Ensinando a próxima geração a viver como cidadãos do céu

Precisamos ensinar a próxima geração a viver como cidadãos do céu.

Se você acha que as coisas estão ruins nos dias de hoje, você deveria recordar, lá no final dos anos 1600 e início dos anos 1700. Apenas um em cada quinze colonos frequentava a igreja no domingo. Escravidão, genocídio e selvageria eram um modo de vida. As mulheres tinham medo de sair à noite por medo de estupro, e os assaltos à mão armada aconteciam em plena luz do dia. A imoralidade era galopante.

O palco estava montado para pregadores ousados ​​inaugurarem o que mais tarde foi chamado de O Grande Despertar, um reavivamento religioso em que um terço dos colonos respondeu ao evangelho, a frequência à igreja se multiplicou, centenas de novas igrejas foram plantadas, seminários foram fundados e a América foi prestes a se tornar a maior nação de envio de missionários da história. 

Você acredita que pode haver outro despertar espiritual hoje? Para que isso aconteça, devemos nos engajar em guerras espirituais em vez de guerras culturais. 

Mais importante ainda, devemos dar nossa melhor energia para passar nosso legado espiritual para nossos netos, que herdarão o futuro.

O diabo tem uma estratégia. Ele quer nos irritar para que lutemos nas batalhas erradas. As batalhas que devemos travar não são contra a cultura de nossos dias, mas pelas almas de nossos próprios filhos. 

Na Grande Comissão de Deus, ele nos chama para ir por todo o mundo e pregar o evangelho. Seu maior campo missionário é aquele que está mais próximo de você, ou seja, sua própria família.

Somos Exilados na Babilônia

Em Jeremias 29, cerca de 600 anos antes de Cristo, lemos que Jerusalém foi destruída pelos babilônios. Os sobreviventes desse holocausto foram arrastados acorrentados para a Babilônia. O povo exilado de Deus desejava desesperadamente voltar para casa.

É difícil viver em uma terra estrangeira. Esses exilados judeus se lembram de um mundo que costumavam habitar e são nostálgicos da Jerusalém de sua infância. 

Muitos de nós desejamos poder voltar para o País de nossa infância, quando os meninos eram meninos, as meninas eram meninas e as pessoas alegremente juravam fidelidade a “uma nação sob Deus”.

É tão tentador se juntar à luta para tornar um País grande novamente, contudo, estamos vivendo, apenas a versão mais recente da Babilônia. 

Vemos o “maligno” em ação nesta cultura, e às vezes queremos sair, assim como aqueles exilados de Jerusalém. Muitas vezes, ficamos cheios de medo quando vemos a velocidade vertiginosa com que as coisas estão mudando neste mundo. 

Sentimos raiva quando vemos o inimigo atingindo nossos filhos e netos por meio das mídias sociais, influenciadores culturais ou o que está sendo ensinado nas escolas.

Então, o que devemos fazer para ensinar nossos netos a viver como cidadãos do céu? Existem algumas coisas importantes que precisamos lembrar.

Lembre-se de como o Senhor espera que nos comportemos

Eu vi postagens no Facebook, e-mails e tweets de cristãos professos, que são absolutamente tóxicos. 

Já vi, portanto, pregadores dizerem coisas odiosas sobre aqueles do outro lado das guerras culturais e políticas. Não fico chocado quando os babilônios agem como babilônios, mas fico desapontado quando aqueles que afirmam que são de Cristo, agem pior do que os babilônios. 

Os cristãos devem viver como cidadãos do céu e assim, exibir os frutos do Espírito. Quando nossos filhos e netos não veem essas qualidades em nós, não podemos culpá-los por duvidar se Jesus realmente faz diferença na vida de alguém.

Em vez de agitar nossos punhos, vamos ficar de joelhos

A questão que muitos grupos de pessoas enfrentaram desde o início dos tempos, nos confronta também, em 2022: como responderemos a um momento de crise existencial? 

Infelizmente, a maioria dos cristãos hoje, não está respondendo com uma visão de mundo espiritual, mas com raiva e frustração. 

Nós polarizamos em vez de orar. Achamos que o problema está no Congresso Nacional, ou no STF, na escola ou no cinema, mas, na realidade, está na Igreja.

Lembre-se de que nossa cidadania está no céu

Em Filipenses 3:20, Paulo lembra a seus companheiros cristãos que “nossa cidadania está nos céus, e dali aguardamos ansiosamente um Salvador, o Senhor Jesus Cristo”. 

Ele deixa, no entanto, duas coisas muito claras: não somos, antes de tudo, patriotas. Nossa cidadania está no céu. Devemos, sobretudo, viver como cidadãos do céu. Prometemos fidelidade ao Rei dos Reis, e nossa Constituição é a Bíblia Sagrada. 

Não esqueçamos que nossa esperança não vem da direita ou da esquerda política, mas de cima. 

Sim, devemos votar no melhor candidato que achamos que tornará este país o mais próspero e pacífico possível para nossas famílias, mas somente Cristo redimirá a nós, nossa família e este mundo.

Somos exilados na Babilônia e é por um bom propósito

Os judeus estavam na Babilônia por desígnio de Deus. Você acredita que o mesmo Deus nos colocou neste lugar em 2022 para um momento como este? 

Na oração de Cristo no Cenáculo, foi isso que ele orou por seus discípulos:

“Minha oração não é que você os tire do mundo, mas que você os proteja do maligno. Eles não são deste mundo, assim como eu não sou dele. Santifica-os pela verdade; tua palavra é a verdade (João 17:15-16).”

Mantenha-se otimista, nossos melhores dias estão por vir

A Babilônia é um lugar arenoso, sujo e desencorajador para se viver, às vezes. Mas, quando Ele estiver pronto, Deus nos levará para a nossa Jerusalém celestial. 

Toda a história se move decisivamente, em direção à Segunda Vinda de nosso Senhor e Rei. Quando parece que o mundo inteiro está fora de controle, podemos ficar desanimados, impacientes e até recorrer a armas carnais de guerra, para tentar derrubar fortalezas espirituais. 

Contudo, lembre-se que a história é a história Dele. Tudo o que está acontecendo hoje, seja, o bom, o ruim e o feio, está jogando direto em suas mãos.

Às vezes tenho medo do mundo que meus netos podem herdar, mas fico ainda mais preocupado com o que eles herdarão na eternidade. 

Estou comprometido, em prepará-los para fazer parte de outro Grande Despertar Espiritual nesta terra. Mas, se isso não acontecer, e eles experimentarem os eventos escatológicos, descritos no livro do Apocalipse, quero ajudá-los a se tornarem fortes o suficiente para defender Jesus, quando aqueles ao seu redor estiverem caindo.

Eu não sei em qual estágio você está de sua vida, contudo, quero lhe lembrar, que é hora de você encarar o que realmente importa para a eternidade, forjando um futuro para as próximas gerações. 

Afinal, as pessoas de mais idade, podem construir pontes de fé para seus filhos, netos, sobrinhas, sobrinhos e outros jovens da próxima geração. Comece os lembrando, de como devem viver como cidadãos do céu, e como devem responder à residência temporária nesta terra.

Não é hora de se aposentar, é hora de reacender. Ao invés de lutar para recuperar o passado, vamos deixar um legado de fé para aqueles que herdarão o futuro.