Siquém: Onde se localizava e quais fatos bíblicos ocorrem nessa cidade?

Onde se localizava e quais fatos bíblicos ocorrem na cidade de Siquém? Veremos os importantes relatos da Bíblia sobre essa memorável cidade.

Quais fatos bíblicos importantes ocorrem em Siquém?

Siquém aparece na Bíblia como o primeiro acampamento de Abrão depois que ele entrou em Canaã vindo da Mesopotâmia.

Ali Deus lhe prometeu a terra de Canaã, e Abrão construiu seu primeiro altar na terra (Gênesis 12:6,7).

Depois da peregrinação de Jacó por 20 anos pelo norte da Mesopotâmia até Padã-Arã, ele voltou a Siquém e comprou um pedaço de terra.

A essa altura, o local já era uma cidade murada, com um portão (Gênesis 34:20-24).

Após a profanação de sua irmã Diná, Simeão e Levi massacraram a população masculina de Siquém, em vingança.

Anos mais tarde, quando a família patriarcal estava vivendo na área de Hebrom, José foi a Siquém procurar seus irmãos (Gênesis 37:12-14).

Após a conquista, a cerimônia de bênção e maldição no monte Gerizim e monte Ebal, respectivamente, foi cumprida nas proximidades de Siquém (Josué 8:30-35).

Na divisão e assentamento da terra, Siquém se tornou uma das cidades de refúgio (Josué 20:7; 21:21) e uma das 48 cidades levíticas (Josué 21:21).

Ali Josué fez sua preleção de despedida (Josué 24:1,25). Os ossos de José foram enterrados na terra que Jacó havia comprado ali (v. 32).

Durante os dias difíceis dos juízes, o filho de Gideão, Abimeleque, se proclamou rei de Israel, com o apoio da população, no primeiro momento.

Mais tarde, uma revolta contra ele resultou na destruição da cidade (Juízes 9:1-7,23-57).

Roboão foi coroado lá pouco antes da divisão do reino (1 Reis 12:1), e Jeroboão, o primeiro rei do Reino do Norte, reconstruiu a cidade e fez dela a primeira capital do reino.

Qual a localização de Siquém?

localização cidade de siquém

Cidade no centro da Palestina ocidental, próximo à bacia hidrográfica que separa as águas que correm para o Jordão daquelas que descem para o Mediterrâneo.

A localização está a 65 quilômetros ao norte de Jerusalém, à entrada oriental que passa entre o monte Ebal e o monte Gerizim.

A cidade antiga ficava na encosta sudeste mais baixa ou no topo da colina, daí o significado do nome (Siquém = ombro).

Samaria, mais tarde capital de Israel, ficava a 13 quilômetros a noroeste.

Embora estrategicamente localizada, a cidade controlava todas as estradas pela região montanhosa da Palestina não tinha defesas naturais e exigia extensas fortificações.

Siquém na História

O primeiro assentamento ocorreu no segundo milênio e foi o trabalho de amorreus ou hicsos.

Eles construíram o que tem sido visto como um “templo-fortaleza”, reconstruído várias vezes e, finalmente, destruído pelos egípcios por volta de 1550 a.C.

Cerca de um século depois, os cananeus reconstruíram Siquém em uma escala menor. Um novo templo-fortaleza foi construído sobre as ruínas.

Acredita-se que esse templo seja a casa de Baal-Berite, destruída por Abimeleque em cerca de 1150 a.C. (Juízes 9:3,4,46), e sua área sagrada nunca foi reconstruída.

Porém, antes disso não há evidências arqueológicas da destruição por cerca de 300 anos, confirmando a indicação bíblica de que os hebreus não tomaram a cidade na época da conquista e que os habitantes viviam em paz com os hebreus.

Fica claro que Salomão reconstruiu Siquém como capital provincial, mas ela foi devastada no final do século 10, provavelmente pelas mãos de Sisaque, do Egito, quando invadiu a Palestina em 926 a.C. (1 Reis 14:25).

Pouco tempo depois, Jeroboão I refortificou a cidade e fez dela a capital do Reino de Israel. Ele, ou talvez um sucessor, construiu um depósito do governo sobre as ruínas do templo.

A Siquém israelita encontrou seu fim nas mãos do rei assírio Salmaneser V, em 724 a.C., pouco antes da destruição de Samaria. A cidade ficou praticamente desabitada por cerca de 400 anos.

No século 4, Alexandre, o Grande, estabeleceu um acampamento no local para seus soldados, e, posteriormente, os samaritanos se mudaram de Samaria e se estabeleceram ali.

Eles construíram o seu templo no monte Gerizim. João Hircano provavelmente destruiu Siquém pela última vez em 128 a.C.

Sua violenta oposição aos samaritanos envolveu a destruição de seu templo no monte Gerizim e de Samaria, ao mesmo tempo.

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