Quem era a “rainha dos céus” mencionada em Jeremias 7:17-18?

No livro de Jeremias, mais precisamente nos versículos 7:17-18, encontramos uma menção intrigante à “rainha dos céus”. Mas afinal, quem era essa misteriosa figura? Para compreendermos melhor, é necessário explorar a história e as crenças da época.

Mas, antes, vamos ver o texto bíblico:

17 Porventura não vês tu o que andam fazendo nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém? 18 Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres preparam a massa, para fazerem bolos à rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira.

Jeremias 7:17-18

A conexão com a deusa Astarote

A opinião mais coerente entre os estudiosos é a de que o profeta Jeremias estava se referindo à deusa Astarote, também conhecida como Astarte. Vários povos da região adoravam Astarote, e especialmente os sidônios a veneravam, que a associavam ao amor e à guerra.

Na mitologia antiga, Astarote era considerada a rainha dos deuses e governante do céu. Ela era frequentemente retratada como uma deusa da fertilidade, associada à maternidade e ao poder feminino. Além disso, também ele recebia culto como uma divindade guerreira, capaz de trazer vitória nas batalhas.

A adoração pagã e a crítica profética

A menção de Jeremias à “rainha dos céus” ocorre no contexto de uma crítica ao povo de Israel por sua prática de adoração pagã. O profeta alertava sobre a idolatria e a busca por outras divindades, em vez de adorar somente o Deus verdadeiro.

A referência à Astarote era uma maneira de denunciar a influência das crenças e práticas estrangeiras na sociedade israelita.

A adoração a Astarote era comum em várias civilizações antigas, incluindo os cananeus e outros povos vizinhos de Israel. Seu culto envolvia rituais e sacrifícios, e muitas vezes estava associado à prostituição sagrada, onde mulheres dedicavam-se ao serviço religioso em templos.

O significado espiritual

A menção de Astarote por Jeremias tinha um propósito espiritual claro: alertar o povo sobre as práticas idolátricas e a necessidade de se voltar para o Deus verdadeiro.

Ao chamar atenção para a “rainha dos céus”, o profeta desejava despertar uma reflexão profunda sobre a adoração a falsos deuses e a importância de se manter fiel à fé em Yahweh.

Embora a identidade exata da “rainha dos céus” mencionada por Jeremias permaneça um tanto misteriosa, os indícios apontam para a deusa Astarote.

Essa menção serve como um lembrete poderoso sobre os perigos da idolatria e a importância de cultivar uma fé verdadeira no Deus supremo.

Além disso, a história nos ensina valiosas lições sobre o equilíbrio entre crenças culturais e a adoração a um único e verdadeiro Deus.

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