Por que João Batista disse “…que Ele cresça e eu diminua”?

No versículo de João 3:30, João Batista disse:

É necessário que ele cresça e que eu diminua.

João 3:30

Estas palavras ecoam em nossos ministérios como uma prece. Muitos se apegam a líderes humanos (1 Coríntios 1:12, 3:4), mas Jesus é a essência de nossas jornadas ministeriais. Ele é a Luz, enquanto nós apenas refletimos. Portanto, é sábio adotar as palavras de João Batista para que a presença de Jesus aumente em nossas vidas e ministérios.

João não apenas proferiu “ele deve crescer, e eu diminuir” como um mero slogan. Ele deu vida a essas palavras. João aproveitou cada oportunidade para exaltar Jesus. Ele declarou ser indigno de desamarrar as sandálias d’Ele (João 1:27).

As palavras de João fluíam em direção a Jesus. Quando chegou o momento de seu ministério ceder espaço para o ministério de Jesus, João regozijou-se.

Jesus amava João Batista profundamente, até mesmo proclamou que ninguém era maior que ele (Mateus 11:11). Essa afeição tinha suas raízes na compreensão de João sobre seu papel no ministério de Jesus.

Ele foi um precursor, um indicador. Enquanto as discórdias sobre quem seria o maior persistiam (Lucas 22:24-30), João compreendia a grandeza como humildade diante do Senhor.

Quando João Batista disse “É necessário que ele cresça e eu diminua”?

No momento em que os ministérios de João Batista e Jesus começaram a se entrelaçar, João compartilhou sua perspectiva sobre o crescimento do ministério de Jesus e a diminuição do seu próprio. Essas palavras ressoam: “É necessário que ele cresça e eu diminua” (João 3:30).

Ambos estavam realizando batismos na zona rural da Judéia, e, notavelmente, pessoas que já estavam familiarizadas com o ministério de João começaram a se unir ao ministério de Jesus.

A atitude de João Batista diante dessa transição é esclarecedora. Ele reconheceu que seu ministério era um presente celestial, não uma obra pessoal (João 3:27).

João estava ciente de que sua popularidade não se baseava em suas próprias ações, mas em Jesus. Ele compreendia que um ministério é concedido e retirado por Deus, não algo que alguém pode controlar.

Essa profunda consciência permeava a mente de João, o qual considerava seu ministério como um serviço a Cristo, seguindo Seus critérios.

Com o início do ministério de Jesus, chegou o momento de João Batista recuar para que Jesus pudesse ganhar destaque.

Eventualmente, João Batista se tornou um mártir por Cristo (ver Mateus 14:1-12 e Marcos 6:14-29), marcando a conclusão gloriosa de um ministério notável. Sua jornada culminou em um testemunho impressionante de fé.

Como o ministério de João Batista preparou as pessoas para encontrar Jesus?

João Batista recebeu a missão de ir à frente do Messias, proclamando um batismo de arrependimento para o perdão dos pecados (Lucas 3:3). Ele testemunhou publicamente que não era o próprio Messias, mas desempenhou o papel de preparar o terreno para a chegada d’Ele.

Em suas próprias palavras, João afirmou: “Eu sou a voz que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor” (João 1:23).

Com essa declaração, João Batista efetivamente pavimentou o caminho, declarando abertamente que o Messias estava prestes a surgir, e que o ministério preeminente de Jesus estava prestes a começar.

Além disso, João Batista desempenhou um papel crucial ao batizar Jesus. O ato físico do batismo, realizado por João, marcou o início do ministério de Jesus. Durante esse evento, ouviu-se a voz do Pai proclamando: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3:17).

A responsabilidade de realizar e testemunhar o batismo do Messias foi confiada a João Batista. Dessa forma, ele não apenas anunciou, mas também teve a honra de participar da inauguração oficial do ministério de Jesus por meio do batismo.

Quando João Batista conheceu Jesus?

Além do batismo de Jesus, João Batista teve outras interações notáveis com Ele, inclusive antes de nascerem. Um encontro memorável aconteceu enquanto ambos ainda estavam no útero.

Quando Maria, a mãe de Jesus, visitou sua prima grávida, Isabel, a mera voz de Maria fez João Batista saltitar de alegria no ventre de Isabel (Lucas 1:41-42).

Esse encontro singular entre João Batista e Jesus ressalta o que um anjo havia comunicado a Zacarias, o pai de João Batista, sobre seu filho. O anjo afirmou que muitos se alegrariam com o nascimento de João, pois ele seria grandioso aos olhos do Senhor.

Além disso, o anjo antecipou que João não consumiria vinho ou bebidas fortes e seria preenchido com o Espírito Santo desde o ventre de sua mãe (Lucas 1:14-15).

Fica claro que essa criança seria especial, com um propósito singular designado por Deus para ser cheia do Espírito Santo e encontrar alegria no Messias mesmo antes de seu nascimento.

Alguns dos seguidores de João se uniram a Jesus?

As multidões que seguiam Jesus já estavam familiarizadas com a história e o ministério de João Batista. Ao falar a essas multidões que compartilhavam o conhecimento sobre João, Jesus o descreveu como uma “lâmpada acesa e brilhante” (João 5:35), usando o ministério de João para realçar o Seu próprio.

As pessoas estavam cientes do arrependimento e do batismo pregados por João. Elas o seguiam e o reconheciam. Jesus enfatizou que o ministério de João Batista estava direcionado para Ele.

Enquanto João era humilde e reconhecia sua posição inferior, Jesus trazia consigo obras ainda mais grandiosas. Com a capacidade de realizar milagres e curas, e com autoridade para perdoar pecados, Jesus estava investido de um poder superior.

Por fim, Jesus manifestaria a obediência máxima ao se sacrificar pelos pecados dos perdidos, possibilitando-lhes a cura e o perdão eterno.

O objetivo era convencer os seguidores de João Batista a se juntarem a Ele, seguindo o caminho de redenção e salvação que somente Ele poderia oferecer.

Por que João Batista estava bem com Jesus crescendo enquanto ele diminuía?

João Batista demonstrou contentamento pela ascensão de Jesus, evidenciando sua humildade (João 3:29). Seu coração ressoava com a convicção de que Jesus era o Messias.

A respeito de Jesus, João proclamou: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29). Ele compreendeu que o ministério de Jesus era a chave para o perdão dos pecados – algo que lhe trouxe alegria. Conscientizou-se também de que o ministério de Jesus trazia a esperança de redenção para o mundo.

A alegria de João Batista derivava do conhecimento de que Jesus havia chegado para resgatar a humanidade da escravidão ao pecado, e que o Messias tão aguardado estava presente para sacrificar-se pelos pecados das pessoas.

João reconheceu que Jesus não era meramente humano, mas Deus encarnado enviado pelo Pai para inaugurar uma nova era de salvação.

O foco principal de João Batista era Jesus. Embora seu ministério fosse benéfico para as pessoas (João 5:34), ele estava disposto a diminuir para dar espaço a Jesus, cujo testemunho divino superava até mesmo o seu. Jesus declarou: “O Pai que me enviou, ele mesmo testificou de mim” (João 5:37).

Portanto, enquanto João Batista era uma luz testemunhal, a Luz do mundo possuía um testemunho divino que transcendia palavras humanas.

Deveríamos refletir a atitude de João Batista em nossos ministérios e vidas: “Ele deve crescer, eu devo diminuir.” Se as pessoas nos enxergam sem apontarmos para o Salvador, que proveito temos para elas?

Contudo, quando elas veem Jesus crescer em nossas palavras, ações e ministério, somos verdadeiramente abençoados e aprendemos daquele a quem Jesus elogiou grandemente.

Jesus incendiou o mundo através daqueles que, como João Batista, vivem humildemente para Ele, até que Ele retorne.

Equipe Redação BP

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