O Segundo Grande Despertar: Avivamento Espiritual no Mundo

O homem comum precisa sentir que pertence a algo maior para dar sentido a sua existência. É nesse sentido que o Segundo Grande Despertar se tornou um episódio marcante na trajetória do evangelho no século XIX.

Como seres humanos, sabemos que esta terra não é um lugar seguro para viver. Aqui, estamos sujeitos às mudanças climáticas, desastres ecológicos, pobreza, injustiças e medo.

Por esse motivo, ao longo da nossa existência, buscamos diversas respostas para nos relacionarmos com algum um ser superior. 

Para os Cristãos, este ser tem nome, tem história, e nos diz que se desejarmos, Ele visita o nosso coração.

É nesse contexto que alguns momentos da história da humanidade se destacam como pontos cruciais de transformação espiritual e cultural. 

Primeiro veio Abraão mostrando que há um único Deus, até chegarmos a Jesus que nos ensinou como podemos andar com o Pai.

E foi a partir de Jesus Cristo que recebemos a receita para receber a presença de Deus em nós, conforme sua promessa em Atos 2:1-4.

“Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados.” 

Para entender melhor o papel do Segundo Grande Despertar, nas décadas de 1820 e 1830, e como ele reverbera até os dias atuais, continue lendo.

Quando aconteceu o Segundo Grande Despertar?

O Segundo Grande Despertar, que se estendeu aproximadamente entre as décadas de 1790 e 1840, foi um fenômeno que transcendeu as fronteiras denominacionais. 

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Precisamos reconhecer, portanto, que ele teve um papel fundamental de unir cristãos de diversas tradições em um fervor espiritual. 

Este período, na verdade, havia uma crescente secularização e distanciamento espiritual na sociedade estadunidense da época. 

As pessoas haviam se afastado de Deus ao longo dos anos. A sociedade estava espiritualmente doente, descrente e sem aquela esperança de que havia alguém maior para protegê-los.

Foi nesse contexto que surgiram líderes religiosos como Charles Finney e Lyman Beecher como protagonistas desse movimento. Eles pregavam uma mensagem de avivamento e exortação em busca de uma relação mais profunda com Deus.

Assim, a partir das experiências individuais, a fé de muitos cristãos se renovou e novas almas passaram a buscar a Deus.

Qual era a argumentação teológica desses líderes?

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A base teológica do Segundo Grande Despertar estava enraizada na convicção da necessidade de um encontro pessoal com Deus. Eles podem ter usados citações bíblicas como Hebreus 11:6 que diz:

“Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.”

Podemos entender, nesse sentido, que a ênfase na experiência espiritual direta e na conversão pessoal destacou a importância da relação individual com o divino. 

Assim, este movimento teve uma profunda influência na teologia evangélica, pois ajudava as pessoas compreenderem que a fé cristã não se alcançava por herança, mas pela vivência pessoal e autêntica com Deus.

A importância das citações bíblicas neste movimento

Ao analisarmos as raízes teológicas do Segundo Grande Despertar, é impossível ignorar a riqueza das citações bíblicas que permeiam as pregações da época. 

Para eles a Bíblia era autoridade suprema e única fonte que poderia guiar os fiéis em sua jornada espiritual.

O livro de Atos, por exemplo, tornou-se uma fonte frequente de inspiração, narrando os avivamentos e as experiências transformadoras da igreja primitiva.

“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, de sorte que venham os tempos de refrigério, pela presença do Senhor” (Atos 3:19).

Pelo sucesso desse projeto, não há dúvidas de que os líderes encaravam com seriedade a mensagem que transmitiam. 

Assim, utilizando os textos bíblicos para comunicar verdades eternas de maneira clara e acessível, eles ressaltaram a importância da mensagem que compartilhavam.

Como funcionava na prática essa proposta de avivamento espiritual no Segundo Grande Despertar?

O primeiro passo era mostrar aos cristãos a condição humana caída e a necessidade de redenção, conduzindo os ouvintes a uma reflexão profunda sobre sua própria espiritualidade. 

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Em seguida, apresentavam uma solução na pessoa de Cristo, enfatizando, assim, a necessidade de uma resposta pessoal à mensagem do evangelho.

O segundo passo ia além de despertar uma consciência espiritual. O processo também estimulava o comprometimento e engajamento com a busca pelo Reino de Deus.

Assim, não bastava frequentar os cultos, era necessário também buscar uma transformação individual e social para construir uma sociedade mais justa e compassiva.

Podemos aprender com o evento do Segundo Grande Despertar que Deus sempre está disposto a nos aproximar Dele. De tempos em tempos, o ser humano se desgarra da sua presença, se sente só, muda seu entendimento espiritual e volta a buscá-lo.

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Josiane Silva

Olá, eu sou a Josiane Silva, mãe, avó e procuro servir a Deus. Amo estudar a bíblia para compreender o comportamento humano. Afinal podemos aprender muito com as histórias dos outros, não é mesmo? Como gosto muito de ler e de escrever, também trabalho como redatora freelancer.

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