13 costumes antigos na Bíblia com significados surpreendentes

Você sabia que a Bíblia contém uma riqueza de informações sobre os costumes e práticas antigas? Essas tradições e rituais podem parecer estranhos para nós hoje em dia, mas cada um deles tinha um significado profundo e relevante para as pessoas da época.

O que acha de mergulharemos em alguns desses costumes mencionados na Bíblia, revelando sua importância e contexto histórico? Se gostou, então prepare-se para explorar a fascinante cultura dos tempos antigos e sua conexão com a palavra de Deus!

Aqui estão 13 costumes antigos na Bíblia e seus significados:

Antes de mais nada, quero reforçar que encontramos mais costumes antigos na Bíblia, no entanto selecionei aqui 13 deles.

1. O Juramento com a Mão sob a Coxa: O Pacto de Submissão

Em Gênesis 24:2 e 47:29-31, encontramos a referência ao juramento com a mão sob a coxa. Essa prática era um sinal de submissão e obediência irrestrita. Deus até mesmo tocou a coxa de Jacó em Gênesis 32:24-32 para selar sua aliança com ele. A partir desse momento, Jacó se tornou um homem de Deus, tendo seu nome até mesmo mudado.

2. Rasgar as Vestes: Expressão de Luto

Em Gênesis 37:34, nos deparamos com a prática de rasgar as vestes como um ato de luto, lamento e tristeza. Na Bíblia, encontramos 28 casos desse costume. No entanto, havia regras específicas sobre quem podia rasgar as vestes. Os sacerdotes, por exemplo, eram proibidos de fazer isso, como vemos em Levítico 10:6. No entanto, Mateus 26:65 narra um caso em que isso aconteceu sem uma razão legítima.

3. O Cavalgar sobre Jumentas Brancas: Símbolo de Nobreza

Em Juízes 5:10, lemos sobre o costume de cavalgar sobre jumentas brancas. Esse ato era exclusivo dos reis, juízes e nobres da época. Essa prática explica a referência encontrada nesse trecho específico.

4. Semeadura de Sal: Símbolo de Desolação

Em Juízes 9:45, está descrito sobre a semeadura de sal como um ato que simbolizava desolação perpétua sobre um determinado local. Era uma forma de punição eterna.

5. Pôr a Aba da Capa sobre Alguém: Proteção e Responsabilidade

Rute 3:9 faz referência a esse costume, que representa proteção. Nesse contexto, trata-se da lei do levirato, conforme Deuteronômio 25:5-10. Portanto, não havia qualquer indecência envolvida, como alguns poderiam imaginar.

6. Um Odre na Fumaça: O Estado de Alma de Davi

Em Salmo 119:83, a figura do odre sendo exposto à fumaça é usada para representar o estado de alma de Davi. Odres eram recipientes feitos de peles para transportar líquidos. Colocá-los sobre a fumaça os endurecia e aumentava sua resistência, de modo a espessura do couro diminuía. Essa metáfora ilustra a condição emocional e espiritual de Davi.

7. Maria Desposada com José: O Significado do Noivado

Em Mateus 1:18, quando Maria é descrita como desposada com José, é importante entender o significado desse termo no contexto do Antigo Testamento. Noivado naquela época era um compromisso sério, quase tão importante quanto o casamento em si. Os noivos tinham responsabilidades semelhantes às dos casados.

Na cultura israelita, o noivado era o primeiro passo para o casamento. Durante essa ocasião, o noivo entregava à noiva o contrato de casamento ou uma moeda com a inscrição: “Consagrada a mim.”

8. Um Casamento Oriental: Celebração e Lua-de-Mel

Em Mateus 25:1-13, somos introduzidos às características de um casamento oriental. As festividades de casamento poderiam durar sete ou mais dias, e a união definitiva entre o casal ocorria apenas no último dia.

Nesse dia, o noivo iria à casa da noiva, geralmente à noite, para conduzi-la à sua própria casa. Às vezes, essa cerimônia ocorria durante o dia. Além disso, a lua-de-mel tinha uma duração de um ano, como mencionado em Deuteronômio 24:5.

9. O Vinho Oferecido a Jesus na Cruz: A Recusa do Anestésico

Em Mateus 27:48, há uma menção do vinho oferecido a Jesus na cruz. Essa prática era comum na época para entorpecer as vítimas e aliviar a dor antes da morte. No entanto, Jesus recusou o vinho, escolhendo enfrentar a morte em plena consciência.

10. O Teto Aberto com Facilidade: Uma Característica das Casas Palestinas

Em Lucas 5:19, encontramos a descrição de um teto (eirado) da casa sendo aberto com facilidade. Nas casas da Palestina, não havia telhados como conhecemos hoje. Em vez disso, elas tinham eirados, que eram espécies de terraços feitos com vigas de madeira e cobertos com pedras e barro.

O eirado tinha um tratamento especial para coletar água da chuva, uma vez que a região enfrentava escassez de água potável. Assim, era relativamente simples fazer uma abertura no teto para acessar o interior da casa.

11. A Ordem de Jesus de Não Cumprimentar Ninguém Pelo Caminho: Questão de Tempo

Em Lucas 10:4, encontramos a instrução de Jesus para que seus discípulos não saudassem ninguém pelo caminho. Isso não era uma questão de indelicadeza, mas sim de otimização do tempo.

O tempo que restava para Jesus cumprir sua missão era extremamente limitado, e as saudações orientais eram demoradas, envolvendo expressões formais e cumprimentos corporais.

Ao evitar essas saudações, Jesus garantia que poderia cumprir sua missão redentora dentro do prazo estabelecido. Ele sempre se referia ao “meu tempo” como um lembrete da urgência de sua missão.

12. O Caminho de um Sábado: Restrições do Dia Sagrado

Em Atos 1:12, lemos sobre o “caminho de um sábado“. Isso se refere à distância permitida para se percorrer durante o dia de sábado, de acordo com as leis e tradições judaicas. No deserto, quando Israel caminhava, a distância permitida era de 2.000 cúbitos, o equivalente a aproximadamente 1.200 metros, conforme relatado em Josué 3:4.

13. Brasas sobre a Cabeça do Inimigo: Simbolismo da Expiação

Em Romanos 12:20, é feita uma referência às leis levíticas descritas em Levítico 16:12. Nessas leis, o sumo sacerdote realizava a expiação pelo povo, usando um incensário cheio de brasas. Essa prática representava a satisfação da justiça de Deus e a reconciliação do homem com Ele.

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