento e ressurreição. Agora, até mesmo nossas orações se fazem “em” Seu nome.
Portanto, ao orar em nome de Jesus, reconhecemos que, sem a obra redentora de Cristo, permaneceríamos afastados de Deus para sempre.
2. Quando “oramos em nome de Jesus” se submetemos à Sua vontade
O apóstolo João, que registrou as palavras de Jesus sobre orar em Seu nome, traz uma compreensão mais profunda do que significa essa prática em sua carta. Ele afirma:
“E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos.” (1 João 5:14-15)
Esses versículos oferecem a mesma garantia de oração respondida que encontramos em João 14:13-14. A expressão “segundo a Sua vontade” está intrinsecamente ligada ao conceito de orar “em nome de Jesus”.
Não se trata de tentar persuadir Jesus a atender nossos desejos, mas sim de apresentar nossos pedidos com uma atitude de submissão humilde.
A simples repetição da frase “Em nome de Jesus, Amém” não garante que nossos pedidos estejam em harmonia com a vontade de Deus. Da mesma forma, adicionar “Se for Sua vontade” a cada oração não significa necessariamente que estamos realmente nos submetendo ao plano divino.
Orar de acordo com a vontade de Deus significa alinhar nossos pedidos com o caráter de Cristo. É buscar aquilo que Ele desejaria, orando com uma visão que reflete a perspectiva divina sobre a vida.
A oração é, sem dúvida, um privilégio precioso e imerecido. Que bênção é poder se aproximar de Deus em qualquer momento, trazendo a Ele nossos pedidos. No entanto, devemos ter cuidado para não pedir “erroneamente, para gastar em nossas paixões”.
Que nossas orações reconheçam a intercessão de Cristo em nosso favor, nossa união com Ele, e sejam humildemente alinhadas com a vontade e o caráter de Deus.
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