5 Sinais de que uma igreja está caminhando para o Cristianismo Progressista
À medida que a sociedade e a cultura continuam a evoluir, testemunhamos mudanças significativas nas comunidades de fé. Se conversarmos com irmãos mais velhos, talvez nos deparemos com a expressão comum: “Esse irmão é saudosista”. No entanto, quando observamos a banalização do evangelho nos dias de hoje, a falta de seriedade nos púlpitos e a ausência de compromisso com a verdade da Palavra de Deus, como nossa única regra de fé e prática, é difícil ignorar a justificativa desses irmãos “saudosistas”.
Um tema que ganhou força e espaço no cenário atual é o Cristianismo Progressista, que traz abordagens diferentes das doutrinas e práticas tradicionais. No entanto, é essencial identificar esses sinais para aqueles que desejam permanecer fiéis à autoridade da Bíblia Sagrada e às verdades centrais da fé cristã.
Neste estudo bíblico, vamos identificar alguns sinais reveladores de uma igreja que está trilhando para o caminho do Cristianismo Progressista, com o objetivo de fortalecer nossa fidelidade às verdades inabaláveis da Palavra de Deus.
Sinal 1: Reinterpretação da Visão da Bíblia
Ao abordar a visão da Bíblia, um dos primeiros sinais de uma igreja espiritual para o Cristianismo Progressista é a reinterpretação da sua importância e autoridade. Enquanto o Cristianismo Histórico considera a Bíblia como a Palavra de Deus e autoridade para a vida dos cristãos, o Cristianismo Progressista tende a enfatizar a crença pessoal acima dos mandamentos bíblicos.
À seguir veremos alguns comentários, muito comuns quando a igreja começa a caminhar para o evangelho progressista:
“A Bíblia é um livro humano…”
Dentro do contexto do Cristianismo Progressista, algumas vozes afirmam que a Bíblia é vista principalmente como uma obra humana, submetida a influências culturais e históricas restritas. Essa perspectiva questiona a noção de que cada palavra da Bíblia é diretamente inspirada por Deus, abrindo espaço para interpretação mais flexível e adaptável às demandas contemporâneas.
“Eu discordo do apóstolo Paulo nessa questão…”
Enquanto o Cristianismo Histórico geralmente aceita as palavras dos apóstolos, incluindo Paulo, como instruções divinamente inspiradas, o Cristianismo Progressista tende a questionar algumas passagens específicas da Bíblia, discordando de certas opiniões ou ensinamentos. Essas discordâncias levam a uma postura mais seletiva na interpretação dos textos bíblicos.
“A Bíblia tolera a imoralidade, então somos obrigados a rejeitar o que ela diz em certos lugares…”
O Cristianismo Progressista enfatiza a necessidade de reinterpretar certos ensinamentos bíblicos que são considerados desatualizados ou moralmente questionáveis. Argumenta-se que, em algumas ocasiões, a Bíblia parece tolerar ou mesmo endossar práticas que atualmente são consideradas imorais, o que leva os progressistas a rejeitar ou reinterpretarem tais passagens em busca de uma fé mais inclusiva e compassiva.
“A Bíblia ‘contém’ a palavra de Deus…”
Uma característica comum no pensamento progressista é a ideia de que a Bíblia “contém” a palavra de Deus, ao invés de ser vista como a Bíblia “é” a Palavra de Deus. Essa perspectiva permite uma interpretação mais flexível e adaptável dos textos bíblicos, permitindo uma maior influência das experiências pessoais e da cultura contemporânea na compreensão dos mestres cristãos.
Sinal 2: Valorização das Experiências Pessoais sobre a Verdade Objetiva
Um dos sinais reveladores de uma igreja que está caminhando para o Cristianismo Progressista é a crescente valorização das experiências pessoais, sentimentos e opiniões acima da verdade objetiva. À medida que a visão da Bíblia Sagrada como a palavra definitiva de Deus é questionada, a autoridade máxima para fé e prática passa a ser determinada pelo que uma pessoa sente como verdadeiro.
Nas igrejas progressistas, as experiências pessoais, sentimentos e opiniões tendem a ser valorizados acima da verdade objetiva. O foco passa a ser no que uma pessoa sente como verdadeiro, tornando-se a autoridade máxima para fé e prática, afastando-se da ênfase tradicional na Palavra de Deus como base sólida.
Alguns comentários de cristãos que estão entando neste caminho progressista, são:
“Esse versículo da Bíblia não ressoa comigo…”
Nos círculos progressistas, é comum ouvir vozes que rejeitam ou reinterpretam versículos bíblicos que entram em conflito com suas experiências pessoais ou convicções. Ao considerar a Bíblia como um livro imutável, essas pessoas dão prioridade àquilo que ressoa com suas próprias jornadas de vida e buscam uma fé mais acentuada com suas ocorrências individuais.
“Eu simplesmente não posso acreditar que Jesus enviaria pessoas boas para o inferno…”
No contexto do Cristianismo Progressista, é comum encontrar uma rejeição de conceitos teológicos tradicionais, como o inferno é eterno. A experiência pessoal de amor, misericórdia e compaixão leva alguns a questionarem a ideia de que Deus condenaria pessoas boas a um destino de sofrimento eterno. Essa perspectiva enfatiza a importância de seguir o que ressoa com a própria consciência, em vez de se aderir a doutrinas consideradas dogmáticas.
Sinal 3: Reinterpretação das Doutrinas Cristãs Essenciais
Outro sinal de uma igreja seguindo para o Cristianismo Progressista é a abertura para a reinterpretação das doutrinas cristãs essenciais. Essa abordagem implica em definir e reinterpretar a Bíblia em questões morais discutidas, como a homossexualidade e o aborto, além de doutrinas fundamentais como a concepção virginal e a ressurreição corporal de Jesus.
Comentários comuns:
“A ressurreição de Jesus não precisa ser factual para falar a verdade…”
Dentro do Cristianismo Progressista, algumas vozes defendem que a ressurreição de Jesus pode ser interpretada de forma passageira ou metafórica, em vez de ser vista como um evento histórico e verdadeiro.
Argumenta-se que o significado espiritual e o impacto transformador da ressurreição de Jesus, podem ser transmitidos independentemente de sua historicidade. Permitindo uma compreensão mais flexível dessa doutrina central do cristianismo.
“A posição histórica da igreja sobre a sexualidade é arcaica e precisa ser atualizada dentro de uma estrutura moderna…”
No contexto progressista, há uma tendência a questionar e reavaliar as visões tradicionais da igreja sobre a sexualidade. Acredita-se que as interpretações históricas podem estar desatualizadas e que é necessário adotar uma abordagem mais inclusiva e compassiva para lidar com questões como a homossexualidade. Dentro dessa perspectiva, as doutrinas são reinterpretadas para se adequar a uma estrutura moral moderna.
Sinal 4: Redefinição de Termos Históricos
Os termos históricos do Cristianismo também são redefinidos no contexto progressista. Palavras como inspiração bíblica, inerrância e autoridade são reinterpretadas e mantidas a ginástica linguísticas para se adequarem às ideias progressistas. Essa redefinição pode comprometer a compreensão tradicional das doutrinas e princípios fundamentais da fé cristã.
Um sinal revelador de uma igreja que está se aproximando do Cristianismo Progressista é a tendência de reformular a palavra “amor”. Quando retirado de seu contexto bíblico, o termo se torna abrangente, englobando tudo o que é não conflituoso, agradável e afirmativo. Essa reformulação pode levar a uma visão limitada e simplificada do amor, que pode se afastar dos princípios e ensinamentos bíblicos.
Comentários de uma igreja progressista:
“Deus não puniria os pecadores – Ele é amor…”
Dentro do contexto do Cristianismo Progressista, pode-se encontrar a crença de que o amor de Deus exclui a possibilidade de punição. Essa perspectiva enfatiza o amor de Deus como um atributo supremo, desconsiderando ou reinterpretando a justiça divina e o conceito de consequências para as ações humanas.
“Claro, a Bíblia é autoridade – mas nós a entendemos mal nos primeiros 2.000 anos da história da igreja…”
Algumas vozes progressistas sugerem que a compreensão tradicional da Bíblia e de sua autoridade foi equivocada ao longo dos primeiros séculos do cristianismo. Essa perspectiva permite uma revisão da interpretação dos ensinamentos bíblicos, questionando e reinterpretando seu significado original. O amor é muitas vezes usado como um filtro para reavaliar e modificar as doutrinas e práticas cristãs históricas.
“Não é nosso trabalho falar com ninguém sobre o pecado – é nosso trabalho simplesmente amá-los…”
Esse movimento enfatiza a importância de amar os outros sem abordar diretamente a questão do pecado ou confrontar comportamentos considerados moralmente problemáticos. Nessa visão, o amor é visto como uma prioridade máxima, relegando a discussão sobre o pecado e o arrependimento a um plano secundário.
Sinal 5: A Mudança do Foco do Pecado e da Redenção para a Justiça Social
A reinterpretação da noção de pecado e a mudança na ênfase da missão evangelística são sinais evidentes de uma igreja que está caminhando para o Cristianismo Progressista. Ao diminuir a importância do pecado como uma barreira entre Deus e a humanidade e reinterpretar a necessidade de satisfazer e expiação, e ao enfatizar ações de amor e justiça social em vez da pregação do evangelho, pode-se perder de vista a mensagem central do cristianismo histórico.
É importante equilibrar o cuidado pelos necessitados com a proclamação do evangelho, mantendo a integralidade e a verdade da fé cristã.
Alguns comentários comuns no cristianismo progressista:
“O pecado não nos separa de Deus – fomos feitos à Sua imagem e Ele nos chamou de bons…”
Dentro do Cristianismo Progressista, há uma tendência de rejeitar a ideia de que o pecado nos separa de Deus. Em vez disso, argumenta-se que fomos criados à imagem de Deus e chamados de bons, testemunhamos a importância do conceito de pecado como uma barreira entre Deus e a humanidade. Essa perspectiva busca enfatizar a genuinidade inerente ao ser humano e a necessidade de reconhecer e abraçar essa genuinidade.
“Na verdade, Deus não exigia um sacrifício por nossos pecados – os primeiros cristãos adotaram a prática pagã do sacrifício de animais e contaram a história de Jesus em termos semelhantes…”
Há uma tendência entre os cristãos progressistas de reinterpretar a necessidade de um sacrifício por nossos pecados. Alega-se que os primeiros cristãos adotaram práticas pagãs de prazeres de animais e aplicaram esses termos à história de Jesus. Isso resulta em uma visão mais crítica da necessidade de expiação e satisfação para a reconciliação com Deus.
“Na verdade, não precisamos pregar o evangelho — só precisamos mostrar amor, trazendo justiça aos oprimidos e provisão aos necessitados…”
Dentro do contexto do Cristianismo Progressista, há uma ênfase na prática do amor, justiça social e provisão para os necessitados em vez da pregação do evangelho. Acredita-se que a manifestação do amor por meio de ações práticas seja suficiente para cumprir a missão cristã, substituindo a necessidade de compartilhar a mensagem do evangelho e o chamado ao arrependimento.
Conclusão:
À medida que o Cristianismo Progressista ganha espaço, é essencial reconhecer os sinais de uma igreja nessa direção. Claro que identificar esses sinais em uma igreja não é uma tarefa fácil, mas é importante permanecer vigilante e fundamentado na verdade.
Lembrando que Jesus nos alertou sobre os falsos profetas, e se encontrarmos alguns desses sinais de perigo em nosso local de culto, pode ser hora de buscar comunhão em uma comunidade mais fiel à autoridade da Bíblia.
Afinal, manter-se firme na verdade bíblica, buscando comunhão em uma igreja fiel à Palavra de Deus são passos importantes para preservar a integridade e o poder transformador da fé cristã.