Escatologia Bíblica: Tudo sobre Doutrina dos eventos Escatológicos

A escatologia é um estudo que envolve tanto o presente como o futuro e, para entendê-la, devemos estudá-la com cuidado e apoio bíblico.

Há inúmeros benefícios para aqueles que estudam a escatologia e dentre eles estão o consolo, a correção, o encorajamento e o compromisso que surgi a partir da assimilação dos seus conteúdos.

O que é Escatologia Bíblica?

É a doutrina das últimas coisas. É o ensino sobre os eventos que estão para começar a acontecer a qualquer momento.

Trata-se da vinda de Jesus, e o que isso acarretará para os salvos, para os judeus, e os não salvos.

Como diria o apóstolo Pedro, Escatologia é um estudo que envolve doutrinas “difíceis de entender” (2 Pe 3.16).

Sua correta compreensão bem como a de todas as matérias teologais só ocorre mediante a priorização do que está revelado nas Escrituras, que apresentam a totalidade das informações futuríveis essenciais (Ap 22.18,19).

A Escatologia aqui exposta não é especulativa ou teologicocêntrica, e sim dogmática e biblicocêntrica.

Afinal, renunciar a autoridade bíblica para exercitar o raciocínio a bel-prazer, com o intuito de formular teorias quanto ao futuro baseadas em passagens interpretadas isoladamente, é o mesmo que “forçar” a Palavra de Deus a dizer o que não diz.

Acerca disso Dave Hunt discorreu com precisão: “Teríamos de ser como Deus para que tudo fosse provado e racionalizado para nós”.

Obviamente, não somos como Ele: somos finitos, e Deus é infinito.

Simplesmente não temos a capacidade de compreender tudo sobre Deus e seu universo.

Portanto, precisamos confiar nEle quando nos fala sobre coisas que não podemos compreender de forma plena.

No entanto valorizemos até certo ponto algumas teorias extra bíblicas tidas como lógicas e consistentes, haja vista decorrerem de exaustivas pesquisas, o “estudo das últimas coisas” (Escatologia) só tem relevância escrituristica quando se harmoniza plenamente com o conteúdo das páginas sagradas.

INTRODUÇÃO À ESCATOLOGIA BÍBLICA

O profeta Daniel não ousou desvendar por conta própria os mistérios relativos ao futuro, antes, confessou:

“Eu, pois, ouvi, mas não entendi; por isso, eu disse: Senhor meu, qual será o fim dessas coisas?” (Dn 12.8).

As Escrituras não foram divinamente produzidas para que cada indivíduo, ao interpretá-las, tire as suas próprias conclusões.

Elas são a revelação de Deus, e nós devemos nos aproximar delas com o objetivo de assimilar as verdades reveladas pelo Senhor (Sl 119.105).

Paulo é outro exemplo nesse sentido. Apesar de sua elevada e reconhecida erudição, não abria mão das Escrituras:

“Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e que foi visto por Cefas e depois pelos doze” (1 Co 15.3,4).

“Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15.4).

“Mesmo sendo o “doutor dos gentios”, Paulo jamais ousou especular acerca do que não lhe fora revelado; antes, admitiu: “agora, conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido” (I Co 13.12).

“Que nunca nos esqueçamos da “glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18; 1 Pe 5.1), pois muitas verdades só poderão ser conhecidas no futuro, após o Arrebatamento da Igreja” (1 Jo 3.2).

DEFINIÇÃO DE ESCATOLOGIA

Escatologia (gr. eschatos, “último”, “derradeiro”, “final”, “extremo”; e logia, “coleta”)

É o estudo dos acontecimentos que hão de ocorrer conforme a soberana vontade de Deus, “segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Ef 3.11).

O Eterno disse: “não há outro Deus, não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade” (Is 46.9,10).

Em Lucas 21.36 está escrito: “Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas cousas que têm de suceder e estar em pé na pre­sença do Filho do homem” (ARA).

Quando essas coisas acontecerão? A Bíblia Sagrada apresenta os detalhes desses acontecimentos?

Até que ponto podemos entender o desdobramento deles? O que ocorrerá nos Céus e na Terra? Quem participará desses eventos?

Por que Escatologia bíblica?

São muitas as perguntas quanto ao futuro, mas não podemos perder de vista a base para uma proveitosa análise das últimas coisas: não ir além do que está escrito na Bíblia (Dt 29.29; I Co 4.6).

E isso não tira o brilho do estudo escatológico.

Embora o ser humano seja obcecado por novidades, os subsídios extrabíblicos, como divagações filosóficas, supostas divinas revelações, etc., só confundem o estudioso da Bíblia Sagrada.

Hodge afirmou: É preciso ter em mente que teologia não é filosofia.

A teologia não pretende descobrir a verdade nem conciliar o que ensina como verdadeiro com todas as outras verdades.

Seu papel é simplesmente declarar o que Deus revelou em sua Palavra, e vindicar tais declarações até onde é possível em face dos equívocos e objeções.

E é especialmente necessário ter em mente este limitado e humilde ofício da teologia quando nos propomos a falar dos atos e propósitos de Deus:

A teologia sistemática deve se harmonizar com a teologia bíblica. Tais matérias não existem para dividir os teólogos.

Por isso, ao estudarmos as “coisas que devem acontecer” (Ap 1. 19) de modo compendiado e sistemático, nosso objetivo é fornecer ao estudioso do assunto uma visão global da Escatologia bíblica.

Com isso, podemos analisar cada evento, voltando, quando necessário, ao estudo panorâmico.

PRINCIPAIS EVENTOS ESCATOLÓGICOS

Em que ordem as últimas coisas devem acontecer? Apresentamos abaixo uma sequência geral acompanhada de passagens bíblicas, para que, estudando-as, tenhamos em mente todo o cenário escatológico.

Seria muito útil ao estudioso dessas doutrinas examinar com cuidado, em meditação, cada referência mencionada na relação abaixo.

  • O Arrebatamento da Igreja
  • O Tribunal de Cristo
  • A Grande Tribulação
  • A Vinda de Jesus à Terra
  • O Fim do Império do Anticristo.
  • O Julgamento das Nações.
  • O Milênio após a prisão de Satanás.
  • A Revolta do Diabo e seu Julgamento.
  • O Juízo Final.
  • Novos Céus e Nova Terra.
Segunda Vinda de Cristo

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

Qual o cristão fiel e sincero que não espera com ansiedade a Segunda Vinda?

Quem ama a Palavra de Deus tem a certeza de que Cristo “aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação” (Hb 9.28).

Há inúmeras profecias sobre esse acontecimento nas Escrituras, inclusive no Antigo Testamento embora, naquele tempo, os israelitas não entendessem que seria necessário o Messias vir ao mundo duas vezes.

De acordo com o pastor Antonio Gilberto, “O povo de Israel conheceu apenas os rudimentos da revelação divina (Hb 6.1), ou seja, conheceu apenas a cartilha de Deus.

Nós, a Igreja de Deus, conhecemos O Livro Completo; isto é, a revelação divina completa. Que desculpa temos diante de Deus, agora?”

Hoje, podemos compreender verdades que nenhum dos profetas antigos conseguiu assimilar.

Cristo, em sua primeira vinda, resgatou-nos do domínio do pecado (Rm 6.14), ressuscitou para a nossa justificação (Rm 4.25), fundou a sua Igreja (Mt 16.18) e ascendeu ao Céu (At 1.7 -11).

Sabemos por que temos a Bíblia completa que Ele voltará para arrebatar os salvos, nas nuvens (I Ts 4.16,17); e que, sete anos depois, virá à Terra para instaurar o Milênio (Ap 19.11,15; 20.1-6).

O ARREBATAMENTO DA IGREJA

A Segunda Vinda abrangerá um período de sete anos, compreendendo três grupos de povos os judeus, os gentios e a Igreja de Cristo (I Co 10.32).

  • Para os judeus, o Senhor virá como o Libertador, o Messias, a fim de implantar o Milênio.
  • Para os gentios, como Juiz.
  • E Para a Igreja, como seu Noivo, no Arrebatamento, e a levará para o Céu.

Embora seja inútil tentar estabelecer uma data para o Arrebatamento, a cada dia surgem mais especulações sobre o assunto.

Há teólogos que se arriscam nesse terreno movediço, talvez para demonstrar a sua habilidade em fazer cálculos mirabolantes.

Isso é um desperdício de tempo! Jesus foi categórico: “daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai” (Mt 24.36).

Jesus sabe quando voltará?

Ao se fazer homem, o Senhor Jesus aniquilou-se (esvaziou-se) a si mesmo; e, embora não tenha deixado de ser Deus (1Tm 3.16; Cl 2.9), abriu mão de parte de seus atributos divinos e da glória que desfrutava junto ao Pai (Jo 1 .1 4; 2 Co 8.9; Fp 2.5-8).

Na Terra, o Homem-Deus sujeitou-se temporariamente às limitações humanas (Hb 2.14).

E foi nessa condição temporária que Ele declarou não saber quando se daria o Arrebatamento (cf. Jo 14.28).

Com a vitória cabal alcançada na cruz e a sua transcendental ressurreição, Jesus reassumiu a glória que tinha antes de o mundo existir (Jo 17.5).

Não foi por acaso que declarou: “É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mt 28.18), pois de fato Ele é o Todo-Poderoso (Ap 1.8).

Não há razão para acreditarmos que Ele tenha deixado de saber definitivamente o dia do Arrebatamento.

Em Apocalipse, as suas convictas palavras indicam o seu pleno conhecimento sobre o assunto: “venho sem demora”; “presto venho”; “cedo venho” (Ap 3.11; 22.7,12).

AS DUAS RESSURREIÇÕES

Quando Jesus voltar, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, incorruptíveis. Em seguida, os salvos vivos serão transformados.

Juntos, subirão ao encontro do Senhor, nos ares (I Ts 4.16,17; I Co 15.51,52).

Apenas “os que morreram em Cristo” ressuscitarão antes do Arrebatamento; os que não morrerem “em Cristo” farão parte de uma “segunda ressurreição”, que se dará antes do Juízo Final.

Os pós-milenaristas afirmam que a expressão bíblica “primeira ressurreição” (Ap 20.5,6) é simbólica e alude a uma ressurreição espiritual.

Segundo o pensamento desses teólogos, Jesus teria previsto uma única ressurreição do corpo, para justos e injustos.

De fato, o novo nascimento é comparado a uma ressurreição: os salvos morrem para o pecado e ressurgem para uma nova vida (Rm 6.8-12).

No entanto, além da ressurreição simbólica e espiritual, ocorrerão duas outras reais: a da vida e a da condenação.

O ESTADO INTERMEDIÁRIO

Em I Tessalonicenses 3.13 está escrito: “que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os seus santos”.

Essa passagem mostra que os santos de todas as épocas virão com Cristo, no Arrebatamento.

Em outras palavras, o espírito e a alma (ou espírito e alma) deles se juntarão aos seus corpos, na Terra, para a ressurreição, num abrir e fechar de olhos (I Co 15.50-52).

O espírito e a alma dos mortos encontram-se hoje em um lugar intermediário aguardando a ressurreição; isso, separadamente, conforme a condição da pessoa, salva ou perdida, consoante a explanação a seguir.

Todas as pessoas, ao morrerem, salvas ou perdidas, ficam sob o controle de Deus (Ec 12.7).

Os salvos são levados ao Paraíso, no Céu (Fp 1.23; 2 Co 5.8; I Pe 3.22).

E os ímpios vão para o hades (hb. sheol), um lugar de tormentos (Ef 4.8-10; Sl 139.8; Pv 15.24)

O TRIBUNAL DE CRISTO

A sequência dos julgamentos, logo após o Arrebatamento, ocorrerá ainda nos ares o Tribunal de Cristo.

É importante não confundirmos esse julgamento com os outros mencionados nas páginas sagradas.

A distinção entre eles se dá em razão de quatro aspectos diferenciadores: os participantes, o local, o tempo e o resultado de cada um.

Bodas do Cordeiro- O que é e Como será a Grande Ceia

AS BODAS DO CORDEIRO

O que são as Bodas do Cordeiro?

Depois do Tribunal de Cristo, nos ares, os salvos se reunirão com o Senhor, no Céu, onde ocorrerão as Bodas do Cordeiro, o casamento entre Cristo e a Igreja.

A porta estará aberta para uma grande multidão de santos, que, a uma só voz, bradarão: “Aleluia! Salvação, e glória, e honra, e poder pertencem ao Senhor, nosso Deus” (Ap 19.1).

Fatos relacionados com as Bodas do Cordeiro acerca dessa grandiosa Ceia do Senhor lemos, em Apocalipse 19.7-9 e Lucas 22.29.30.

A GRANDE TRIBULAÇÃO

Enquanto a Igreja galardoada estiver adentrando às mansões celestiais, a fim de participar das Bodas do Cordeiro, já terá começado na Terra o mais difícil período da História: a Grande Tribulação, através da qual a ira do Senhor, o Justo Juiz, se manifestará contra os ímpios e adoradores da Besta (Ap 6.16,17).

O que é a Grande Tribulação?

A primeira alusão à Grande Tribulação, nas Escrituras, está em Deuteronômio 4.30: “Quando estiveres em angústia, e todas estas coisas te alcançarem, então, no fim de dias [“nos últimos dias”], te virarás para o Senhor, teu Deus, e ouvirás a sua voz”.

Esta e outras passagens veterotestamentárias se referem, profeticamente, ao evento em análise (Dt 31.4; Is 13.9-13; 34.8; Jr 30.7,8; Ez 20.33-37; Dn 12 .1).

APOCALIPSE 12 E A GRANDE TRIBULAÇÃO

Uma passagem profético-simbólica que nos faz compreender melhor a Grande Tribulação e os eventos escatológicos que se seguirão é Apocalipse 12.

Mas a revelação que o Senhor deu a João não se refere apenas ao futuro.

O texto abrange passado e presente, mencionando detalhes elucidativos acerca da atuação do Inimigo, desde o surgimento de Israel até ao fim do período tribulacionista.

Além disso, enfatiza a vitória de Cristo e sua Igreja sobre as hostes da maldade.

OS JUÍZOS DIVINOS DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO

Antes de Cristo voltar em poder e grande glória, com a sua Esposa, muitos
juízos divinos serão derramados sobre a Terra, descritos em Apocalipse sob selos, trombetas e taças.

Como disse Jesus, em Mateus 24.22: “E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos
[israelitas remanescentes], serão abreviados aqueles dias”.

A MANIFESTAÇÃO DE CRISTO EM PODER E GLÓRIA

A Manifestação de Cristo em poder e grande glória não deve ser confundida com o Arrebatamento.

Primeiro, porque, na primeira etapa de sua Segunda Vinda, Jesus virá somente até às nuvens a fim de receber a sua Noiva, e não à Terra, para julgar os vivos.

Além disso, um dos propósitos da segunda etapa será pôr um fim à Grande Tribulação e isso se dará sete anos após o rapto da Igreja.

Em Mateus 24.30,31, Zacarias 12.10 e 14.4 vemos, de maneira resumida, praticamente todas as características desse evento escatológico mencionadas nas Escrituras.

O AMAGEDOM E A PRISÃO DE SATANÁS

O próximo evento escatológico, logo após à chegada de Cristo e seus exércitos à Terra, é a batalha do Armagedom.

A população do mundo estará reduzida no momento em que ocorrer essa batalha (Zc 12.9; 14.16; Jr 50.20).

Haja vista os vários juízos divinos derramados sobre a Terra.

O que é o Armagedom? (Escatologia)

Após os sete anos de tribulações jamais vistas e sentidas na Terra (Mt 24.21), haverá a batalha do Armagedom (lit. “monte de Megido”), em Israel (Ap 16.16; 19.19).

Os exércitos da Besta se unirão na planície de Armagedom contra o povo israelita (Zc 12.3,9; 14.2).

O JULGAMENTO DAS NAÇÕES

As nações que sobreviverem ao Armagedom serão julgadas imediatamente
por Jesus Cristo.

Esse julgamento não deve ser confundido com o Juízo Final (Trono Branco), que se dará somente após o Milênio.

Em Joel 3.2,12,14, está escrito:

Congregarei todas as nações e as farei descer ao vale de Josafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo e da minha herança, Israel, a quem eles espalharam entre as nações, repartindo a minha terra. Movam-se as nações e subam ao vale de Josafá; porque ali me assentarei, para julgar todas as nações em redor. Multidões, multidões no vale da Decisão! Porque o dia do Senhor está perto, no vale da Decisão.

O MILÊNIO SEGUNDO AS ESCRITURAS

Com o Anticristo, o Falso Profeta e as nações opressoras de Israel para sempre no Inferno, além de Satanás aprisionado por mil anos no Abismo, o mundo terá um novo começo.

Haverá aqui mil anos de paz, justiça e prosperidade, sob o comando do Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Cumprir-se-á na Terra a tríplice profecia de Isaías 33.22: “o Senhor é o nosso Juiz; o Senhor é o nosso Legislador; o Senhor é nosso Rei; ele nos salvará”.

O que é o Milênio? (Escatologia)

Como o próprio termo sugere, o Milênio é um período de mil anos em que a Igreja reinará com Cristo na Terra (Ap 20.4).

Trata-se de uma época áurea, aguardada com muita ansiedade pelos israelitas e pela Igreja.

Fala-se muito em paz mundial, porém está só ocorrerá mesmo nesse glorioso reinado do Senhor Jesus, o Príncipe da paz (Is 9.6).

O JUÍZO FINAL (ESCATOLOGIA)

Depois da condenação definitiva do Diabo e suas hostes, ocorrerá o último de todos os julgamentos, o do Trono Branco.

Um grande trono branco, a palavra “grande”, aqui, denota poder e glória e o termo “branco” indica santidade e justiça.

Quem poderia se assentar num trono com esses adjetivos? O Senhor Jesus Cristo, o Justo Juiz que disse:

“E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo” (Jo 5.22).

“Ele mesmo julgará o mundo com justiça; julgará os povos com retidão” (Sl 9.8).

De acordo com a Palavra de Deus, o Senhor Jesus será o Juiz em todos os julgamentos escatológicos:

1) No Tribunal de Cristo, logo após o Arrebatamento, Ele galardoará a Igreja (2 Tm 4.8; Ap 22.12).

2) No Julgamento de Israel, no fim da Grande Tribulação, Ele, que também
é o Advogado (I Jo 2.1), será misericordioso ao ouvir o clamor do remanescente arrependido (Dn 12.1; J1 2.32).

3) No Julgamento das Nações, Ele julgará com imparcialidade os que sobreviverem ao Armagedom (Mt 25.31,32; 13.40-46).

4) No Julgamento do Diabo e suas hostes, após o Milênio, o Senhor porá termo ao poder das trevas (Ap 20.10; Rm 16.20).

5) No Trono Branco, depois da última revolta de Satanás e sua derrocada, Jesus condenará, segundo as obras de cada um, os pecadores impenitentes (Ap 20.13; 21.8; 22.15).

NOVO CÉU E A NOVA TERRA (ESCATOLOGIA)

Os discípulos perguntaram a Jesus: “que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” (Mt 24.3).

Como já vimos, há muitos sinais indicadores da Segun­da Vinda, os quais evidenciam que o “começo do fim” está próximo.

Contudo, depois de todos os acontecimentos já mencionados, chegará de fato o fim do mundo, que ensejará um novo início, o começo do “dia da eternidade” (Lc 20.35; 2 Pe 3.18; Ap 21-22).

Após o Juízo Final, o Universo dará lugar a um novo Céu e uma nova Terra na qual haverá uma Santa Cidade.

Esse foi o estudo sobre Escatologia e os eventos escatológicos. Espero ter ajudado, que Deus te abençoe!

Quais são as quatro principais teorias da escatologia?

Não indicaremos qual teoria é mais biblicamente precisa. Cada teoria tem defensores que podem citar versículos para os quais são atraídos nas Escrituras e razões pelas quais acreditam no que fazem.

1. Amilenismo

O milênio está acontecendo agora → Julgamento final de Cristo

O amilenismo acredita que o milênio é simbólico e está acontecendo desde que Jesus ascendeu ao céu. Por causa disso, nenhum arrebatamento acontece na visão amilenista. Depois que o reinado milenar terminar, Jesus virá para julgar os vivos e os mortos. Conforme mencionado na seção “O que é o amilenismo?” artigo vinculado acima, essa visão parecia crescer em popularidade na época de Agostinho.

2. Pós-milenismo

Milênio simbólico através do qual o reino de Jesus avança por meio do evangelho → Segunda vinda e julgamento

Muitas vezes é difícil distinguir entre amilenismo e pós-milenismo, pois ambos acreditam em um reinado milenar simbólico em vez de literal. Ambos acreditam que significa um longo período. A diferença está na perspectiva positiva dos pós-milenistas. Os pós-milenistas acreditam que os cristãos serão capazes de promover o evangelho e alcançar o maior número de almas para Jesus. Em contraste, os amilenistas e pré-milenistas colocam mais ênfase no domínio de Satanás sobre o mundo humano.

Falando em pré-milenistas… 

3.  Pré-milenarismo

Tribulação → Cristo retorna → reinado de 1.000 anos → Julgamento final 

Esta parece ser uma das visões mais populares entre os americanos. Eles acreditam que um tempo de tribulação e apostasia ocorrerá antes que Cristo entre, antes que o reinado de 1.000 anos ocorra. Os pré- milenistas divergem sobre quando Cristo voltará. Alguns dizem que no final da tribulação, e alguns dizem que no meio da tribulação. Não importa qual seja o caso, os pré-milenistas acreditam que os cristãos sofrerão por um tempo antes que Cristo entre em cena. 

4. Dispensacionalismo 

Jesus retorna e arrebata os crentes → Aqueles que vêm a Cristo após o arrebatamento passam por tribulações → Jesus retorna para o resto dos crentes → Reinado de 1.000 anos → Julgamento final

Se você leu a série Deixados para Trás  , tem uma boa ideia desse ponto de vista. Os dispensacionalistas seguem a mesma cronologia básica dos pré-milenistas, levando algumas pessoas a descrever o dispensacionalismo como um subgrupo do pré-milenismo. No entanto, os dispensacionalistas têm uma peculiaridade: eles acreditam que os cristãos serão levados (arrebatados) antes do início da tribulação. Somente os que ficaram para trás, que vêm a Cristo, suportarão as dificuldades do anticristo.

Não importa que ponto de vista um cristão tenha, todos tendemos a concordar que Cristo voltará para finalizar seu reino e que um julgamento final ocorrerá após um reinado milenar. 

Considerações finais sobre Escatologia

A escatologia desempenha um papel importante em toda a Bíblia. Os humanos e Satanás quebraram o mundo. E Deus logo virá para restaurá-lo e para nos restaurar.

Enquanto isso, precisamos prosseguir em nossa missão atual. Ainda não terminamos, cristãos. Vamos continuar a avançar o evangelho e deixar o fim dos tempos para Deus. Saberemos quando ele chegar. Enquanto isso, vamos nos concentrar no que ele nos chamou para fazer.

Equipe Redação BP

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4 Comentários

  1. Boa noite, Muito obrigado: por esses estudos
    Maravilhosos tenho certeza que vou aprender mas da palavra de Deus muito obrigado um abraço:Att Sueli Alves

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