Estrutura da Pregação: Como Estruturar seu Sermão em 3 Partes Simples

O que vamos trabalhar aqui pode ser utilizado em qualquer tipo de pregação, independente se a Estrutura da Pregação for expositiva, temática, textual ou qualquer outro estilo que você queira utilizar para sua mensagem.

Essas são as 3 partes da Estrutura da nossa pregação:

1 – Primeira parte da Pregação: Introdução

É onde você fala o seu texto de onde vai pregar e literalmente fala o que você vai pregar, sim, deixar explícito. Mesmo que pense que vai surpreender todos com uma verdade ou um ponto único, é importante expor para as pessoas os seus pontos.

Particularmente, eu amo pregar uma mensagem de três pontos. Sempre objetivos. Mais adiante vamos conversar sobre como montar a estrutura do seu sermão. Não tenha medo de ser previsível, porque no final das contas, o seu objetivo é fazer as pessoas raciocinarem junto com você.

Quando você simplifica o caminho que você está levando-as, elas se sentem mais confortáveis. E aquela mensagem que poderia ser cansativa, acaba se tornando algo leve e tranquilo de ouvir pelo simples fato de a pessoa estar ali pensando junto com você.

Quando você tenta complicar e esconder uma verdade, você pode estar falhando na missão de fazer as pessoas pensarem junto com você. Portanto, sua introdução deve ser simples e objetiva, seja claro.

2 – Segunda parte da ESTRUTURA DA Pregação: Corpo

No corpo, na Estrutura da Pregação, é onde os seus pontos serão falados durante a mensagem. Seja um, dois, três, quatro, cinco, realmente não importa, cabe a você definir o quanto você quer falar. Quando falamos de pontos na sua pregação, vamos estruturar o seu ponto para ser o mais eficaz e marcante. Vamos dividir em 4 partes: ponto; explicação; história e aplicação.

A- Ponto

 É sobre o que você vai falar: fé, amor, esperança. Você vai definir conforme o texto que está lendo.

B- Explicação

Quanto a parte da explicação, o que você deve ter em mente é: dependendo de onde você começa a ler o seu texto da sua pregação, existe todo um contexto envolvendo os personagens.

Essa janela da explicação pode e deve ser utilizada para isso. Eu vejo muitas vezes as pessoas contextualizando tudo na introdução, mas eu acredito que quando você traz o seu ponto e contextualiza a pessoa a partir dele, você está trazendo-a junto na história.

Para cada fase da sua pregação ou para cada ponto, você não precisa necessariamente trazer toda a história e contextualizar 100%. Mas, você traz partes que vão agregar valor para a sua mensagem. Nunca tirando nada fora de contexto, sempre sendo fiel ao que a palavra diz.

C- História

A parte da história é uma das mais fundamentais. Jesus que foi um dos maiores comunicadores da história da humanidade, onde seus ensinamentos continuam sendo ensinados depois de 2 milênios… Realmente temos coisas valiosas para aprender com Ele, e como ensinava quando ia pregar para as multidões?

ELE CONTAVA HISTÓRIAS.

Pequenas histórias com uma verdade transformadora, as parábolas eram usadas para ajudar as pessoas a pensarem junto com ele para entenderem o que ele queria falar.

Por exemplo, quando você for pregar sobre amor, conte uma história sua de quando você ajudou alguém.

Se falar sobre fé, conte algo que aconteceu na sua vida que você precisou ter fé para passar por toda a luta.

O ser humano ama uma boa história e um bom contador de histórias. Porque as pessoas amam maratonar séries? Pelo fato de amar a história, o último filme dos Vingadores que foram três horas de filme, eu fiquei vidrado do começo ao fim, pelo simples fato de amar a história contada. Ou seja, entenda que a sua história é valiosa para a sua mensagem.

Não precisa ser necessariamente algo pessoal, você pode contar coisas que leu em livros, viu em filmes ou até mesmo alguém te contou. Essa é a hora que você vai usar uma ilustração para ajudar as pessoas a entenderem a conclusão que você quer chegar.

D- Aplicação.

Chegou a parte mais maravilhosa. Depois que você leu o texto, falou seu ponto, explicou, contou a sua história, chegou a hora de você fazer a sua aplicação.

E para a aplicação é fundamental você ter algumas técnicas para ser mais efetivo. O que separa um pregador comum de um bom é a maneira como ele aplica a Palavra na vida das pessoas.

Agora você tem que dar às pessoas duas coisas: dê algo para eles pensarem e uma forma de agir.

Quando falo de aplicação, a palavra mais importante é VOCÊ! Nunca use o pronome “nós”. Esse é o momento que o comunicador tem que ser direto com o seu ouvinte, fazer a mensagem ser pessoal para ela.

Seja incisivo, seja direto, seja confiante naquilo que você vai falar. Se você usar a frase “Deus tem o melhor para as nossas vidas, Ele quer nos ver feliz”, tem muitas pessoas que não acredita nisso e quando ouve. Existe um bloqueio pessoal e ela acaba não aceitando a mensagem para ela.

Mas, a partir do momento que a frase muda para “Deus tem o melhor para a sua vida, Deus quer você feliz!”, observe que quando você muda o pronome “nós” para “você”, algo aparentemente simples, mas acredite, é uma mudança transformadora.

Nunca se esqueça, portanto, o pronome VOCÊ é algo que nunca pode faltar na aplicação.

Motive-as a agir

Dar para as pessoas algo para pensar e agir é a cereja do bolo, quem nunca saiu de um culto ou de alguma palestra e ficou com a sensação “que mensagem boa”.

Alguém te pergunta o que foi falado e você fala, não lembro, mas foi muito bom. Quem nunca? E nessa hora você como comunicador tem que dar algo para eles agirem, para que sua mensagem seja impactante.

Se está falando sobre o amor de Jesus, ensine na aplicação como eles podem agir como Jesus agiu. Se está falando sobre fé, ensine as pessoas a terem a fé nos momentos necessários. Ou se está falando sobre perseverança, ensine as pessoas a esperarem em Deus. Se está falando sobre qualquer assunto que seja, ensine as pessoas a tomarem uma atitude quanto à situação.

Não traga apenas informações ou estatísticas, mas soluções e algo para as pessoas fazerem.

 3 – Terceira parte da ESTRUTURA DA Pregação: Conclusão

Na conclusão, como a própria palavra diz, você vai concluir. Por mais óbvio que seja e mais bobo que pareça, tem muitos pregadores que se enrolam na hora de finalizar as suas mensagens. Voltam na pregação, falam coisas que esqueceram e acabam se perdendo.

Durante a conclusão é interessante você lembrar todos os pontos da pregação. Fale cada ponto e use uma frase de aplicação que você usou durante a mensagem.

Por exemplo, se você pregou sobre lançar uma semente, onde você usou em sua aplicação que você é apenas o mensageiro, a semente, quem germina é Cristo. Uma maneira simples de concluir essa mensagem seria algo assim: “Não se esqueça, durante essa semana que você possa lançar sementes na vida das pessoas sem medo e sem compromisso. Quem vai fazer a obra é Deus!”.

Algo simples que lembrou o seu ponto e trouxe algo para as pessoas refletirem.

Kenji Hirota

Sou teólogo formado com ênfase na área pastoral pelo Christ for the Nations Institute em Dallas, Texas, USA. Apesar da pouca idade, estou envolvido em liderança desde os meus 12 anos de idade, onde tive a minha primeira oportunidade de pregar. Quando fiz 14 anos, comecei uma banda e um ministério e viajava pelo Mato Grosso nos finais de semana para ministrar a palavra e cantar, parei aos 18 anos quando fui estudar no CFNI Hoje estou fazendo psicologia na PUC Curitiba onde quero agregar valor ao meu ministério pastoral. IG: @kenjii_hirota

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