Efésios 3:20 Explicação de “Infinitamente mais do que pedimos ou pensamos”
Nova Versão Internacional (NVI)
“Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós,”
Traduções Bíblicas de Efésios 3:20
Almeida Revista e Atualizada (ARA)
“Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós,”
Nova Almeida Atualizada (NAA)
“Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós,”PUBLICIDADE
Contexto de Efésios 3:20
Paulo encerra a parte doutrinária de Efésios com uma das orações mais sublimes do Novo Testamento. A cada frase, ele eleva o tom da súplica como um coro que sobe em adoração: pede que a igreja seja fortalecida com poder pelo Espírito, que Cristo habite nos corações pela fé, que os crentes compreendam a largura, o comprimento, a altura e a profundidade do amor de Cristo, e finalmente que sejam cheios de toda a plenitude de Deus (Ef 3:16–19).
Quando alcança esse auge, ou seja, “a plenitude de Deus”, a oração se transforma naturalmente em doxologia (3:20–21).
Diante de um Deus tão grandioso, Paulo esboça reconhecendo que Deus é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, e realiza isso por meio do poder que já opera em nós.
Esse esboço de Efésios 3:20 sintetiza todo o pensamento da carta, que revela a ação de Deus em três dimensões complementares:
- O Pai, “segundo as riquezas da sua glória” (3:16), é a fonte inesgotável de todo dom.
- O Filho, “segundo a força do seu poder manifestada em Cristo” (1:19–20), é o modelo histórico e perfeito dessa medida.
- O Espírito, “segundo o poder que opera em nós” (3:20), é quem aplica essa plenitude na vida da igreja.
Efésios mostra, assim, que a verdadeira oração alarga a visão e expande o coração. Quanto mais o crente contempla o poder de Deus, mais percebe que o Senhor ultrapassa todas as fronteiras daquilo que pedimos ou conseguimos imaginar.
A oração não termina em súplica, mas deságua em louvor, porque o Deus que habita em nós faz infinitamente mais.esejos, eleva a visão e desemboca em adoração, porque Deus faz além.
Explicação de Efésios 3:20
“Àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós.” (Efésios 3:20)
Deus faz além do pedimos ou pesamos, Paulo explica que Deus que age com poder real e ilimitado. Visto que o termo grego traduzido por “é poderoso” indica não apenas capacidade, mas ação contínua, ou seja, Deus está sempre realizando.
Já o advérbio composto hyperekperissou, traduzido como “infinitamente mais”, descreve uma superabundância que vai além de qualquer medida humana.
Em outras palavras, Deus não apenas responde às orações, Ele ultrapassa tanto o que pedimos quanto o que conseguimos imaginar.
Ao mencionar “pedimos” e “pensamos”, Paulo une dois aspectos da vida espiritual: a fé que ora e a mente que reflete. Deus excede ambos, revelando que Seu agir soberano está além das fronteiras da nossa compreensão e expectativa.
Na parte final do versículo, Paulo explica o padrão dessa generosidade divina: o Senhor age “conforme o poder que opera em nós”.
Esse poder (dynamis) é o mesmo que ressuscitou Cristo dos mortos e agora atua dentro dos crentes, transformando, santificando e conduzindo a igreja.
Assim, a medida da bênção acompanha a ação viva do Espírito Santo em nós.
Pois afinal, Efésis 3:20 é uma oração conclusória com uma doxologia, isto é, uma expressão espontânea de louvor e adoração.
A palavra vem do grego doxa (glória) e logia (palavra), significando literalmente “palavras de glória a Deus”.
Ou seja, ela surge quando o coração, cheio de fé, reconhece a grandeza do Senhor e não encontra outro modo de responder senão adorando.
Os versículos anteriores (3:16–19) mostram como essa obra acontece. À medida que a oração se aprofunda, ela alarga os desejos e amplia a fé, até chegar ao clímax: “serdes cheios de toda a plenitude de Deus”. Nesse ponto, a fé reconhece que Deus pode e quer fazer muito além do que o coração ousa pedir.
Efésios apresenta essa dinâmica de forma trinitária. O Pai é a fonte de toda a glória e poder. O Filho é o modelo histórico e perfeito dessa ação, revelado na Ressurreição e na Ascensão.
O Espírito Santo é quem aplica essa plenitude aos crentes, tornando a presença de Deus uma realidade interior e transformadora.
O mesmo poder que levantou Cristo dos mortos opera agora em cada vida rendida a Ele. É esse poder que sustenta a fé, corrige o pensamento e move a igreja de uma simples súplica para um louvor pleno.
Por isso, a oração de Paulo termina em adoração. A doxologia não é um encerramento litúrgico, mas o transbordar natural de uma fé que viu o impossível tornar-se real.
Quando o ser humano entende que Deus faz infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, a oração se transforma em gratidão e o coração em altar.
Comentários explicativos de Efésios 3:20
Comentário de Benson
Na ótica de Benson Efésios 3:20 significa uma escada de superlativos espirituais. Pois, bem sabemos que Deus vai além do que pedimos, além do que pensamos e ainda faz infinitamente mais, segundo o poder que já opera na vida da igreja.
A transformação visível dos efésios era a prova viva desse poder. Por isso, o apóstolo podia esperar o cumprimento de tudo o que o evangelho promete, conformidade com Cristo no presente e glória incomparável no futuro.
A doxologia final consagra esse louvor “na igreja, por Cristo Jesus, por todas as eras”, mostrando que a adoração é o coro eterno de um povo que experimenta o poder de Deus em ação.
Comentário conciso de Matthew Henry
Henry destaca que toda oração verdadeira termina em louvor. A fé não encerra o pedido com dúvida, mas com adoração confiante.
Com base na obra já realizada por Cristo, a igreja pode pedir mais e esperar mais. A conversão dos pecadores e o consolo dos santos são manifestações contínuas da glória de Deus, uma glória que começa agora e se estende pela eternidade.
Notas de Barnes
Barnes observa que Paulo frequentemente interrompe suas cartas com doxologias espontâneas, quando contempla a generosidade divina.
A expressão “infinitamente abundante” traduz algo que ultrapassa a própria linguagem humana. Deus realiza mais do que pedimos em oração e mais do que conseguimos imaginar em pensamento.
Esse agir ocorre “segundo o poder que opera em nós”, o mesmo poder que já transforma a vida do crente e que garante feitos ainda inimagináveis, em um processo contínuo da graça.
Comentário Bíblico Jamieson-Fausset-Brown
Jamieson ressalta o contraste central do texto: “A Ele”, e não a nós, pertence o mérito e o poder.
A repetição enfática de palavras como “acima” e “além” revela o fervor e a confiança de Paulo diante da grandeza divina.
O Espírito Santo, que habita nos crentes (Romanos 8:26), é a evidência interior de que esse poder é real. Quem experimenta essa presença sabe que pode esperar além do que a mente alcança.
Comentário de Matthew Poole
Poole enfatiza a figura de Deus Pai como aquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos.
Ele conecta o “poder que opera em nós” à expressão de Efésios 1:19, mostrando que o mesmo poder que gera fé, preserva para a salvação e sustenta em meio ao sofrimento é o que garante a realização das promessas divinas.
Exposição de Gill de toda a Bíblia
Gill contempla o texto como uma celebração da perfeição e soberania do poder divino.
Deus realiza tudo o que deseja decretar, e muito além do que o homem é capaz de pedir ou imaginar, sempre em perfeita harmonia com Seu caráter.
Por isso, o comentarista incentiva o crente a levar todas as suas necessidades ao Senhor, certo de que Deus já preparou respostas para pedidos que nem foram formulados.
O mesmo poder que iniciou a obra da graça é fiel para levá-la à conclusão.
Lições que aprendemos em Efésiso 3:20
1. Deus faz mais do que pedimos, e mais do que entendemos
Efésios 3:20 nos lembra que a fé nunca limita o agir de Deus. Mesmo as orações mais ousadas não alcançam toda a extensão do que Ele é capaz de realizar.
Em nossa limitação, pedimos o que vemos; mas Deus trabalha também no invisível, alinhando circunstâncias, curando memórias, transformando corações e abrindo caminhos que nem imaginamos.
Por isso, quando a resposta parece diferente do pedido, o crente deve confiar que Deus sempre faz o melhor, mesmo quando não faz o esperado.
Portanto, confie no propósito de Deus mesmo nas respostas silenciosas. O que você chama de demora, Ele chama de preparação.
2. O poder de Deus já opera em nós
Paulo não fala de um poder distante, mas de um poder presente e ativo. O mesmo Espírito que ressuscitou Cristo habita no crente, sustentando a fé, renovando forças e aperfeiçoando o caráter segundo a imagem do Filho.
Esse poder é o motor da vida cristã, ele capacita para perdoar, resistir à tentação, servir com humildade e permanecer firme em meio às provações.
Para isso, saiba que a vida cristã não depende do esforço humano, mas da cooperação com o Espírito. Quanto mais nos rendemos, mais esse poder se manifesta.
3. A oração que cresce termina em adoração
Paulo começa orando e termina louvando. Esse é o percurso natural de toda oração madura: ela se inicia com petição e termina com gratidão.
A verdadeira fé não apenas pede; ela reconhece a grandeza de Deus mesmo antes da resposta. O coração que confia transforma a súplica em adoração, porque sabe que Deus sempre age com perfeição.
Transforme suas orações em momentos de louvor. Quando o coração adora, a ansiedade perde força e a fé se fortalece.
4. A glória de Deus é o centro de todas as coisas
A doxologia de Paulo não coloca o homem no centro, mas Deus. Tudo começa nEle, acontece por meio dEle e termina com Ele recebendo a glória.
Essa perspectiva muda nossa forma de viver e orar. O crente maduro não busca apenas bênçãos, mas deseja que toda a sua vida revele a glória do Senhor, nas palavras, nas escolhas e nos relacionamentos.
Ore não apenas para obter algo, mas para que Deus seja glorificado em tudo o que você é e faz.
5. O futuro é uma extensão da graça presente
Paulo termina afirmando que a glória de Deus ressoará “em todas as gerações, para todo o sempre”. Isso significa que o poder que opera hoje continuará agindo por toda a eternidade.
O que Deus começou em nós não terminará no tempo. A obra da graça se estenderá até o dia em que o veremos face a face, e então o louvor que começou na Terra ecoará para sempre nos céus.
Portanto, viva com esperança. Cada etapa da caminhada é parte de uma história eterna onde Deus será glorificado em você.
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