A Paciência de Deus – Sermão em Êxodo 34:6-7

Sermão temático sobre a Paciência de Deus em Êxodo 34:6-7. Aqui está um esboço de pregação para pregar sobre a Paciência de Deus, um aspecto importante do seu amor.

TEMA: A Paciência de Deus

TEXTO DO SERMÃO: Êxodo 34:6-7

Passando, pois, o SENHOR perante ele, clamou: O SENHOR, o SENHOR Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade; Que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniquidade, e a transgressão e o pecado; que ao culpado não tem por inocente; que visita a iniquidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até à terceira e quarta geração.

Introdução do sermão:

Sabemos que Deus é amor e que o amor é paciente. Sem dúvida alguma, a paciência ou longanimidade é um aspecto importante do amor de Deus. É uma qualidade divina mencionada várias vezes no Antigo Testamento.

Em Naum 1:3, encontramos este comentário sobre a paciência e a justiça de Deus: “O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado…”

Passagens como essas esclarecem o sentido da paciência de Deus. Quando a Bíblia afirma que Deus é longânimo, está dizendo que ele demora em se irar. A longanimidade não sugere injustiça. Deus ainda exige o castigo merecido pelo pecado, mas nem sempre castiga na hora da transgressão.

1. O que a Bíblia diz sobre a paciência de Deus?

Deus demorou em castigar o povo desobediente de Israel para manter a honra do seu próprio nome:

“Por amor do meu nome, retardarei a minha ira e por causa da minha honra me conterei para contigo, para que te não venha a exterminar” (Isaías 48:9).

Se Deus tivesse praticado a justiça na hora, a primeira vez que Israel pecou, ele nunca teria cumprido a promessa de oferecer salvação para todos nós através dos descendentes de Abraão.

A justiça aplicada sem longanimidade teria resultado na condenação de todos, até de nós! Deus temporariamente poupou um povo para salvar muitos outros.

O apóstolo Paulo serve como outro exemplo bom. Pela longanimidade de Deus ele deixou de ser perseguidor e passou a ser pregador das boas novas.

Jesus usou a palavra “paciente” para descrever a atitude da pessoa que espera para receber o que lhe é devido.

Às vezes, pessoas acham que Deus simplesmente decidiu perdoar pecados, e que a dívida não foi paga. Mas as Escrituras deixam bem claro que não foi assim. Deus adiou a cobrança, mas jamais deixou de ser justo e exigente em relação à dívida do pecado.

2. Deus é longânimo quando ele dá tempo para o pecador se arrepender

Deus seria perfeitamente justo se ele castigasse o pecador na hora, mas ele escolhe ser paciente. A longanimidade de Deus é vista nos dias de Noé, dando tempo para os homens se arrependerem.

Na época de Neemias, o povo reconheceu que Deus tinha sido muito paciente com seus antepassados (Neemias 9:30).

Porém estendeste a tua benignidade sobre eles por muitos anos, e testificaste contra eles pelo teu Espírito, pelo ministério dos teus profetas; porém eles não deram ouvidos; por isso os entregaste nas mãos dos povos das terras.

Podemos ver esta mesma longanimidade em nossas vidas. Se Deus castigasse cada pessoa no momento do seu primeiro pecado, o que teria acontecido conosco. Eu mesmo não estaria vivo.

3. A longanimidade não adianta se não houver arrependimento

O propósito de Deus em mostrar a paciência é de nos conduzir ao arrependimento. No intervalo entre o pecado e a cobrança, precisa haver arrependimento.

Se o pecador não aproveitar sua oportunidade para se converter, a paciência de Deus não tem valor nenhum.

As pessoas que continuam no pecado, não se arrependendo enquanto há esperança, se conduzem à perdição. O Salmo 7:12-13 nos diz:

“Se o homem não se converter, afiará Deus a sua espada…

4. Devemos usar a oportunidade que Deus nos oferece

A paciência de Deus nos oferece a oportunidade de nos arrepender e fazer a vontade dele. Não devemos deixar esta oportunidade escapar, e jamais devemos achar que a longanimidade de Deus dá permissão para pecar mais.

Jesus não voltou ainda por causa do desejo de Deus de que todos se arrependam.

A paciência de Deus pede a volta do pecador. Isaías ensinou este princípio há 2.700 anos, quando falou ao povo de Judá:

“Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” (Isaías 55:6-7). 

Deus está disposto a perdoar, mas ele não força ninguém a se arrepender.

5. A paciência de Deus tem limite

Embora muitas pessoas ajam como se a paciência de Deus não tivesse limites, a Bíblia mostra que haverá um ponto final na longanimidade do Senhor. Deus colocou um ponto final nos dias de Noé:

“…o SENHOR fechou a porta” (Gênesis 7:16).

Na vida de cada pessoa, a morte marca o fim da oportunidade de se arrepender e receber o benefício da misericórdia de Deus. A pessoa que morre despreparada não terá outra chance.

“Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?(Lucas 12:20)

Hebreus 9:27 nos assegura que o julgamento vem depois da morte “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo”.

Doutrinas de purgatório e reencarnação, que oferecem uma outra oportunidade para se arrepender ou se aperfeiçoar após a morte são doutrinas falsas que contradizem as Escrituras.

Quando Jesus voltar, todas as pessoas serão chamadas ao julgamento, para receber ou a vida ou a morte eterna.

Conclusão do sermão sobre a Paciência de Deus

Devemos ouvir a voz de Deus hoje!

Cada vez que seu coração bate, você está chegando um pouco mais perto do fim da sua vida na terra. Ou a sua morte ou a volta de Cristo vai pôr um ponto final na sua oportunidade de se preparar para o julgamento.

Deus tem sido muito longânimo conosco, mas a longanimidade dele não é eterna! Ou aceitamos o preço do resgate pago por Jesus, ou ficamos com uma eterna dívida que nunca será possível pagar.

A epístola aos Hebreus 3 e 4, cita o exemplo dos israelitas para ensinar uma lição importante aos servos de Cristo. Uma geração rebelde perdeu sua oportunidade e não entrou na terra prometida.

Repetidamente, o autor nos convida a ouvir a voz de Deus hoje.

“Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações, como na provocação.” (Hebreus 3: 15)

A longanimidade de Deus nos deu todos os minutos da nossa vida até o presente momento, mas não dá garantia de mais nenhum. Se deixarmos nossa oportunidade passar, pode ser tarde demais.

Dicas para pregar este esboço de pregação

1. Estude o texto base: Antes de começar a elaborar o sermão, é essencial entender completamente o texto bíblico em Êxodo 34:6-7. Apesar de ser um sermão temático, estude-o para compreender o contexto, o significado das palavras-chave e as mensagens principais que Deus está comunicando.

2. Conexão com a audiência: Considere quem será sua audiência e como essa mensagem pode se relacionar com suas vidas. Pense em exemplos práticos e situações do cotidiano que ilustrem a paciência de Deus e como ela pode ser aplicada nas vidas das pessoas.

3. Enfatize a paciência de Deus: No texto, Deus se descreve como “misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e cheio de amor e fidelidade”. Explore cada uma dessas características da paciência de Deus e como elas se manifestam em nossa vida diária.

4. Contraste com a impaciência humana: Destaque a diferença entre a paciência divina e a impaciência humana. Discuta como muitas vezes somos impacientes com Deus e uns com os outros, contrastando com a paciência perfeita e constante de Deus.

5. Aplicação prática: Ofereça sugestões práticas sobre como podemos cultivar a paciência em nossas vidas, baseadas no exemplo de Deus. Isso pode incluir práticas espirituais, como oração e meditação, bem como atitudes e comportamentos específicos em nossos relacionamentos e circunstâncias diárias.

6. Testemunhos e ilustrações: Use exemplos e testemunhos pessoais, bem como histórias bíblicas ou contemporâneas, para ilustrar a importância e o impacto da paciência de Deus em nossas vidas.

7. Convite à reflexão e resposta: Conclua o sermão convidando a congregação a refletir sobre como responder à paciência de Deus. Além disso, incentive-os a buscar a transformação e a crescimento espiritual através da prática da paciência e da confiança na fidelidade de Deus.

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Equipe Redação BP

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