Salmo 116: Estudo versículo por versículo comentado e explicado

O Salmo 116 é um tesouro poético encontrado no livro de Salmos, na Bíblia Sagrada. Para você que deseja se aprofundar nesse belo salmo e compreender seu significado mais profundo, este artigo oferece um estudo versículo por versículo, comentado e explicado.

Sobre o que é o Salmo 116?

O Salmo 116 aborda temas de gratidão, louvor e confiança no livramento de Deus. É um salmo que expressa os sentimentos e experiências pessoais do salmista em relação à fidelidade e misericórdia de Deus.

O salmista começa declarando seu amor por Deus e reconhecendo que Ele ouviu suas súplicas e atendeu suas orações (versículo 1). O salmo descreve uma situação de angústia e perigo na vida do salmista, onde ele se sentiu cercado por aflições e tristeza (versículos 3-4). No entanto, ele confiou em Deus e invocou Seu nome, sabendo que Ele é gracioso, justo e compassivo (versículo 5).

O salmista expressa sua confiança na bondade de Deus ao afirmar que Ele protege os simples e os salva da morte e das lágrimas (versículos 6-8). Ele reconhece que, mesmo em momentos de desespero e dúvida, pode confiar em Deus e descansar em Sua fidelidade (versículo 9).

O salmo continua com palavras de gratidão e louvor a Deus. O salmista expressa seu desejo de retribuir ao Senhor por todo o bem que Ele tem feito, oferecendo-se como um servo dedicado e cumprindo seus votos diante de toda a congregação (versículos 12-14). O salmista reconhece que a vida é preciosa e que Deus resgatou sua alma da morte, permitindo-lhe continuar a viver e adorá-Lo (versículos 15-19).

No final do salmo, o salmista declara sua determinação em louvar a Deus continuamente, em todas as circunstâncias, e oferecer sacrifícios de gratidão (versículos 17-19). Ele reconhece que sua vida pertence a Deus e que ele é um servo do Senhor (versículo 16).

Quem escreveu o Salmo 116?

O Salmo 116 é atribuído a Davi, conforme a tradição. Ele é considerado um dos Salmos de Louvor ou de Ação de Graças e faz parte do quinto livro dos Salmos. No contexto judaico, o Salmo 116 está agrupado com os chamados Salmos de “hattel” (louvor), que incluem os Salmos 113 a 118.

Esses Salmos eram recitados ou cantados tradicionalmente no encerramento da ceia pascal dos judeus.

A autoria de Davi para este Salmo não é mencionada explicitamente dentro do próprio texto, mas é atribuída a ele com base na tradição e no estilo poético que se assemelha a outros Salmos associados a Davi.

Contexto do Salmo 116

O salmista desfrutava do “sossego” (Salmo 116:7), mas enfrentou uma traição por parte daqueles em quem confiava, que mentiram a seu respeito (Salmo 116:11) e o colocaram em dificuldades. Na verdade, a dissimulação desses homens quase lhe custou a vida (Salmo 116:3, 4). No entanto, ele clamou ao Senhor e foi salvo da morte (Salmo 116:1, 2).

Este Salmo é profundamente pessoal, com o uso frequente da primeira pessoa do singular em mais de trinta ocasiões. Ao expressar seu louvor ao Senhor, o escritor se inspira em trechos de outros Salmos, como o Salmo 18, 27, 31 e 56. Parece também estar familiarizado com a oração do rei Ezequias registrada em Isaías 37, bem como com o salmo de ação de graças de Ezequias registrado em Isaías 38.

Ao refletir sobre a experiência que colocou sua vida em risco, o salmista descobre diversos motivos pelos quais o Senhor Deus livra Seu povo do perigo e da morte.

Qual a divisão deste Salmo?

O Salmo 116 pode se dividir da seguinte forma, conforme a divisão proposta por Wiersbe:

  1. Ele responde às orações de seus filhos (Salmo 116:1-4).
  2. Ele é um Deus de misericórdia e graça (Salmo 116:5-11).
  3. Ele considera seus filhos preciosos (Salmo 116:12-15).
  4. Ele é fiel à sua aliança (Salmo 116:16-19).

Estudo do Salmo 116: Comentário versículo por versículo

comentários bíblicos sobre o versículo

1 # “Amo ao SENHOR, porque ele ouviu a minha voz e a minha súplica.” (Salmo 116:1)

No primeiro verso, o salmista expressa seu profundo amor pelo SENHOR. Essa afirmação revela o relacionamento pessoal e íntimo que o salmista possui com Deus. Ele ama o SENHOR com todo o seu coração e ser.

A razão para esse amor fervoroso é declarada: Deus ouviu a voz do salmista e atendeu às suas súplicas. Aqui, vemos a resposta amorosa e misericordiosa de Deus à oração do salmista.

Essa experiência de ter suas petições ouvidas e respondidas pelo SENHOR fortalece o vínculo de amor e confiança entre o salmista e seu Deus.

Esse verso também nos inspira a refletir sobre o amor que temos por Deus, reconhecendo Sua prontidão em nos ouvir e responder.

2 # Porque inclinou para mim os seus ouvidos; portanto, o invocarei enquanto viver. (Salmo 116:2)

No versículo 2, o salmista declara que Deus inclinou os seus ouvidos para ele. Essa expressão retrata a atenção amorosa e cuidadosa de Deus para com o salmista, indicando que Ele ouviu atentamente as suas palavras e súplicas.

Como resposta a essa experiência íntima com Deus, o salmista reafirma a sua determinação em invocar o nome do SENHOR durante toda a sua vida.

Esse verso revela a confiança e a gratidão do salmista pelo fato de que Deus não apenas ouve, mas também responde às suas orações. Isso não é maravilhoso!

3 # Os cordéis da morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; encontrei aperto e tristeza. (Salmo 116:3)

No versículo 3 do Salmo 116, o salmista descreve uma situação de extrema aflição e perigo. Ele usa uma linguagem poética para expressar a sua experiência de estar cercado pelos cordéis da morte e angústias do inferno.

Essas palavras evocam uma sensação de opressão, desespero e tristeza profunda. O salmista revela que encontrou aperto e angústia, enfrentando uma situação extremamente difícil e ameaçadora.

Esse verso retrata a realidade da adversidade e do sofrimento humano, em que a morte e a angústia parecem envolver a vida do salmista. É um apelo à compaixão e ao socorro divino diante de uma situação angustiante.

Amado(a), talvez você se encontra assim, mas confie nas palavras deste Salmo que revela o quanto podemos receber o auxílio do Todo Poderoso.

4 # Então, invoquei o nome do SENHOR: Ó SENHOR, livra a minha alma. (Salmo 116:4)

Aqui, o salmista revela sua resposta à situação de aperto e tristeza descrita no verso anterior. Diante do desespero, ele recorre ao nome do Senhor, fazendo uma súplica para que sua alma seja liberta.

Essa invocação demonstra a confiança do salmista na intervenção divina e na capacidade de Deus de livrá-lo de suas dificuldades. Ele reconhece que somente o Senhor é capaz de trazer libertação e alívio para sua alma angustiada.

Esse verso 4, revela a postura de dependência e entrega do salmista diante de Deus, buscando refúgio e salvação em meio às tribulações.

É um exemplo de confiança na resposta e na misericórdia divina, na certeza de que Deus é capaz de trazer libertação e restauração. Tenha fé, amado(a) do Senhror!

5 # O SENHOR é misericordioso e justo; o nosso Deus é compassivo. (Salmo 116:5)

No quinto verso do Salmo 116, o salmista proclama as qualidades do Senhor: Ele é misericordioso, justo e compassivo. Essas características revelam o caráter de Deus e despertam a gratidão e o louvor do salmista.

O Senhor não apenas demonstra misericórdia, mostrando compaixão e perdão aos pecadores arrependidos, mas também é justo em Suas ações, agindo de acordo com a Sua retidão e sabedoria perfeitas.

Ele é compassivo, ou seja, Ele se importa profundamente com o sofrimento humano e está disposto a agir em favor daqueles que clamam a Ele.

Esse verso nos lembra da bondade e da fidelidade de Deus, que age com misericórdia e justiça em todas as circunstâncias. Ele não trata as pessoas de forma arbitrária ou injusta, mas revela Sua compaixão e amor através de Suas ações e intervenções.

Podemos confiar plenamente no caráter divino, sabendo que Ele sempre agirá de acordo com Sua natureza misericordiosa, justa e compassiva. Isso nos encoraja a buscar a Deus em todas as situações, sabendo que Ele é digno de nossa confiança e que cuidará de nós de maneira justa e amorosa.

6 # O SENHOR protege os simples; quando me acho abatido, ele me salva. (Salmo 116:6)

O salmista declara a confiança na proteção do Senhor. Ele reconhece que Deus cuida dos simples e se preocupa com aqueles que são fracos e vulneráveis.

Essa palavra de encorajamento é um lembrete de que o Senhor não faz acepção de pessoas, mas estende Sua mão de proteção e salvação a todos aqueles que O buscam sinceramente.

O salmista testifica que, mesmo quando se encontra abatido e em dificuldades, Deus intervém e o salva. Essa experiência pessoal fortalece sua fé e confiança no Senhor, sabendo que Ele é o refúgio seguro em tempos de aflição. O salmista reconhece que sua força não reside em si mesmo, mas no poder e na fidelidade do Senhor.

Esse verso nos lembra que, independentemente de nossas circunstâncias, podemos confiar no cuidado e na salvação do Senhor. Ele está sempre pronto para estender Sua mão protetora e nos livrar do perigo.

Quando nos sentimos fracos e abatidos, podemos encontrar esperança e segurança no Senhor, que é o nosso defensor e redentor. Amado(a), Ele é aquele que nos salva e nos sustenta em todos os momentos.

7 # Volta, minha alma, para o teu sossego, pois o SENHOR tem sido generoso para contigo. (Salmo 116:7)

No sétimo versículo, o salmista direciona uma palavra de encorajamento à sua própria alma. Ele a exorta a encontrar sossego e descanso no Senhor, reconhecendo a generosidade divina em sua vida. O salmista entende que, apesar das dificuldades enfrentadas, o Senhor tem sido bondoso e misericordioso com ele.

Essa passagem revela a importância de buscar a paz interior e descansar na presença de Deus, mesmo em meio às adversidades. O salmista reconhece que, ao voltar-se para o Senhor, sua alma encontra serenidade e tranquilidade. É um convite para que todos nós encontremos descanso em Deus, confiando em Sua bondade e cuidado.

Essa mensagem nos convida a refletir sobre a importância de cultivar uma alma tranquila e confiante no Senhor, independentemente das circunstâncias que enfrentamos. Em meio aos desafios da vida, podemos encontrar descanso e paz ao lembrar das inúmeras bênçãos e da fidelidade de Deus para conosco.

Ele é aquele que nos sustenta e nos renova, capacitando-nos a enfrentar os obstáculos com esperança e confiança.

8 # Porque livraste a minha alma da morte, os meus olhos das lágrimas e os meus pés da queda. (Salmo 116:8)

Aqui, o salmista expressa sua gratidão a Deus por livrá-lo da morte, enxugar suas lágrimas e evitar que seus pés tropeçassem. É um reconhecimento da proteção e cuidado divinos em sua vida.

O salmista testemunha que Deus interveio em seu favor, preservando sua vida e concedendo-lhe livramento. Ele experimentou a misericórdia de Deus ao ser resgatado de uma situação de perigo iminente. Além disso, Deus secou suas lágrimas, simbolizando o consolo e o alívio que Ele proporciona em meio ao sofrimento.

Esse versículo nos lembra que Deus é um Deus de livramento e consolo. Ele não apenas nos salva dos perigos físicos, mas também cuida das nossas emoções e aflições mais profundas. Quando clamamos a Ele, Ele nos ouve e age em nosso favor, trazendo alívio para as nossas dores e restauração para as nossas feridas.

Diante disso, somos convidados a refletir sobre os momentos em que experimentamos a intervenção de Deus em nossas vidas. Podemos expressar nossa gratidão por Sua fidelidade e bondade, reconhecendo que Ele é aquele que nos livra do mal, enxuga nossas lágrimas e nos sustenta para que não caiamos.

9 # Andarei diante do SENHOR, na terra dos viventes. (Salmo 116:9)

Que linda declaração onde o salmista expressa o seu desejo: Andar diante do senhor. É uma afirmação de compromisso em viver em obediência e comunhão com Deus, mesmo em meio às adversidades da vida terrena.

Ao dizer que caminhará diante do Senhor, o salmista expressa seu desejo de ter uma conduta alinhada com a vontade divina. Ele reconhece que a verdadeira vida está em andar na presença de Deus, seguindo Seus caminhos e obedecendo a Seus mandamentos.

Essa declaração revela uma postura de dependência e confiança em Deus. O salmista reconhece que é na comunhão com o Senhor que encontra sentido, direção e proteção para sua jornada terrena. Ele escolhe direcionar seus passos de acordo com a vontade de Deus, confiando em Seu cuidado e orientação.

Para nós, hoje, esse versículo nos desafia a refletir sobre nossa própria caminhada diante do Senhor. Somos encorajados a buscar uma vida de obediência, confiança e comunhão com Ele, reconhecendo que somente nEle encontramos verdadeira plenitude e significado.

Que possamos ter o mesmo compromisso do salmista, buscando caminhar diante do Senhor em todas as áreas da nossa vida, sabendo que Ele é nosso guia, sustento e fonte de vida abundante.

10 # Cri, por isso falei; estive muito aflito. (Salmo 116:10)

No décimo versículo do Salmo 116, o salmista revela sua profunda fé em Deus ao declarar: “Cri, por isso falei; estive muito aflito”. Essas palavras expressam a ligação entre a sua crença e a sua experiência de sofrimento e aflição.

A afirmação “Cri, por isso falei” revela que a confiança do salmista em Deus não é meramente teórica, mas baseada em uma fé genuína. Ele acredita que Deus é digno de confiança e que ouvirá suas súplicas. Essa confiança o impulsiona a falar e a expressar seus anseios e necessidades diante de Deus.

No entanto, o salmista também reconhece que esteve “muito aflito”. Ele não esconde a realidade do seu sofrimento, mas o apresenta diante de Deus com fé. É como se ele dissesse: “Apesar de todas as dificuldades e angústias que enfrentei, escolhi crer em Deus e confiar que Ele ouvirá e responderá às minhas orações”.

Esse versículo nos ensina sobre a importância de uma fé genuína e ativa em meio às adversidades. Mesmo quando estamos enfrentando aflições e tribulações, podemos encontrar consolo e esperança em Deus, confiando em Sua fidelidade e poder para nos socorrer.

Que essa declaração do salmista nos inspire a fortalecer nossa fé em Deus e a falar com confiança sobre nossas necessidades e lutas diante dEle. Que possamos crer e falar, mesmo em meio às dificuldades, confiando que Deus está presente e disposto a nos ajudar em nossos momentos de aflição.

11 # Eu disse na minha pressa: Todo homem é mentiroso. (Salmo 116:11)

Aqui, o salmista expressa uma afirmação que reflete a sua experiência de desilusão e decepção com as pessoas ao seu redor: “Eu disse na minha pressa: Todo homem é mentiroso”. Essa declaração revela a constatação do salmista sobre a falta de confiança e a tendência humana para a mentira e a decepção.

Na pressa e no desespero de suas circunstâncias, o salmista parece ter generalizado sua percepção, concluindo que todos os homens são mentirosos. Essa observação pode ter surgido de experiências pessoais de traição ou falsidade por parte daqueles em quem ele confiava. Essa decepção levou-o a ter uma visão negativa e desconfiada da natureza humana em geral.

No entanto, é importante notar que essa afirmação não representa uma verdade absoluta, mas sim a perspectiva momentânea e emocional do salmista. Embora algumas pessoas possam ser desonestas e falíveis, nem todos os homens são mentirosos. Ainda há pessoas confiáveis, justas e verdadeiras no mundo.

Esse versículo nos lembra que a experiência de decepção com outras pessoas é algo comum na jornada da vida. No entanto, também nos desafia a não generalizar e a manter a esperança em encontrar pessoas honestas e verdadeiras. Além disso, nos encoraja a buscar a Deus como a fonte de verdade e confiabilidade em meio às falhas humanas.

12 # Que darei eu ao SENHOR por todos os benefícios que me tem feito? (Salmo 116:12)

No décimo segundo versículo do Salmo 116, o salmista expressa uma profunda gratidão a Deus por todos os benefícios e bênçãos que recebeu. Ele reflete sobre a generosidade e bondade de Deus em sua vida e se pergunta: “Que darei eu ao SENHOR por todos os benefícios que me tem feito?”

Essa pergunta revela um coração cheio de gratidão e o desejo sincero de retribuir a Deus de alguma forma. O salmista reconhece que tudo o que ele possui e todas as bênçãos que recebeu são presentes de Deus, e ele sente o desejo de expressar sua gratidão e amor.

No entanto, o salmista também reconhece que não há nada que ele possa oferecer a Deus que seja igual aos benefícios recebidos. Ele compreende a natureza infinita e inigualável de Deus e reconhece a sua própria limitação. Mesmo assim, ele busca encontrar uma forma de expressar sua gratidão e devoção.

Esse versículo nos convida a refletir sobre a nossa própria gratidão a Deus. Quantos benefícios recebemos em nossas vidas? Quantas bênçãos temos desfrutado diariamente? Assim como o salmista, devemos nos perguntar: “O que podemos oferecer a Deus em retorno?”

Embora não possamos igualar ou retribuir completamente os benefícios de Deus, podemos expressar nossa gratidão através de uma vida dedicada a Ele, por meio de louvor, adoração, obediência e serviço ao próximo. Podemos oferecer a Deus o nosso amor, devoção e compromisso em reconhecimento de todas as Suas bondades para conosco.

13 # Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do SENHOR. (Salmo 116:13)

O salmista expressa agora, sua resposta à generosidade e livramento de Deus. Ele declara que tomará o cálice da salvação e invocará o nome do SENHOR.

Ao mencionar o “cálice da salvação”, o salmista está simbolicamente se referindo à ação de celebrar e expressar sua gratidão a Deus por ter sido salvo e livrado das dificuldades. O cálice representa uma bênção, um presente de Deus, que o salmista está pronto para receber e celebrar. Ele reconhece que foi resgatado e experimentou a salvação da mão de Deus, e agora deseja compartilhar sua alegria e louvor ao invocar o nome do SENHOR.

Ao invocar o nome do SENHOR, o salmista está reconhecendo a presença e a autoridade de Deus em sua vida. Ele está se voltando para Deus em oração e louvor, reconhecendo que é por meio do nome do SENHOR que ele foi salvo e libertado. Essa invocação do nome de Deus é um ato de adoração e confiança, uma expressão da dependência e da fé do salmista.

Esse versículo nos ensina a importância de reconhecer e celebrar a salvação que recebemos de Deus. Assim como o salmista, devemos tomar o cálice da salvação, ou seja, aceitar e receber com gratidão o presente da salvação que Deus nos oferece por meio de Jesus Cristo. Devemos invocar o nome do SENHOR, buscando Sua presença, buscando-O em oração e louvor, e confiando em Sua fidelidade e poder.

14 # Cumprirei os meus votos ao SENHOR, na presença de todo o seu povo. (Salmo 116:14)

Essa afirmação revela a seriedade e a sinceridade do salmista em sua devoção a Deus. Estes votos podem ser entendidos como promessas ou compromissos feitos pelo salmista a Deus em resposta à Sua fidelidade e livramento. São expressões de devoção e comprometimento com o SENHOR, em que o salmista se compromete a viver em conformidade com a vontade de Deus e a servi-Lo fielmente.

Ao declarar que cumprirá seus votos na presença de todo o povo, o salmista reconhece a importância da comunidade de fé e do testemunho público de seu compromisso com Deus. Ele não faz esses votos em segredo ou apenas para si mesmo, mas deseja que toda a comunidade veja sua devoção e seja encorajada em sua própria fé.

Esse versículo nos lembra da importância de cumprirmos nossos compromissos e promessas feitas a Deus. Quando fazemos votos ao SENHOR, seja em momentos de aflição, gratidão ou adoração, é essencial que honremos essas promessas e vivamos de acordo com elas. Isso envolve uma vida de obediência, amor a Deus e aos outros, e um testemunho autêntico de nossa fé diante de toda a comunidade.

15 # Preciosa é à vista do SENHOR a morte dos seus santos. (Salmo 116:15)

No décimo quinto versículo, o salmista declara que a morte dos santos é preciosa aos olhos do SENHOR. Essa afirmação revela uma perspectiva singular sobre a morte e a maneira como Deus a encara.

Ao afirmar que a morte dos santos é preciosa aos olhos do SENHOR, o salmista está reconhecendo que Deus valoriza e considera especial o momento da passagem desses fiéis para a eternidade. Para Deus, a morte dos Seus santos não é um evento trágico ou sem importância, mas algo de grande significado e valor.

Essa declaração nos mostra que, aos olhos de Deus, a morte não é o fim, mas uma transição para uma vida eterna junto a Ele. Para os que creem e seguem a Deus, a morte não é um evento terrível e final, mas um momento em que são recebidos nos braços amorosos do Pai celestial.

Essa visão da morte como algo precioso para Deus traz consolo e esperança aos crentes. Ela nos encoraja a confiar na fidelidade de Deus e a enfrentar a morte com coragem e serenidade, sabendo que ela não é o fim da nossa jornada, mas o início de uma vida plena e eterna na presença de Deus.

Esse versículo também nos lembra que, para Deus, cada vida tem um propósito e um significado especial. Ele está atento e cuida dos Seus santos desde o início até o fim de suas jornadas terrenas. Nada escapa ao Seu conhecimento e amor, nem mesmo a morte.

16 # Ah! SENHOR, deveras sou teu servo; sou teu servo, filho da tua serva; soltaste as minhas ataduras. (Salmo 116:16)

Aqui, o salmista expressa sua profunda consciência de ser servo do SENHOR. Ele reconhece sua identidade como servo de Deus e declara sua total entrega e submissão ao Seu senhorio.

Ao afirmar “Ah! SENHOR, deveras sou teu servo”, o salmista está declarando com humildade e gratidão que pertence a Deus e está à disposição para cumprir Sua vontade. Ele reconhece que sua existência e propósito estão intimamente ligados ao serviço a Deus, e isso traz um profundo senso de propósito e significado à sua vida.

Além disso, o salmista acrescenta “sou teu servo, filho da tua serva”. Essa afirmação revela a consciência de que ser servo de Deus é uma herança passada de geração em geração. Ele reconhece que sua fé e devoção foram transmitidas por seus antepassados, que também serviram ao SENHOR. Essa conexão com a história e a tradição do povo de Deus fortalece sua identidade como servo fiel.

O salmista também declara que Deus soltou suas ataduras. Isso pode ser interpretado como libertação de alguma forma de opressão, aflição ou escravidão. Deus é reconhecido como o libertador que quebra as correntes que aprisionam Seus servos, trazendo libertação, redenção e vida abundante.

Esse versículo nos desafia a refletir sobre nossa própria identidade como servos de Deus. Ele nos convida a reconhecer humildemente nossa posição diante de Deus e a viver em total entrega e submissão à Sua vontade. Também nos lembra do poder libertador de Deus, que é capaz de nos livrar de qualquer forma de escravidão espiritual ou opressão.

17 # Oferecer-te-ei sacrifício de louvor e invocarei o nome do SENHOR. (Salmo 116:17)

Mais uma vez, o salmista expressa sua resposta de gratidão a Deus. Dessa vez, por tudo o que Ele tem feito. Ele declara que oferecerá um sacrifício de louvor ao SENHOR e invocará Seu nome.

Ao afirmar “oferecer-te-ei sacrifício de louvor”, o salmista reconhece que a melhor forma de expressar sua gratidão e adoração a Deus é através de um coração agradecido e palavras de louvor. Ele entende que Deus merece todo o louvor e que esse louvor é um ato de entrega e reconhecimento de Seu poder e bondade.

Além disso, o salmista menciona que invocará o nome do SENHOR. Isso implica em clamar a Deus, buscar Sua presença, confiar Nele e reconhecer Sua autoridade e poder em todas as áreas de sua vida. Invocar o nome de Deus é um ato de dependência, comunhão e relacionamento íntimo com Ele.

Esse versículo nos ensina sobre a importância de responder a Deus com gratidão e louvor por Suas obras e bondade em nossas vidas. Ele nos convida a oferecer a Deus sacrifícios de louvor, que vão além de rituais externos, mas que refletem um coração verdadeiramente grato e adorador.

Ao invocar o nome do SENHOR, somos lembrados de buscar Sua presença em todas as circunstâncias, confiar em Seu cuidado e buscar Sua orientação e intervenção em nossas vidas. É um convite para vivermos em comunhão constante com Ele, reconhecendo Sua soberania e dependendo de Seu poder.

18 # Cumprirei os meus votos ao SENHOR, agora, na presença de todo o seu povo. (Salmo 116:18)

No décimo oitavo versículo do Salmo 116, o salmista declara sua determinação em cumprir os votos que fez ao SENHOR na presença de todo o Seu povo. Ele reconhece a importância de honrar seus compromissos e promessas feitas a Deus.

Ao afirmar “cumprirei os meus votos ao SENHOR”, o salmista demonstra sua sinceridade e comprometimento em cumprir o que prometeu a Deus. Ele entende que fazer votos é uma forma de se dedicar a Deus e expressar sua devoção e fidelidade. Esses votos podem incluir promessas de obediência, adoração, serviço ou qualquer outra forma de compromisso com o Senhor.

O salmista também enfatiza que cumprirá seus votos “na presença de todo o seu povo”. Isso implica em tornar público seu compromisso com Deus, compartilhando com a comunidade de fé seu desejo de ser fiel e obediente. Ao fazer isso, ele busca inspirar e encorajar os outros a também serem fiéis em seus votos e promessas a Deus.

Esse versículo nos ensina sobre a importância da fidelidade e integridade em relação aos nossos compromissos com Deus. Ele nos desafia a cumprir nossos votos, promessas e compromissos feitos a Ele, não apenas em palavras, mas também em ações concretas. Devemos ser pessoas de palavra, honrando nossos compromissos e vivendo de acordo com os princípios e valores que professamos.

Além disso, o salmista nos lembra da importância de compartilhar nossa devoção e compromisso com Deus com a comunidade de fé. Ao fazermos isso, podemos encorajar e fortalecer uns aos outros, testemunhando do nosso comprometimento e inspirando outros a também serem fiéis a Deus.

19 # Nos átrios da Casa do SENHOR, no meio de ti, ó Jerusalém! Louvai ao SENHOR! (Salmo 116:19)

E, por fim, o salmista conclui seu cântico de louvor e ação de graças com um convite à adoração coletiva ao SENHOR nos átrios da Casa do SENHOR, em Jerusalém. Ele exorta todos a se unirem em louvor e reconhecimento ao poder e bondade de Deus.

Ao mencionar os “átrios da Casa do SENHOR”, o salmista se refere ao templo em Jerusalém, o lugar de adoração central para o povo de Israel. É um chamado para que todos se reúnam no local sagrado, no meio de Jerusalém, para adorar e louvar a Deus.

O convite para “louvai ao SENHOR” é uma exortação para que todos expressem gratidão e adoração ao SENHOR, reconhecendo Sua grandeza, bondade e fidelidade. É um chamado à ação, convidando o povo a levantar suas vozes e cantar louvores a Deus em uníssono.

Esse versículo ressalta a importância da adoração comunitária e do culto público ao SENHOR. Além disso, esse versículo também nos convida a refletir sobre a importância do templo como um lugar de encontro com Deus. Embora o contexto do templo físico tenha mudado no Novo Testamento, podemos aplicar esse princípio à igreja como um lugar de reunião e adoração corporativa.

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