Reflexões sobre a volta de Jesus e a vigilância da Igreja

Como a Parábola das Dez Virgens nos ensinam sobre a vigilância?

Com certeza você já deve ter lido a Parábola das Dez Virgens em Mateus 25:1-13. Essa parábola de Jesus, carregada de inúmeros ensinamentos, comunicam sobre a vigilância da Igreja e a volta de Jesus. Sim, que o Senhor nos encontre vigilantes!

Essa parábola está posicionada no Evangelho de Mateus imediatamente após o Sermão Escatológico de Jesus.  Na última parte do sermão (capítulo 24), Jesus faz um alerta sobre a separação entre os bons e os maus (santos e ímpios) que haverá por ocasião de sua repentina vinda. A seguir ele conta três parábolas: DEZ VIRGENS, TALENTOS e SEPARAÇÃO DAS OVELHAS DOS BODES.

ENTENDENDO DETALHES DESSA PARÁBOLA E A VIGILÂNCIA DA IGREJA 

Jesus utilizou a descrição de um típico casamento judaico da época nessa parábola. Era costume que o noivo fosse acompanhado de seus amigos, tarde da noite, à casa da noiva.

Lá, a noiva o esperava com suas damas de honra (as virgens), que, ao serem avisadas da aproximação do esposo, deviam sair com suas lâmpadas para iluminar o caminho do noivo até a casa, onde haveria a celebração das núpcias.

Grandes expositores da Palavra de Deus ao longo da história da Igreja fizeram sermões incríveis com pontos de vistas diferentes sobre esse texto, como: Agostinho, Calvino, Mathew Hanry, Robert M´Cheynee e outros. O interessante é que nenhum deles distorceu o verdadeiro ensino de Jesus nessa parábola, o que talvez nos mostra tamanha abrangência do princípio contido nela: a vigilância da Igreja. 

PONTOS CENTRAIS DA PARÁBOLA 

É muito bacana perceber que em diversas parábolas Jesus inicia seu ensinamento dizendo queO Reino dos Céus É como…”. No entanto, nessa parábola em questão Jesus diz que “o Reino dos céus SERÁ”. Ele conta uma história a respeito do fim, de como as coisas seriam no período da sua volta. João diz que estamos na última hora: “Filhinhos, esta é a hora derradeira e, assim como ouvistes que o anticristo está chegando, já agora muitos anticristos têm surgido. Por isso, sabemos que esta é a última hora.” 1 Jo]ao

Outro ponto é que as dez mulheres que aparecem na parábola eram virgens, possuíam lâmpadas e, pelo que o versículo 8 nos diz, saíram ao encontro do esposo com as lâmpadas acesas. 

Nesse momento talvez fosse praticamente impossível humanamente separá-las, pois aparentemente eram idênticas. Mas a vigilância separaria. No início, TODAS tomaram suas lâmpadas… todas começaram bem. No entanto, as sábias foram além, elas se preveniram. 

É isso que acontecerá. A vigilância da Igreja revelará se ela está vivendo em devoção profunda ou não. O óleo representa a devoção ao Espírito, a intimidade com o Senhor. Isso é impossível de compartilhar com o outro, como as virgens tolas queriam. O azeite não se pode dividir, é pessoal, suficiente apenas para os prudentes. Cada um constrói sua própria vida de devoção diante do Noivo. O que estamos fazendo? 

EIS O NOIVO!

O versículo 36 nos mostra o momento em que o Noivo chegou. Ninguém sabia a hora que isso aconteceria. Mas Ele chegou. 

Como estamos nos preparando para sua volta? Como está a vigilância da Igreja? 

No momento de sua chegada, as virgens tolas foram buscar azeite…, mas era tarde demais.

Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.

Isaías 55:6

A vigilância da Igreja a conduz as bodas do cordeiro 

A parábola termina com as virgens loucas batendo à porta do Noivo, e sendo por Ele rejeitadas. Pode ser que elas queriam mostrar que se “esforçaram” para estarem ali, correram em busca de azeite para que pudessem participar das bodas, mas seus esforços nada puderam fazer por elas.

Então, Jesus afirma que o Noivo dirá “NÃO VOS CONHEÇO…” para aqueles que não vigiarem. É como se Ele dissesse: “Vocês não estavam aqui enquanto era o momento de se relacionar comigo…” Ele já havia utilizado a mesma menção em Mateus 7, “[…] Nunca vos conheci; apartai-vos de mim […]” (Mt 7:23). Nosso Deus é justo, e naquele dia não haverá intruso;

Por isso, que o Senhor nos encontre vigilantes. A vigilância prudente é aquela que nos prepara para uma longa espera. É fácil esperar pouco tempo, mas se manter fiel por um longo período é o grande desafio. Que a vigilância da Igreja a mantenha aos pés do Cordeiro!

Leitura adicional:

Giovanni Bruno

Formado em Comunicação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), acadêmico de Teologia, pela FATIPI, e pós-graduando em Docência no Ensino Superior, pela UniCesumar e autor do livro “O Carpinteiro de Betel”.

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