O que significa perdoar e ser perdoado?
O perdão pode ser considerado um das grandes virtudes, mas também uma das mais mal interpretadas, mal compreendidas e mal praticadas no cristianismo. Normalmente, o perdão envolve dois indivíduos principais ou até mesmo partes. O ofendido e o ofensor. O que significa o perdão para o ofendido? O que significa ser perdoado para o ofensor? Esperamos que você ache este post de blog útil em sua vida pessoal, bem como no ministério.
Se você for a vítima:
1. O perdão não é um sinal de fraqueza
As pessoas pensam que perdoar as transforma em um capacho. Especialmente os homens, acham difícil perdoar porque acreditam que perdoar é um sinal de fraqueza e revidar é um sinal de força. A verdade é que o perdão é a porta de entrada para o poder e a cura de Deus.
2. O perdão é incondicional
É uma transformação de atitude e resposta em relação ao ofensor que ocorre dentro do coração da vítima. A parábola do servo sem misericórdia em Mateus 18:21-35 ilustra esta verdade perfeitamente.
3. Perdoar significa usar os sapatos do culpado
Todos nós cometemos erros. Todos nós somos pecadores salvos pela graça. Assim, o perdão é libertar o prisioneiro e perceber que o prisioneiro às vezes pode ser eu (Mateus 18:34).
4. O perdão é um modo de vida
A indústria cinematográfica impõe a ideia de que o perdão é apenas para eventos catastróficos. Não é assim. O perdão é um modo de vida (Efésios 4:32).
5. O coração é a fonte do verdadeiro perdão
O perdão não é meramente uma questão de mente, mas perdoar de coração (Mateus 18:35)
6. Perdoar significa esquecer.
Esta afirmação não faz nenhum sentido quando tomada pelo valor superficial, porque você não pode realmente fingir que nada aconteceu (por exemplo: um cônjuge infiel, abuso sexual, mas não limitado a…) Na verdade, significa decidir não se debruçar sobre o incidente (Romanos 12:2) e constantemente reafirmando seu perdão para o ofensor até que a dor desapareça.
7. O perdão é humanamente impossível
O perdão requer a graça de Deus, pois muitas vezes tendemos a ficar sem amor incondicional.
8. Orar pelo inimigo não vai mudá-lo
Orar pelo inimigo não vai mudá-los, mas sempre nos muda. Quando oramos pelo inimigo, estendemos a graça a eles, como Deus estendeu graça a nós (Mateus 18:33).
Se você é o culpado:
1. Perdão e confiança
O perdão não é a restauração instantânea da confiança. O perdão é um presente; enquanto a confiança é conquistada. Por exemplo, uma esposa pode perdoar seu marido infiel. Mas ninguém pode culpá-la por não confiar em seu marido como estava acostumada.
2. Perdão e confronto
O perdão não isola o ofensor de seus direitos. O ofendido pode procurar resolver a mágoa e tentar restaurar o relacionamento. (Até mesmo psiquiatras seculares encorajam seus pacientes a confrontar o ofensor) Mateus 15:18-19 nos ensina o processo.
3. Perdão e consequências
O perdão não anula as consequências naturais. Um homem colhe o que semeia. Embora o rei Davi tenha sido perdoado, ele teve que enfrentar as consequências de seu pecado a longo prazo (a morte do filho de Bate-Seba, Amnom, e Tamar, Absalão).
4. Perdão e justiça
O perdão não é a maneira como governamos a sociedade. A justiça deve prevalecer ou a sociedade desmoronará (Romanos 13:1-5). Assim, o perdão não é perder a justiça, mas apelar para um tribunal superior onde a justiça será feita. Além do perdão é o que acontece comigo internamente no nível do coração.
5. Perdão e disciplina
O perdão não é minimizar ou banalizar o pecado. Pecado é pecado e o mal é mal. Portanto, a disciplina é necessária.
6. Perdoar não é tolerar abusos
Um marido abusivo não pode esperar que sua esposa tolere seu comportamento em nome do perdão, porque o perdão não é permanecer em uma situação altamente violenta e abusiva e deixá-la ocorrer de novo e de novo.
Extraído do site Virtualpreacher.org.