Arqueologia revela estratégias militares romanas na destruição do Segundo Templo em Jerusalém

Usando cálculos balísticos computadorizados baseados em descobertas recuperadas do campo de batalha de 2000 anos atrás

A arqueologia é uma disciplina que vai além da simples descoberta de objetos antigos no solo. Ela busca desvendar a história por trás dos restos mortais encontrados e entender como as pessoas viveram em determinado lugar em tempos passados. Um exemplo disso é a pesquisa realizada pelo arqueólogo Kfir Arbiv, da Autoridade de Antiguidades de Israel, sobre uma guerra antiga que ocorreu em Jerusalém durante o período do Segundo Templo.

Usando cálculos balísticos computadorizados baseados em descobertas recuperadas do campo de batalha de 2000 anos atrás, localizado no complexo russo, adjacente ao edifício do Município de Jerusalém, Arbiv apresentou resultados que revelam informações importantes sobre a batalha que levou à destruição do Segundo Templo.

De acordo com o pesquisador, o Templo foi destruído em 70 d.C. após um cerco de quatro meses e uma batalha intensa liderada pelo general romano Tito para conquistar a cidade e suprimir a revolta iniciada pelos judeus quatro anos antes.

Os romanos tinham um exército bem treinado e equipado com as melhores inovações militares da época. O arsenal romano exposto até o momento inclui centenas de pedras balistas de diferentes tamanhos que foram lançadas por sofisticadas máquinas de arremesso, além de lanças, espadas e pontas de flechas recuperadas nas escavações.

Com a ajuda do computador, Arbiv registrou o local de localização de todos os balistas e, levando em conta a topografia local e a localização das muralhas de fortificação da cidade do período Segundo Templo, fez cálculos balísticos, incluindo o ângulo de lançamento e a distância de arremesso das pedras.

Segundo Eli Eskosido, diretor da Autoridade de Antiguidades de Israel, as evidências físicas dos enormes recursos empregados pelo exército romano em Jerusalém refletem as batalhas extremamente duras que eventualmente levaram à destruição do Segundo Templo.

Apesar das facções internas e das probabilidades impossíveis, um pequeno grupo de defensores judeus reteve os romanos por alguns meses até à trágica destruição da cidade. O uso de métodos de pesquisa atualizados revela cada vez mais sobre a fascinante história de Jerusalém. Hoje, no Jejum da 9a Av, essas descobertas lançam luz sobre o poderoso exército romano e a localização de seu ataque à cidade.

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Equipe Redação BP

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