Quais as sete Dispensações? O que significam?

As sete dispensações são diferentes períodos de tempos da obra de Deus e Seus propósitos para a humanidade. Elas são: Inocência, Consciência, Governo Humano, Promessa, Lei, Graça e Milênio.

A separação de épocas (dispensações) da História Sagrada é o método mais antigo de estudar a Palavra de Deus.

Este método não só é o mais antigo, mas também o mais razoável. Com este sistema de estudo, se faz as divisões das revelações que Deus deu à raça humana.

QUAIS SÃO AS SETE DISPENSAÇÕES

  1. DISPENSAÇÃO DA INOCÊNCIA
  2. DISPENSAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
  3. DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO
  4. DISPENSAÇÃO DA PROMESSA
  5. DISPENSAÇÃO DA LEI
  6. DISPENSAÇÃO DA GRAÇA
  7. DISPENSAÇÃO DO MILÊNIO

O QUE SÃO AS SETE DISPENSAÇÕES

As Escrituras dividem o tempo (o período total desde a criação de Adão até “o novo céu e a nova terra” de Ap 21.1) em sete períodos, chamados de dispensações (Ef 3.2). E, também de eras, séculos ou dias.

Esses períodos são separados na Bíblia por mudanças no modo do Senhor lidar com o gênero humano.

Cada uma das dispensações pode ser considerada como um novo teste da natureza humana. E, portanto, cada uma termina em julgamento do homem, marcando seu fracasso.

Cinco dessas dispensações ou períodos já foram cumpridos. Estamos vivendo a sexta, provavelmente próximos de seu final. Então temos à nossa frente a sétima e última dispensação: o milênio.

Veremos a seguir cada uma das sete dispensações.

1. DISPENSAÇÃO DA INOCÊNCIA

dispensação da inocência

Esta dispensação se estende desde a criação de Adão em Gênesis 2:7 até a expulsão do Éden.

Adão foi criado inocente e por isso era ignorante sobre o bem e o mal.

Ele e sua esposa foram colocados no jardim do Éden.

Deus deu a ordem de não comerem do fruto da árvore do conhecimento do bem e o mal.

A dispensação da inocência resultou no primeiro fracasso do homem e seus efeitos de longo alcance, muito desastrosos.

E terminou com o julgamento: “O Senhor pois o lançou fora” (Gn 1.26; Gn 2.16,17; Gn 3.6 e Gn 3.22-24).

2. DISPENSAÇÃO DA CONSCIÊNCIA

dispensação da conciência - sete dispensações

Com a queda, Adão e Eva adquiriram e transmitiram à raça humana o conhecimento do bem e do mal.

Isso deu à consciência a base para o correto julgamento moral. Então, ao homem foi dada a responsabilidade de fazer o bem e evitar o mal.

Nesse período não havia ainda nenhuma instituição de governo e lei.

O resultado da dispensação da consciência, do Éden até o dilúvio foi que “toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra” (Gn 6.12).

E que “a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente” (Gn 6.5).

E Deus encerrou a segunda prova do homem natural com julgamento: o dilúvio. (Gn 3.7,22; Gn 7.11,12, 23).

Essa foi, portanto, a dispensação da consciência.

3. DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO

dispensação do governo humano

Do terrível julgamento do dilúvio, Deus salvou oito pessoas, para as quais, depois que as águas foram serenadas, deu a terra purificada e amplo poder para governá-la.

Assim, Noé e seus descendentes eram responsáveis por fazê-lo.

A dispensação do governo humano resultou na tentativa dos ímpios, no monte Sinai, de se tornarem independentes de Deus e terminou com o julgamento da confusão das línguas. (Gn 11.1-3 e Gn 11.5-8).

4. DISPENSAÇÃO DA PROMESSA

dispensação da promessa - 7 dispensações

Depois da dispensação dos construtores da torre de Babel, Deus chamou um homem, Abrão, com o qual ele fez uma aliança (Gn 12.1-3).

Algumas das promessas feitas a Abrão e a seus descendentes são puramente gratuitas e incondicionais (Gn 13.14-17).

Outras promessas são condicionadas à fé e obediência dos israelitas.

Por causa da desobediência, a dispensação da promessa resultou no fracasso de Israel terminando então com o julgamento do cativeiro no Egito.

O livro de Gênesis, que se inicia com as palavras sublimes “No princípio criou Deus” termina com “num caixão no Egito”. (Gn 26.3; Gn 28.12,13 e Êx 1.13,14).

5. DISPENSAÇÃO DA LEI

as sete dispensações - lei

Uma vez mais a graça de Deus veio para ajudar o homem desamparado e libertar o povo escolhido das mãos do opressor.

No deserto do Sinai, ele lhes apresentou o convênio da lei.

Ao invés de rogar humildemente pela continuidade de uma relação de graça, responderam insolentemente: “Tudo o que o Senhor tem falado, faremos” (Êx 19.1-8).

A história de Israel no deserto é um longo registro da violação flagrante e persistente da lei.

E, no final, depois de muitas advertências, Deus então encerrou essa prova com julgamento:

Primeiro Israel e depois Judá foram retirados de sua terra em uma dispersão que durou muito tempo.

Um remanescente retornou em Esdras e Neemias, de quem, no seu devido tempo, veio Cristo: “nascido de mulher, nascido sob a lei”.

Mas, tanto judeus quanto gentios conspiraram para crucificá-lo. (2 Rs 17.1-18; 2 Rs 25.1-11; At 2.22,23; At 7.51,52; Rm 3.19,20; Rm 10.5; G13.10).

6. DISPENSAÇÃO DA GRAÇA

dispensação da graça - as sete dispensações

A morte sacrificial do Senhor Jesus Cristo introduziu a dispensação da Igreja, da graça pura.

Que significa favor imerecido, ou seja, Deus oferece virtude em vez de exigir virtude, como de direito.

Salvação perfeita e eterna é agora oferecida liberalmente a judeus e gentios mediante o reconhecimento do pecado e arrependimento, com fé em Cristo.

“Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou” (Jo 6.29).

“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna” (Jo 6.47).

“Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem. E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão” (Jo 10.27,28).

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.9).

O resultado previsto dessa prova do homem sob a graça é julgamento sobre um mundo incrédulo e uma igreja apóstata. (Lc 17.26-30; Lc 18.8; II Ts 2.7-12; Ap 3.15,16)

EVENTO DA GRAÇA

O primeiro evento no final desta dispensação será o regresso do Senhor dos céus.

Quando os santos que já dormiram serão ressuscitados e, juntamente com os que estiverem vivos, arrebatados para “encontrar o Senhor nos ares. E assim estaremos sempre com o Senhor” (I Ts 4.16,17).

Então se seguirá o breve período chamado “grande aflição”. (Jr 30.5- 7; Dn 12.1; Sf 1.15- 18; Mt. 24.21,22).

Depois disso, ocorrerá o regresso pessoal do Senhor à Terra, em poder e grande glória, e os julgamentos que introduzirão a sétima e última dispensação. (Mt 25.31-46 e Mt 24.29,30).

7. DISPENSAÇÃO DO MILÊNIO

dispensação milenio

Depois dos julgamentos purificadores que acompanharão o retorno pessoal de Cristo à Terra, ele reinará sobre Israel restaurada e sobre a Terra por mil anos. Esse é o período normalmente chamado de milênio.

A sede de seu poder será Jerusalém, e os crentes, inclusive os que foram salvos na dispensação da graça, isto é, a igreja, se associarão a ele e sua glória. (Is 2.1- 4; Is 11; At 15.14-17; Ap 19.11-21; Ap 20.1-6).

Mas quando Satanás for “solto por um pouco de tempo”, encontrará o coração natural muito propenso a praticar o mal, como sempre.

Então, facilmente reunirá as nações para a batalha contra o Senhor e seus santos.

E, essa última dispensação terminará, como todas as outras, com julgamento.

O grande trono branco será estabelecido, os ímpios mortos serão ressuscitados e definitivamente julgados e, em seguida, virão o novo céu e a nova terra.

Então, a Eternidade se iniciará. (Ap 20.3, 7-15; Ap 21 e 22).

“(…) anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir.” (1 Pe 1.1).

RECAPITULANDO, AS SETE DISPENSAÇÕES SÃO:

  1. DISPENSAÇÃO DA INOCÊNCIA
  2. DISPENSAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
  3. DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO
  4. DISPENSAÇÃO DA PROMESSA
  5. DISPENSAÇÃO DA LEI
  6. DISPENSAÇÃO DA GRAÇA
  7. DISPENSAÇÃO DO MILÊNIO

Agora você sabe de cor as sete dispensações?

Equipe Redação BP

Nossa equipe editorial especializada da Biblioteca do Pregador é formada por pessoas apaixonadas pela Bíblia. São profissionais capacitados, envolvidos, dedicados a entregar conteúdo de qualidade, relevante e significativo.

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23 Comentários

  1. Taí,…amei esse estudo,…rápido, objetivo, conciso e esclarecedor. Quanto à Sétima Dispensação, no entanto, fiquei com um pouco de dúvida, no tocante ao Reinado Milenar de Jesus na Terra.
    Teria início logo após o arrebatamento da Igreja Santa juntamente com os Judeus Crentes (e lavados no sangue de Jesus, como nós),…ou após o julgamento final?

    1. Pelo que tudo indica, teve sim, então, qual foi o julgamento da dispensação da Lei?

      – “A história de Israel no deserto é um longo registro da violação flagrante e persistente da lei.
      E, no final, depois de muitas advertências, Deus então encerrou essa prova com julgamento:
      Primeiro Israel e depois Judá foram retirados de sua terra em uma dispersão que durou muito tempo”.

      Como em todas as dispensações o homem transgrediu, ele pagou por isso. Na lei, transgrediram novamente, e pagaram, por 70 anos de cativeiro. Primeiro Israel e por fim, Judá. Foram levados a juízo pela desobediência a Lei.

    2. O julgamento da Lei teve sim, e foi Cristo que absorveu toda a culpa e julgamento, e nos deu a graça, um favor imerecido que vivemos hj, entende. No caso ele morreu pelos pecadores, ele morreu por nós, e hoje pra acessar essa graça é crendo nele e se fortalecendo no espírito e trazendo mais almas para ele. Hoje estamos vivendo num tempo sem castigo de Deus, apenas do próprio mal, esperando o momento do próximo julgamento e encerramento dessa dispensação da graça

  2. Um estudo certamente oportuno, visto que estamos contemplando na atual dispensação, um sinal do seu fim, e os acontecimentos têm despertado a muitos, e só resta para concluirmos, dizer: Pra, vem , Senhor Jesus!

  3. Muito bom, é preciso guardar no coração estas dispensação, e sempre refretir o que realmente o Livro Sagrado sinalizou atraves dos escritores insperado pelo Espirito Santo.

  4. Quero parabenizar ao Site Biblioteca do Pregador por este excelente trabalho, que vem enriquecer nossos conhecimentos a respeito das sagradas Escrituras, parabéns já fiz minha inscrição.

  5. Um excelente material. Rico e acessível a todo nível de entendimento. Precioso para quem deseja conhecer melhor a vontade de Deus para a humanidade, e excelente para expositores da Palavra.

  6. Amei todo conteúdo . Quando estudei educação religiosa aprendi sobre as dispensações . mas agora relembrei Maravilhoso trabalho . Vou estudar o restante . Quanto mais aprendo sobre o Reino de Deus mais me sinto fortalecida espiritualmente . Muito Obrigada

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