Marcos 1:40-42 – Explicação e 3 verdades sobre a cura do leproso
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Imagine, um homem na Galileia começou a notar sinais estranhos no corpo. A pele ficou escamosa e manchada. Assustada, sua esposa pediu que ele procurasse um sacerdote. Ele foi.
O diagnóstico caiu como um golpe: “Você tem lepra. Está impuro.”
Sem escolha, voltou para casa, vestiu-se com trapos e partiu. Sem abraços, sem despedidas. Seu destino agora era uma caverna ou uma colônia de leprosos, longe de todos.
O tempo passou. A doença se agravou. Seu corpo deformado revelou o avanço implacável da lepra. Isolado, sem esperança, esperava apenas a morte.
Mas um dia, esse leproso ouviu falar que Jesus de Nazaré passava pela Galileia.
Então, algo dentro dele reacendeu. Com coragem, rompeu as barreiras, atravessou as ruas e caiu aos pés de Jesus.
Agora, reflita comigo quão grande foi a compaixão do Filho de Deus, neste momento.
Bem sabemos, que qualquer judeu teria expulsado aquele leproso com pedras.
A lei proibia a presença de um leproso naquele ambiente.
Mas Jesus não o rejeitou. Pelo contrário, sentiu compaixão, tocou em sua pele ferida e o curou.
E mais, devolveu-lhe a vida e a dignidade, para aquele leproso.
Que reflexão tremenda!
A cura do leproso, retrata a condição do ser humano diante da doença mortal do pecado. Também exibe o poder absoluto de Jesus para curar, restaurar e salvar.
Sendo assim, agora vamos juntos aprender as três verdades sobre a cura do leproso, bem como as atitudes que o levaram a ser alcançado por Jesus.
A cura do leproso na Bíblia
“E aproximou-se dele um leproso que, rogando-lhe, e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me. E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo. E, tendo ele dito isto, logo a lepra desapareceu, e ficou limpo.” (Marcos 1:40-42)
1. O leproso teve coragem
“E aproximou-se dele um leproso…” (Marcos 1:40a)
A primeira verdade é que o leproso foi tomado de grande coragem para aproximar-se de Jesus. Ele não esperou a cura chegar até ele. Em vez disso, rompeu barreiras e tomou a iniciativa de ir ao encontro do Salvador.
Bem sabemos, que a lei o obrigava a viver isolado, pois a sociedade o via como um impuro. Contudo, ele decidiu não se esconder.
Mas em um ato de coragem saiu da caverna da morte, deixou o leprosário e foi até Cristo.
Essa atitude de determinação e coragem, o fez vencer o medo, o autodesprezo e a exclusão. Trazendo para ele a superação da revolta, da dor, da mágoa e da solidão.
O leproso curado por Jesus, não se deixou paralisar pela frustração nem pela desesperança. Mesmo com todos os obstáculos, caminhou em direção à única esperança que lhe restava.
O estudioso Adolf Pohl disse que, segundo o relato de Marcos 1:45, o leproso rompeu a barreira social e forçou a passagem até Jesus. No meio da multidão, ele surgiu de repente, causando espanto e horror.
Quando perceberam sua presença, as pessoas se afastaram, horrorizadas. Num instante, as pessoas se afastaram. Mas Jesus não, pelo contrário, Jesus deixou que o leproso se aproximasse.
Esse momento foi decisivo.
O leproso não hesitou e logo levou sua causa perdida até Jesus e se prostrou diante d’Ele.
Essa atitude do leproso curado por Jesus, tem muito a nos ensinar.
Não corra de Deus, e muito menos se esconda do Salvador, mas sim, corra para Ele.
Pois, Jesus nos convida:
“Vinde a mim, todos os que estão cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” (Mateus 11:28)
O leproso quebrou paradigmas, expectativas contrárias e ignorou o desprezo. Rompendo com o destino de fracasso que lhe havia sido proposto.
Da mesma maneira, nós precisamos também romper com qualquer dificuldade e com uma atitude de coragem, fé e determinação, clamar por socorro.
2. O leproso demonstrou grande humildade
“… rogando-lhe, e pondo-se de joelhos diante dele…” (Marcos 1:40b)
Depois de vencer o medo e se aproximar de Jesus, com sua atitude de coragem, podemos ver outra verdade, o leproso demonstrou uma profunda e verdadeira humildade.
Ele não pediu nada, muito menos tentou argumentar ou especificar sua situação. Pelo contrário, ajoelhou-se diante do Senhor, colocando seu rosto em terra, em um gesto de total dependência d’Ele.
Esse gesto muito dizia. Ele não estava apenas buscando a cura, mas confirmando a autoridade de Cristo.
Chamá-lo de “Senhor” foi um ato de fé e submissão. Naquele momento, ele entendeu que Jesus não era apenas um operador de milagres ou um profeta. Mas sim, Ele era a única e verdadeira esperança.
A atitude do leproso nos ensina que adorar não é apenas buscar milagres, mas reconhecer a grandeza Daquele que opera os milagres.
Muitas vezes, buscamos a Deus apenas pelos Seus feitos, mas a verdadeira cura acontece quando nos maravilhamos por quem Ele é.
Diante de Jesus, aquele homem não apenas pediu ajuda — ele O adorou. Ele descobriu que precisava de algo maior do que a cura física. Precisava do próprio Senhor em sua vida.
3. O leproso teve uma atitude de fé
“…lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me.” (Marcos 1:40c)
Além da atitude de determinação e humildade, a verdade é que o leproso demonstrou uma fé genuína e sincera.
Ele não chegou hesitante ou tomado por incertezas. Contudo, ele usou a sua fé, pois sabia que Jesus tinha poder para curá-lo.
A maneira como o leproso se dirigiu e falou com Jesus, revela muito sobre sua fé. Ele não duvidava da capacidade de Jesus, apenas se submetia à Sua vontade. Entendendo que, mesmo diante do impossível, o poder de Deus não tem limites.
A fé enxerga além do que os olhos podem ver. Ela toca o que parece intangível e abre caminho para o sobrenatural.
Foi essa fé que permitiu ao leproso ultrapassar as barreiras que o cercavam e se lançaram aos pés de Jesus.
Corrie Ten Boom, ao enfrentar o horror de um campo de concentração nazista, disse algo profundo:
“Não há abismo tão profundo que a graça de Deus não seja mais profundo.”
Assim como Deus sustentou Corrie em meio à dor, Ele também viu aquele homem rejeitado e doente.
O que para os outros era um caso perdido, para Deus era uma oportunidade de manifestar Sua glória.
A história do leproso nos ensina que a fé abre portas onde não há saída.
Enquanto a sociedade o rejeitava, Cristo se movia com compaixão. Ele não viu apenas a doença, mas o homem por trás dela. O toque de Jesus não foi apenas físico, mas restaurador.
Jesus transformou a dor daquele homem em um testemunho vivo do Seu poder.
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