A Maior Lição do Batismo de Jesus que Você Precisa Conhecer
Sobre João Batista e o Batismo de Jesus, qual a maior lição que podemos aprender? Algumas pessoas ainda têm dúvidas relacionadas ao sentido do batismo de jesus, porém neste artigo eu trago algumas colocações importantes sobre este assunto que lhe ajudará entender melhor esta questão. Leia até o final para entender.
O batismo antes e nos dias de Jesus
O batismo consistia num banho, e acredita-se que ele tenha suas bases no rito de purificação da lei (Lv 15:2-27); onde o indivíduo se lavava e lavava as suas vestes para se tornar limpo de sua imundícia.
Desde os tempos rabínicos no cativeiro, este ato simbolizava recomeço; ou seja, morreriam as velhas atitudes daquela pessoa, a qual, após aquele evento, deveria nunca mais tornar àquelas praticas impuras.
Quem administrava o batismo?
O batismo, em regra, não podia ser administrado por qualquer um, apesar de muitos não “oficiais” o realizarem. Era uma espécie de mestre religioso que tinha todos os requisitos necessários para exercer tal função, este tal era conhecido como “o batista”, “aquele que batiza”.
A pessoa só precisava fazer uma declaração pública de arrependimento, e, em seguida, cumprir aqueles ritos para serem aceitas naquela comunidade religiosa.
Assim, a prática do batismo já era bem conhecida entre os judeus, e até mesmo entre os gentios nos dias de Jesus e João Batista. Sempre que se faziam novos prosélitos (genericamente gentios convertidos ao judaísmo), havia novos batismos.
João Batista
Queridos, sabemos que Deus enviou João a batizar no Jordão, e que toda sorte de pessoas da Judéia e das regiões circunvizinhas iam ter com ele para ouvirem a sua mensagem. A conversão e confissão pública resultava no batismo (Mt 3:5).
Todavia, algumas pessoas afirmam que o Batista não pregava no deserto, e que ele vivia muito entre as pessoas observando suas formas de viver, e assim adquiria conhecimentos para falar-lhes ao coração.
a verdade é que João nasceu cresceu no deserto (Lc 1:80). E, a julgar pela época profana em que vivia, seria muito conveniente concordarmos que todos que eram “políticamente incorretos”, deveriam ficar num local reservado. Primordialmente, a Bíblia é muito clara quando fala que as pessoas iam ter com ele e, com certeza, era em um lugar reservado (Mt 3. 1-12). Muitas delas se tornaram seus discípulos.
O chamado do Profeta
João Batista não era rabino nem sacerdote, apesar de ser de uma linhagem sacerdotal (1 Cr 24:10 e Lc 1.5), mas Deus mandou ele batizar com águas. Quando Deus tem chamada na vida de alguém não interessa se a pessoa é intelectual ou analfabeta, se é rico ou pobre, rabino de sinagoga ou colhedor de oliveiras bravas; quando o Eterno ordena está ordenado.
É certo que existem pré-requisitos, e o crente que tem chamada deve buscar conhecimento e capacitação, mas falo daquele crente João Batista esquecido no deserto da Judeia. Deus trata com profetas no deserto, Ele capacita seus escolhidos.
A geração que vive o exemplo de João na prática sabe que tem a missão de ser arauto do Rei, e aqueles que vão adiante do Rei entregam sua voz ao Espírito Santo.
A Mensagem do Reino
“Arrependei-vos porque é chegado o reino dos céus!”
Mateus 3:2
Toda mensagem que é seguida por uma vida santa, ou seja, palavras que fazem parte no dia a dia da vida do pregador, têm autoridade. Existem tantos intelectuais da Bíblia que não têm vida na mensagem que transmitem, mas o pregador que vive o exemplo de João Batista vive o que fala.
“Raça de víboras! Quem vos incitou a fugir da ira futura!”
Será que João seria bem aceito por esta geração de crentes? O profeta se foi, mas a Bíblia ainda nos confronta.
Quem eram as Pessoas que ouviam a pregação de João
Muitas pessoas aceitaram a doutrina de João, mas quem eram aquelas pessoas? Por que estavam ali? Aquela multidão era composta por soldados, prostitutas, assassinos, servidores públicos, religiosos de baixa e alta patente, escritores, poetas entre outros. O que você imaginar de gente, naquela época, conhecia aquele profeta.
Todos eram batizados? Não, só os que se convertiam através da mensagem, os que iam ter com ele da parte dos Fariseus e Saduceus eram duramente arguidos de suas más obras (Mt 3:7-10).
Eles se consideravam da geração de Abraão, “povo de Deus. A estes, João dizia: “produzam frutos digno de arrependimento, porque Deus tem poder para criar filhos até de “nações insignificantes” (destaque em minhas palavras). Ou seja, o Senhor não estava interessado em consanguinidade, e sim em corações contritos.
Jesus e o Batismo de João
Em um daqueles dias em que João Batizava, aproveitando o momento de reconciliação, o Príncipe da paz aparece no local de batismo. Acredito que João diz em seu coração: “Que bom, eu também serei batizado!” Mas, não era o que ele pensava.
“Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele. Mas João opunha-se a ele, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim? Jesus, porém, disse: deixai que seja assim, para que cumpramos toda justiça. E ele o permitiu.”
Mateus 3:13-17
Esse foi, sem dúvida, um dia extraordinário para João. Ele era primo de Jesus, provavelmente se conheciam, mas nunca fora revelado para ele completamente a respeito do Senhor Jesus.
João era um homem, talvez, um pouco duvidoso quanto a Jesus ser o Cristo. Ele mandou mensageiros perguntar a Jesus um vez:
“És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?”
(Lucas 7:19-20)
Aqui foi no início do ministério de Jesus, pode ter se passado mais de um ano de ele o ter batizado. E, antes de Jesus ser batizado, o que não passava na cabeça do João Batista? Com certeza ele tinha dúvidas a cerca da pessoa de Jesus, mas Deus havia dito: “Sobre aquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo.” (Jo 1. 33) Ou seja, este é o Cristo.
Quando Jesus veio a ele no batismo, ele testemunhou assim:
“Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
João 1:29
Mas, a verdade era que João não o conhecia desde o começo. Preste atenção nos versos a seguir:
“Este é aquele do qual eu disse: Após mim vem um homem que é antes de mim, porque foi primeiro do que eu. E eu não o conhecia; mas, para que ele fosse manifestado a Israel, vim eu, por isso, batizando com água. E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como pomba, e repousar sobre ele. E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo. E eu vi, e tenho testificado que ele é o filho de Deus.”
João 1:29-34
Um ato nobre de Jesus
O que mais me maravilha na atitude de Jesus em se submeter ao batismo, é que ele tendo razão se passou por alguém que não tinha; estando certo se passou por errado, sendo santo tomou lugar dos pecadores. Vejo aqui uma das maiores lições de humildade.
Deus respeita autoridades constituídas por Ele. Jesus próprio, sendo Deus, o Verbo vivo, SANTO e imaculado, se submeteu ao batismo de João. Quantas vezes já perdemos coisas extraordinárias por ter nos faltado humildade?
Ao se submeter ao batismo, o Senhor Jesus se passou por discípulo de João, era como se o seu precursor fosse maior do que Ele. Cristo se submeteu a muitos inferiores aqui na terra. Ele queria, e ainda deseja, que todos sigamos seu exemplo de humildade.
Jesus e sua primazia
João era o primeiro, em termo de prestígio, diante do povo. Ele havia iniciado alguns anos antes, porém quando estava diante de Jesus disse logo: “Este é o que tem a primazia, porque é desde o princípio” (Jo 1:27). Como homem ele poderia se exaltar, mas foi humilde reconheceu sua inferioridade.
Enquanto Jesus, com 25 anos de idade, estava assentado num banco de uma sinagoga, João iniciava o seu ministério (25 d. C., aproximadamente). Enquanto a fama de João crescia, Jesus estava como um dos que ouviam a pregação daquele profeta.
Logo após Jesus ser batizado, iniciou o seu ministério e começou batizar também. Todos iam ter com Ele, a multidão de João estava diminuindo. Um discípulo preocupado disse:
“Mestre, aquele homem que estava contigo no outro lado do Jordão, do qual testemunhaste, está batizando, e todos estão se dirigindo a ele”.
A isso João respondeu:
“Uma pessoa só pode receber o que lhe é dado dos céus. Vocês mesmos são testemunhas de que eu disse: Eu não sou o Cristo, mas sou aquele que foi enviado adiante dele. A noiva pertence ao noivo. O amigo que presta serviço ao noivo e que o atende e o ouve enche-se de alegria quando ouve a voz do noivo. Esta é a minha alegria, que agora se completa. É necessário que ele cresça e que eu diminua.” (Jo 3:26-30)