Origem dos Dogmas e Inovações da Igreja Romana

Ao examinarmos a história da Igreja Romana, deparamo-nos com os dogmas e inovações que moldaram não apenas a espiritualidade, mas também a estrutura e práticas dessa instituição ao longo dos séculos. Mas, antes de percorrer os corredores do tempo, explorando as origens e evoluções dessas doutrinas, vamos dar uma olhada em dois textos bíblicos:

Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo;

Colossenses 2:8

MAS o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência;

1 Timóteo 4:1-2

A Evolução da Igreja e Práticas Religiosas

  • A.D. 310 – Antônio de Alexandria inicia a vida monástica no Egito – Os primeiros monges sustentavam-se por meio do trabalho comum.
  • A.D. 370 – Início do uso de altares e velas – Basílio de Cesaréia e Gregório Nazianzeno introduzem o culto dos santos, incenso e turíbulo.
  • A.D. 400 – Paulino de Nola institui a oração pelos mortos e ensina o sinal da cruz
  • A.D. 500 – Gregório o Grande origina o purgatório
  • A.D. 607 – Bispo de Roma recebe primazia universal – Concedido por Phocas após o II Concílio de Constantinopla.
  • A.D. 609 – Bonifácio IV institui o culto a Virgem Maria e a invocação de santos e anjos
  • A.D. 670 – Uso do latim na missa – Introduzido pelo Papa Vitélio.
  • A.D. 758 – Criação da confissão auricular pelas ordens religiosas do Oriente
  • A.D. 787 – Estabelecimento do culto às imagens e adoração da cruz e relíquias – Segundo o segundo Concílio de Nicéia.
  • A.D. 795 – Lei do uso de incenso nas cerimônias da igreja por Leão III
  • A.D. 803 – Criação da festa da Assunção da Virgem pelo Concílio de Maguncia
  • A.D. 818 – Doutrina da transubstanciação e da missa – Aparece nos escritos de Pascácio Radberto.
  • A.D. 884 – Papa Adriano III aconselha a canonização dos “santos”
  • A.D. 998 – Estabelecimento da festa aos mortos por Odilon
  • A.D. 1000 – Generalização da confissão auricular e início do “Ego te absolvo” – A missa passa a ser chamada de sacrifício, e as peregrinações organizam-se.

A.D. 1003 – Aprovação da festa das almas “fiéis defuntos” por João XIV

  • A.D. 1059 – Criação do colégio dos cardeais “conclave” por Nicolau II
  • A.D. 1074 – Decretação obrigatória do celibato dos padres por Gregório VII
  • A.D. 1076 – Declaração da infalibilidade da igreja pelo mesmo papa
  • A.D. 1090 – Invenção do rosário por Pedro, o Ermitão
  • A.D. 1095 – Criação das indulgências plenárias por Urbano II
  • A.D. 1125 – Aparecimento da ideia da Imaculada Conceição de Maria – Nos cânones de Leão, refutada por São Bernardo de Clairvaux.
  • A.D. 1164 – Enumeração de 7 sacramentos por Pedro Lombardo – Enquanto Jesus Cristo enumera apenas dois.
  • A.D. 1200 – Imposição da transubstanciação e confissão auricular pelo Concílio de Latrão
  • A.D. 1227 – Introdução da campainha na missa por ordem de Gregório IX
  • A.D. 1229 – Estabelecimento da inquisição pelo Concílio de Tolouse – Proibição da leitura da Sagrada Escritura ao povo.
  • A.D. 1264 – Determinação da festa do corpo de Deus (Corpus Christi) por Urbano IV
  • A.D. 1300 – Ordenação dos jubileus por Bonifácio VIII
  • A.D. 1311 – Início da primeira procissão do Santíssimo Sacramento
  • A.D. 1317 – Ordenação da reza “Ave-Maria” por João XXII
  • A.D. 1360 – Hóstia passa a ser levada em procissão
  • A.D. 1414 – Decretação de que na comunhão ao povo deve ser dada apenas a hóstia – Os concílios afirmam a autoridade do concílio sobre a do papa.
  • A.D. 1838 – Abertura da porta do Purgatório pelo Concílio de Florença
  • A.D. 1563 – Definição do Concílio de Trento – A tradição é equiparada à Palavra de Deus, e os livros apócrifos são aceitos como canônicos.
  • A.D. 1854 – Proclamação do dogma da Imaculada Conceição de Maria por Pio IX
  • A.D. 1870 – Declaração da infalibilidade do papa pelo Concílio do Vaticano

Início da Vida Monástica e Adoração dos Santos: 310-400

No início do século IV, Antônio de Alexandria inaugurou a vida monástica no Egito. Notavelmente, esses primeiros monges sustentavam-se por meio de seu próprio trabalho.

Este período marcou não apenas o surgimento de uma forma específica de vida religiosa, mas também evidenciou a busca por sustento através do trabalho manual.

Entre os anos 370 e 400, testemunhamos transformações significativas. O uso de altares e velas tornou-se comum, enquanto Basílio de Cesareia e Gregório Nazianzeno introduziram o culto aos santos.

A influência de prosélitos provenientes do paganismo trouxe consigo o uso de incenso e turíbulo na igreja, marcando um sincretismo religioso.

Surgimento do Purgatório e Culto à Virgem Maria: 500-1000

O século V trouxe uma inovação doutrinária significativa quando Gregório, o Grande, originou o conceito de purgatório.

Em 607, o imperador Phocas concedeu ao bispo de Roma o direito de primazia universal sobre a cristandade, consolidando a influência papal após o II Concílio de Constantinopla.

Diversas mudanças litúrgicas ocorreram nesse período. Bonifácio IV introduziu o culto à Virgem Maria em 609, enquanto, em 670, o uso do latim na missa tornou-se predominante, uma língua muitas vezes inacessível ao povo.

A confissão auricular surgiu em 758, e em 787, o segundo Concílio de Nicéia estabeleceu o culto às imagens, adoração da cruz e relíquias dos santos.

Desenvolvimentos Dogmáticos e Litúrgicos: 1000-1500

O século XI viu a consolidação do celibato dos padres (1074) e a declaração da infalibilidade da igreja por Gregório VII (1076). Durante o século XII, Pedro, o Ermitão, inventou o rosário (1090), e as indulgências plenárias foram introduzidas por Urbano II (1095).

O concílio de Latrão, em 1215, impôs a transubstanciação e a confissão auricular. A inquisição foi estabelecida em 1229, proibindo a leitura da Sagrada Escritura ao povo. O século XIV trouxe a festa do corpo de Deus (Corpus Christi) por Urbano IV (1264).

Dogmas e Inovações no Renascimento e Além: 1500-1870

O Concílio de Trento teve sua origem primordial na expansão significativa da Reforma Protestante ao longo do século XVI. Convocado pelo Papa Paulo III (1534-1549), esse concílio emergiu como uma resposta direta aos desafios apresentados pelos reformadores. Seu propósito central era reestruturar a disciplina eclesiástica e reafirmar os dogmas fundamentais da doutrina católica contestados pelo movimento protestante.

Em 1854, Pio IX proclamou o dogma da Imaculada Conceição de Maria, e em 1870, o Concílio do Vaticano declarou a infalibilidade do papa.

O que esses dogmas da Igreja Romana significam para nós

O que esses dogmas da Igreja Romana significam para nós?

Assim, a fonte das inovações romanas secou-se, revelando-se como uma operação do mistério da injustiça, como mencionado em 2 Tessalonicenses 2:7; Apocalipse 17:5; 18:4.

Esse conjunto de doutrinas e ordens, que nem Jesus Cristo nem Seus apóstolos ensinaram, se esbarram nas palavras do divino Mestre:

“Em vão, pois, me honram ensinando doutrinas e mandamentos que vêm dos homens”.

Mateus 15:9

A pergunta é essencial: Pode uma pessoa conscientemente confiar a salvação de sua alma aos caprichos dos homens? Será que alguma ou todas as inovações podem regenerar o coração, purificar do pecado, remover a culpa, tranquilizar a consciência e salvar a alma? A resposta é um enfático não! Mil vezes não!

O apóstolo Pedro, guiado pela virtude da Palavra de Deus, adverte na sua epístola:

“Não vos temos feito conhecer a virtude e presença de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas engenhosas”.

2 Pedro 1:16

Continuando, por divina ordem, ele proclama que Jesus Cristo, a Pedra rejeitada pelos arquitetos, é a pedra angular, e em nenhum outro há salvação. Nenhum outro nome foi dado aos homens do céu abaixo pelo qual devamos ser salvos (Atos 4:11,12).

Somente Jesus, o Filho de Deus, ofereceu o único e perfeito sacrifício de Si mesmo uma vez sobre a cruz para nossa redenção e eterna salvação. Ele é o Senhor, o Salvador, o Juiz e o Rei, conforme proclamado em 1 Timóteo 6:15:

A qual a seu tempo mostrará o bem-aventurado, e único poderoso SENHOR, Rei dos reis e Senhor dos senhores

1 Timóteo 6:15

Que essas verdades fundamentais permaneçam como alicerce inabalável de nossa fé, enquanto discernimos a autenticidade na jornada espiritual.

Equipe Redação BP

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