O que a bíblia fala sobre a guerra em Israel? É um sinal do fim dos tempos?

Nos últimos dias, o tema da escatologia ou o estudo do Fim dos Tempos, atraiu considerável interesse, especialmente devido aos eventos em curso no Oriente Médio, que parecem ecoar as profecias bíblicas.

Com a escalada da violência, instabilidade política e conflito em Israel, muitos estão examinando as escrituras com enorme interesse, buscando esclarecer os acontecimentos atuais e as previsões bíblicas.

Em meio às discussões e especulações disseminadas por notícias, redes sociais e comunidades religiosas, surge a questão: estaremos testemunhando os prenúncios de um plano divino em pleno desenrolar diante de nós, com a guerra em Israel como um ponto principal?

A Bíblia delineia uma série de eventos e sinais que precederão a segunda vinda de Jesus. Diante disso, é inevitável questionar: será que a guerra em Israel figura como um desses sinais do fim dos tempos? Vamos então entender melhor essas questões, a seguir.

O que é e quando acontecerá o fim do mundo?

segunda vinda de Cristo

O tempo do fim é um tema principal nas escrituras cristãs, especialmente após a ressurreição de Jesus. Em Mateus 28:16-20, após sua ascensão, Jesus incumbiu seus discípulos com uma missão importantíssima, conhecida como “A Grande Comissão“.

Ele declarou sua autoridade sobre o céu e a terra e os instruiu a fazer discípulos de todas as nações, batizando-os e ensinando-os a seguir seus mandamentos. Esta comissão é essencial para entender não só a maneira como Jesus retornou ao céu, mas também sua futura volta à terra.

Desde então, vivemos em um período crucial, o “fim dos tempos”, marcado pelo início do relógio profético após a ascensão de Jesus.

Portanto, é fundamental reconhecer não apenas o evento da ascensão de Jesus, mas também o que ele implica para nós como crentes enquanto aguardamos Sua segunda vinda.

Restauração de Israel como nação

restauração de Israel como nação

Desde a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto, vários países uniram-se para trazer de volta Israel à sua terra natal. Em 14 de maio de 1948, Israel renasceu, cumprindo assim a profecia estabelecida em Ezequiel 34:13. Com essa restauração, muitos crentes começaram a refletir sobre o que mais era necessário antes do retorno de Cristo.

O restabelecimento de Israel é amplamente considerado como o cumprimento direto da profecia bíblica. Pavimentando, assim o caminho para futuros eventos proféticos. Contudo, isso tem gerado especulações sobre os sinais e os tempos que podem indicar o retorno iminente de Cristo.

Sendo assim, agora vamos entender melhor porque a guerra em Israel é interpretada como um sinal dos tempos finais e da segunda vinda de Cristo.

Batalha de Gogue e Magogue

No capítulo 38-39, Ezequiel descreve eventos que precedem o retorno de Cristo, incluindo a invasão de Israel por um país ao Norte, conhecido como Magogue. Além disso, há menção de uma aliança entre Magogue e a Pérsia, que atualmente é conhecida como Irã. Muitos estudiosos interpretam Magogue como a Rússia moderna.

A recente aliança militar entre Irã e Rússia, observada desde meados de 2022, como apontado por John Kiry do Conselho de Segurança Nacional, é um sinal marcante que indica o cumprimento dessas profecias. A série de ataques ocorridos desde 2023, incluindo os mais recentes nas últimas semanas, destaca a crescente tensão na região.

No entanto, é interessante distinguir este conflito atual de Israel com a batalha mencionada em Apocalipse 20, a qual envolverá todas as nações, não apenas as do Norte. Muitos crentes interpretam o conflito em curso no Oriente Médio e as alianças emergentes como precursoras dos eventos profetizados que antecedem o retorno de Cristo.

As escaladas recentes nos confrontos militares em Israel, evidenciadas por ataques frequentes, são especialmente preocupantes para aqueles que acompanham de perto as profecias bíblicas.

Eles argumentam que esses eventos estão alinhados com narrativas proféticas que prevêem provações severas em Israel antes da reconciliação e da paz definitivas.

O aumento dos conflitos em um momento em que as alianças entre antigos adversários estão se fortalecendo adiciona peso significativo a essa interpretação. Alimentando intensos debates entre os fiéis sobre a proximidade do fim dos tempos.

Novilha vermelha em Israel

novilhas vermelhas em Israel

Descobertas recentes, como a chegada de novilhas vermelhas a Israel, desencadearam especulações sobre os eventos profetizados, especialmente diante da iminente guerra em Israel.

Em setembro de 2022, cinco novilhas vermelhas, enviadas por um fazendeiro cristão do Texas ao Instituto do Templo em Jerusalém, causaram alvoroço global.

Recebidas por uma multidão de aproximadamente 300 pessoas, as novilhas vermelhas foram inspecionadas e aprovadas por rabinos judeus antes de serem abrigadas em uma fazenda em Haifa.

Este acontecimento, ausente por dois milênios, assume relevância profética para o Fim dos Tempos, pois muitos vinculam sua presença a reconstrução do Terceiro Templo de Jerusalém, considerado necessário antes do arrebatamento.

Outro ponto de interesse é a profecia de Zacarias 14:1-21, que descreve ataques contra Jerusalém durante a festa dos Tabernáculos, coincidindo com os ataques a Israel em outubro de 2023.

Esses versículos também sugerem uma praga, possivelmente aludindo à iminente ameaça nuclear. Não se trata de disseminar o medo, mas de estar vigilante diante do que está por vir, em consonância com os eventos já presenciados.

O que significa o anti-semitismo?

O anti-semitismo, que se intensifica durante períodos de conflito, como a atual guerra em Israel, é uma expressão de ódio e discriminação contra o povo judeu. Este fenômeno, profetizado nas escrituras como um sinal dos tempos finais, está se tornando cada vez mais evidente. De acordo com Zacarias 12:3, Jerusalém se tornará um ponto de contenda, refletindo a intensidade dos conflitos na região.

Em meio a essa turbulência, é importante para os cristãos defenderem Israel, reconhecendo-o como o povo escolhido por Deus.

Deuteronômio 7:6 reforça essa posição, destacando que Israel é uma nação escolhida do Senhor. Assim, é imperativo apoiar Israel, mesmo quando confrontado com oposição e hostilidade.

Sabendo que os cristãos são chamados a apoiar Israel e a agir como pacificadores. Sendo portadores de esperança em meio à violência e ao ódio. Isso implica em orar fervorosamente pela paz na região, promover a justiça e a reconciliação, e oferecer apoio às vítimas do conflito.

Participar de diálogos informados e compassivos sobre a situação pode ajudar a dissipar a desinformação e reduzir a propagação do ódio.

Em última análise, seguindo os princípios de amor, misericórdia e justiça ensinados por Cristo, os cristãos podem desempenhar um papel significativo na redução das tensões e na construção de um futuro mais pacífico para Israel e seus vizinhos. Este é um momento crucial para agir em solidariedade e promover a paz na região, acabando com anti-semitismo.

Qual o papel da igreja nesse tempo final?

orai pela paz de jerusalém

Quando nos deparamos com notícias sobre a guerra em Israel, assim como outras profecias como as novilhas vermelhas e terremotos, surge a questão: o que devemos fazer diante disso tudo? Em vez de ceder ao medo e pensar em estocar comida e construir bunkers, é crucial direcionar nosso foco para Deus. Como enfatizado em Lucas 21:28, devemos manter nossa fé e esperança, pois é um sinal de que a nossa redenção está próxima.

Como cristãos, é fundamental aproveitar este momento para compartilhar ativamente o evangelho com aqueles ao nosso redor. Devemos também priorizar o cultivo do nosso relacionamento pessoal com Deus, além de perseverar na oração.

Este período desafiador não deve ser encarado com temor, mas como uma oportunidade de vivermos conforme o propósito que Deus nos destinou.

Mesmo sem saber o momento exato do retorno de Cristo, podemos reconhecer a realização dessas profecias e fortalecer nossa fé na fidelidade de Deus à Sua Palavra. Que possamos continuar intercedendo por Israel nos dias que estão por vir.

Indiara Lourenço

Com mais de 20 anos atuando na Pregação e Ensino, Indiara possui experiência em ministério infantil, jovem e feminino. Estudante de Teologia e ministra aulas na EBD. Mãe, esposa e serva que ama fazer a obra de Deus. Contagia a todos com sua alegria e inspira com palavras motivadoras, deixando um impacto positivo por onde passa.

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