Semana Santa: O que Jesus fez nos Seus últimos 7 dias na terra
Estamos em meados de 2024 e ainda temos muitas pessoas que se perguntam sobre qual o significado da semana santa, ou então, o que Jesus fez em seu ministério nos seus últimos 7 dias na terra. Pois bem, vamos desvendar e responder essas perguntas neste estudo bíblico.
A última semana de Jesus começou no Domingo de Ramos, nome dado em referência ao gesto das pessoas que estendiam suas vestes pelo caminho e de outros que cortavam ramos de árvores para homenagear ao Messias.
Além disso, o Domingo de Ramos marcou o início da semana mais premeditada e calculada da vida de Cristo.
Os Evangelhos não se apresentam como biografias lineares. Cada um compartilha algumas palavras sobre Seu nascimento, uma frase para descrevê-Lo dos 18 aos 30 anos e, em seguida, concentra dois terços de seu conteúdo em um curto período de 3 anos e meio. O terço final de cada Evangelho trata dos últimos 7 dias do ministério de Cristo.
Sendo assim, selecionei uma lista com as principais feitos e realizações neste período dos seus 7 últimos dias na terra, denominado como semana santa, até o domingo da ressurreição.
1. Domingo
No Domingo de Ramos, seis dias antes da crucificação, Jesus realizou Sua entrada triunfal em Jerusalém montado em um jumento, como profetizado em Zacarias 9:9. Conforme narrado nos quatro Evangelhos (Mateus 21:1-9; Marcos 11:1-11; Lucas 19:29-44; João 12:12-19), tanto a profecia do Testamento Antigo quanto o cumprimento por Jesus são destacados.
Ao aproximar-se de Jerusalém e chegar a Betfagé, no Monte das Oliveiras, Jesus comissionou dois discípulos, a procurar uma jumenta amarrada com seu jumentinho. Ele disse-lhes para desamarrá-los e trazê-los, explicando que, se alguém questionasse, deveria dizer que o Senhor havia solicitado, e para que necessariamente fossem liberados.
Isso ocorreu para cumprir a profecia que dizia:
“Diga à filha Sião: ‘Veja, seu rei vem até você, gentil e montado em um jumento, e em um jumentinho, filho de jumenta.'” (Mateus 21:5)
Os discípulos seguiram as instruções de Jesus, trazendo o jumento e o jumentinho, sobre os quais colocaram suas capas para que Jesus pudesse sentar. Enquanto uns estendiam suas capas na estrada, outros cortavam galhos das árvores para espalhá-los pela estrada. Tanto os que estavam à frente quanto os que o seguiam clamavam: Hosana ao Filho de Davi! Bendito aquele que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!” (Mateus 21:1-9).
Naquela noite, Jesus retornou pelo Monte das Oliveiras até a vila de Betânia, para a casa de seus amigos Maria, Marta e Lázaro. Durante seu ministério, muitas vezes optava por ficar com seus amigos mais próximos, e a casa deles era uma de suas escolhas. Durante sua última semana, Jesus dormia lá todas as noites (Marcos 11:11; Lucas 19:37).
2. Segunda- feira
No dia seguinte, enquanto saíam de Betânia, Jesus, que estava com fome, avistou ao longe uma figueira com folhas e foi verificar se ela tinha algum fruto. Ao chegar lá, não encontrou nada além de folhas, pois não era época de figos.
Jesus então amaldiçoou a figueira fora de época por não ter figos. No entanto, foi realmente simbólico, pois no Antigo Testamento, os figos representavam a nação de Israel. Jesus estava declarando que a nação de Israel havia se tornado espiritualmente falida, estando morto fora de época (Mateus 21:18-22; Marcos 11:12-14).
Posteriormente, à tarde, Jesus adentrou Jerusalém e purificou o Templo, que havia se transformado em um mercado para a compra e venda de animais destinados aos sacrifícios no altar. Os cambistas estavam praticando seu trabalho fraudulento, transformando o que antes era um lugar sagrado em um chiqueiro.
“Então, entrando ele no templo, começou a expulsar os que ali vendiam, dizendo-lhes: Está escrito: A minha casa será casa de oração; vós, porém, a fizestes covil de salteadores.” (Lucas 19:45-46)
3. Terça-feira
Na terça-feira, Jesus teve um dia agitado em Jerusalém. Ele dedicou o dia inteiro a debates com líderes religiosos, compartilhando parábolas e realizando curas. Entre as parábolas ensinadas estão a da Grande Ceia, dos servos bons e maus, das dez virgens, dos dois filhos, do dono da vinha, do banquete de casamento e dos dez talentos (Mateus 21:23-39; Marcos 11:20- 12:44; Lucas 20:1-21:4; João 12:20-50).
Além disso, Jesus proferiu o Mandamento Maior:
“Ame o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e o teu próximo como a ti mesmo.” (Mateus 22:37)
Ele também pronunciou tristezas sobre os escribas e fariseus, destacando suas contradições e hipocrisias (Mateus 23:13-39).
Por outro lado, Jesus elogiou a oferta da viúva que, mesmo possuindo pouco, doou tudo o que tinha para o tesouro do templo (Lucas 21:1-4). Quando confrontado pelos fariseus sobre impostos os romanos, Jesus respondeu com sabedoria: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Marcos 12:17; Lucas 20:20-26), deixando os líderes judeus perplexos .
Em segredo, Jesus mais uma vez predisse Sua morte e ressuscitara aos discípulos, embora estes não compreendessem plenamente Suas palavras. No Monte das Oliveiras, Jesus chorou ao contemplar a iminente destruição de Jerusalém (Mateus 24).
Jesus passou a noite ensinando o Discurso Escatológico do Monte das Oliveiras, revelando sinais e maravilhas que precederiam Sua segunda vinda. Ele alertou sobre os eventos catastróficos que assolarão o mundo, mas também ofereceu esperança na redenção futura (Mateus 24-25; Marcos 13; Lucas 21:5-38).
“E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas. E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima.” (Lucas 21:25-28)
4. Quarta-feira
Na quarta-feira, durante a noite, ocorreu o destaque do dia: Maria ungiu Jesus em Betânia (Mateus 26:6-13; Marcos 14:3-9; João 12:1-8). Este momento foi especialmente significativo para Jesus, pois, em 36 horas, Ele estaria na cruz, e Maria foi a única a conceber a crucificação e a subsequente ressurreição. Enquanto ela lava os pés de Jesus com perfume e adorava, imagino os olhares compreensivos entre os dois.
Porém, de repente, Judas interrompeu: “Que desperdício! Por que ela está gastando isso contigo?” Você pode imaginar o quanto isso deve ter sido triste. Jesus, no entanto, defendeu Maria, confirmando sua ação como maravilhosa, pois ela estava ungindo Seu corpo para o enterro enquanto Ele ainda estava vivo para apreciá-lo.
Naquela época, não era comum tomar banho com frequência, então fico imaginando se Jesus sentiu o perfume de Maria enquanto estava na cruz. Olhando da cruz, Ele deve ter sentido uma gratidão especial por Maria, confirmando-a como a única que compreendeu verdadeiramente tudo que estava para acontecer.
Mais tarde naquela noite, logo após o jantar, Judas planejou trair Jesus (Mateus 26:14-16): Ele foi aos principais sacerdotes e propôs entregá-los em troca de trinta moedas de prata. A partir desse momento, Judas obteve uma oportunidade para cumprir sua traição.
5. Quinta-feira
Na quinta-feira, no Cenáculo, Jesus e seus discípulos celebraram a Páscoa e a Ceia do Senhor. Ao anoitecer, Jesus estava reclinado à mesa com os Doze discípulos. Enquanto comiam, ele afirmou: “Em verdade vos digo: um de vocês me trairá”. Eles ficaram muito tristes e começaram a questionar um após o outro: “Certamente você não está se referindo a mim, Senhor?”
Jesus respondeu: “Aquele que colocou comigo a mão na tigela me trairá. O Filho do Homem irá conforme está escrito a seu respeito. Mas ai daquele que trai o Filho do Homem! Seria melhor para ele se não tivesse nascido.”
Então Judas, aquele que o trairia, perguntou: “Certamente você não está se referindo a mim, Rabino?” Jesus confirmou: “Você disse isso”.
Enquanto compartilhavam da refeição, Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo: “Tomai e comei; Esse é o meu corpo.” Em seguida, ele pegou um copo, deu graças e o passou a eles, dizendo: “Bebam dele, todos vocês. Pois, este é o meu sangue, que é derramado por vós para perdão dos pecados. Eu vos digo que de agora em diante não bebai deste fruto da videira até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai.” (Mateus 26:20-29)
Logo após compartilharem o pão e o vinho, os discípulos começaram a discutir sobre qual deles era o maior ( Lucas 22:31-38 ). Jesus, que estava entregando Sua vida, presenciava a cena. Então Jesus previu a negação de Pedro, e Pedro declarou:
“Mesmo que eu tenha que morrer contigo, nunca te negarei”. E todos os outros discípulos fizeram a mesma afirmação ( Mateus 26:31-35 ).
Mas Jesus sabia que eles iriam fugir.
Naquela noite, Jesus deu Seu discurso de despedida aos Discípulos: “Todos os homens saberão que sois meus discípulos, pelo vosso amor uns pelos outros” (João 13:35).
Jesus demonstrou que estava partindo. Os discípulos ficaram bastante consternados.
Filipe disse: “Você não pode partir agora! Não sabemos para onde você está indo, não sabemos como chegar lá e, além disso, nem sabemos quem você é!”
Jesus respondeu: “Filipe, você ainda não sabe quem eu sou?”
Jesus agora está transferindo a responsabilidade do Seu ministério para seus seguidores (João 14:5-14).
Finalmente, antes de sair do Cenáculo, Jesus fez Sua oração intercessória por seus discípulos em João 17.
Jesus juntamente com seus discípulos seguiram para o Jardim do Getsêmani. Enquanto orava em agonia, implorando a Deus que evitasse o cálice do sofrimento, Ele pediu-lhes que orassem por Ele. Por ser totalmente humano (e também totalmente Deus), Ele realmente precisa do conforto e do apoio deles.
Mas o Seus discípulos adormeceram e O deixaram sozinho.
Imagine a decepção em sua voz quando ele disse: “Então nem uma hora pudeste velar comigo?”
E enquanto, Ele falava com Seus discípulos, naquela angústia terrível, eis que chegou Judas, aquele que iria de traí-Lo com um beijo.
Judas, conhecia aquele lugar, pois era acostumado se reunir ali com Jesus e os demais discípulos. Então Judas chegou ao jardim, acompanhado de muitos soldados e alguns oficiais dos principais sacerdotes e dos fariseus. Eles carregavam lanternas archotes e armas.
Jesus, ciente de tudo o que estava prestes a acontecer, saiu e perguntou-lhes: “Quem é que vocês querem?”
“Jesus de Nazaré”, responderam eles.
“Eu sou ele”, disse Jesus. (E Judas, o traidor, estava ali com eles.) Quando Jesus disse: “Sou eu”, eles recuaram e caíram no chão.
Ele perguntou novamente: “Quem vocês querem?”
“Jesus de Nazaré”, disseram eles.
Jesus respondeu: “Eu já disse que sou eu. Se você está procurando por mim, então deixe esses homens irem.” Isso aconteceu para que se cumprissem as palavras que ele havia aqui: “Não perdi nenhuma dessas que você me deu”. (João 18:2-9)
Jesus foi preso e levado para a casa de Anás e, posteriormente, para Caifás, o sumo sacerdote, na manhã de sexta-feira.
6. Sexta-feira
Na sexta-feira, Judas, cheio de profundo remorso, decidiu se enforcar (Mateus 27:3-11; Atos 1:18). Embora Jesus tenha afirmado que Judas foi predestinado a traí-lo, este poderia ter optado por retornar a Jesus, arrepender-se e buscar perdão. Cristo certamente o teria perdoado, pois morreu por todos, incluindo Judas.
Após sua prisão, Jesus foi levado à casa de Anás e Caifás para um julgamento ilegal pelos líderes judeus, que planejaram matá-lo (Mateus 27:2). Posteriormente, os judeus o levaram a Pilatos e depois a Herodes, onde ele foi escarnecido, ridicularizado e coroado de espinhos. Herodes trouxe de volta a Pilatos, ambos relutantes em condená-lo à morte. No entanto, o povo clamou pela libertação de Barrabás em vez de Jesus (Mateus 27:11-31; Marcos 15:1-20; Lucas 23:1-25; João 18:18 – João 19:16).
Pilatos, desejando libertar Jesus, tentou convencer novamente a multidão, porém esta continuava a gritar: “Crucifica-o! Crucifica-o!” Após a terceira tentativa de Pilatos de questionar a razão das instruções, cedendo à pressão popular, ele decidiu atender ao pedido e entregar Jesus à vontade deles (Lucas 23:20-25).
Enquanto Jesus era arrastado entre Caifás, Pilatos e Herodes, Pedro negou seu Senhor três vezes. (Mateus 26:57 – Mateus 27:10; Marcos 14:53-72; Lucas 22:54-71; João 18:12 -27).
Numa conversa entre Jesus e Pilatos sobre a verdade, Pilatos finalmente o condenou à morte, ordenando seu açoitamento e subsequente crucificação. Lavando as mãos em sinal de sua suposta inocência, Pilatos entregou Jesus para ser crucificado (Mateus 26:47-56; Marcos 14:43-52; Lucas 22:47-53; João 18:1-11).
Jesus foi então crucificado.
“Quando chegaram ao lugar chamado Caveira, ali o crucificaram, junto com os malfeitores, um à sua direita, outro à sua esquerda” (Lucas 23:33).
Durante esse processo, Ele proferiu suas últimas palavras:
- Mateus 27:46 relata que, por volta da hora nona, Jesus clamou em alta voz: “Eloi, Eloi, lama sabactani?”, que significa: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”
- Jesus também disse: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34).
- “Em verdade te digo: hoje você estará comigo no paraíso” (Lucas 23:43).
- “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lucas 23:46).
- Dirigindo-se à sua mãe e ao discípulo amado, Jesus disse: “Querida mulher, aqui está seu filho!” e “Aqui está sua mãe!” (João 19:26-27).
- Ele expressou sua sede, dizendo: “Tenho sede” (João 19:28).
- E finalmente declarou: “Está consumado!” (João 19:30).
Naquela noite, José de Arimateia pediu o corpo de Jesus a Pilatos. Ele e Nicodemos envolveram o corpo com especiarias e linho, seguindo os costumes judaicos, e os colocaram num túmulo guardado pelos soldados romanos (João 19:38-42).
7. Sábado
No sábado, penúltimo dia da semana santa encontramos Jesus no túmulo, onde pregou aos espíritos na prisão.
“Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito; No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água;” (1 Pedro 3:18-20)
Há muita discussão sobre as atividades de Cristo no sábado. Alguns interpretam estes versículos para sugerir que Jesus pregou o evangelho aos que viveram antes de Sua crucificação e ressurreição, oferecendo-lhes a oportunidade de aceitá-Lo como Senhor e Salvador.
Outros especulam que Ele desceu ao inferno e experimentou seus horrores e sofrimentos. Talvez Ele tenha sido simplesmente permanecido no túmulo.
Não temos certeza do que Ele estava fazendo exatamente no sábado, a única coisa que sabemos é que no domingo Ele ressuscitou.
8. Domingo
Domingo marca a Ressurreição!
“E, entrando no sepulcro, viram um jovem assentado à direita, vestido de uma roupa comprida, branca; e ficaram espantadas. Ele, porém, disse-lhes: Não vos assusteis; buscais a Jesus Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram.” (Marcos 16:5-6)
Posteriormente, Simão Pedro chegou ao sepulcro e, ao entrar, deparou-se com as roupas de linho dispostas no chão e o lenço que cobria a cabeça de Jesus, não misturado às demais vestimentas, mas separado em um local específico. Logo em seguida, o outro discípulo, João, entrou e viu, o que o levou a crer. (João 20:3-8)
Mas, o que contribuiu para a fé de João? Jesus foi envolvido em múltiplas camadas de panos funerários de linho, com especiarias entre as dobras, antes de ser sepultado. Com Sua ressurreição, Ele transformou essas vestes e bandagens, que estavam intactas onde Seu corpo estava enrolado.
Conclusão
Para concluirmos, nesta Semana Santa, a nossa redenção foi selada pelo sacrifício supremo de nosso Salvador; como Ele mesmo disse:
“Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” (João 15:13).
Que possamos ser gratos pelo sacrifício de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que na semana santa e no domingo de páscoa, o coelhinho com seus muitos chocolates não venham roubar a nossa atenção, mas que venhamos celebrar o Cristo que morreu mas ao terceiro dia ressuscitou.
Que Deus em Cristo vos abençoe!
Glória a Deus pela palavra e explicação, pois espero que através da mesma muitas vidas venham ser alcançadas e abençoadas. Brevemente começarei a fazer teologia também. Pois quero aprender mas de Deus e ser instrumento em suas mãos, assim como a Sra Indiara Lourenço . Parabéns a vc .
Glória Deus!!
Que o bom Deus abençoe sua vida sua família!
Que vidas sejam alcançadas através da palavra de Deus nessa publicação!
Deus seja louvado!