O relacionamento entre Jesus e seu pai adotivo, José: Um vínculo de amor e cuidado entre Pai e Filho Adotivo

O relacionamento entre Jesus e José foi especial e significativo. Embora José não fosse o pai biológico de Jesus, ele desempenhou um papel importante como pai adotivo. A Bíblia nos mostra que José foi um homem justo e temente a Deus, escolhido por Deus para ser o pai terreno de Jesus.

Jesus cresceu em uma família com José, Maria e seus irmãos e irmãs. Embora a Bíblia não forneça muitos detalhes específicos sobre seu relacionamento cotidiano, podemos inferir que eles compartilham uma conexão amorosa e respeitosa.

José foi um pai dedicado e cuidou de Jesus em sua infância e juventude. Ele provavelmente ensinou a Jesus como habilidades e valores necessários para a vida cotidiana, como o ofício de carpinteiro. José também desempenhou um papel importante na educação espiritual de Jesus, ensinando-lhe as escrituras e os caminhos de Deus.

É importante mencionar que Jesus reconhecia José como seu pai terreno. Em Lucas 2:49, quando Jesus estava com doze anos e foi encontrado no templo, Ele disse a Maria e José: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” Essa declaração indica a conscientização de Jesus sobre sua conexão tanto com Deus, seu Pai celestial, quanto com José, seu pai adotivo.

Embora, provavelmente José tenha falecido antes do início do ministério público de Jesus, sua influência e ensinamentos certamente moldaram o caráter e o propósito de Jesus na vida. O relacionamento entre Jesus e José exemplifica a importância da figura paterna e a capacidade de um pai adotivo de ter um impacto significativo na vida de um filho.

A seguir, neste estudo bíblico, vamos explorar os cinco aspectos desse relacionamento, que podem servir de guia e inspiração para todos os pais. Vamos descobrir também como as atitudes e ações de José serviram para o crescimento e o desenvolvimento de Jesus, oferecendo lições importantes para a formação de uma família amorosa e saudável.

1. A importância de estar “com”

Jesus e José

De acordo com Marcos 3:14, Jesus designou doze discípulos, a quem mais tarde designou como apóstolos, para que pudessem estar com Ele e serem enviados a pregar. É importante notar que Jesus não enviou Seus discípulos para pregar até os meses finais de Seu ministério. Eles passaram dois anos e meio simplesmente estando com Ele, conhecendo Seu coração, observando Seus caminhos, absorvendo Seus ensinamentos e desenvolvendo um relacionamento íntimo.

Infelizmente, em nossa cultura, perdemos o encanto de estar com alguém. Constantemente queremos sair e fazer coisas! Qualquer coisa menos que uma ocupação frenética é considerada anormal.

Imagine as perguntas que as pessoas fizeram aos discípulos durante aqueles primeiros dois anos e meio. “Que trabalho Jesus está enviando para você fazer?”

“Bem, nenhum.”

“Sim, mas o que você faz?”

“Nada. Nós simplesmente caminhamos com Ele.”

O único entre eles que teve um emprego durante esses dois anos e meio foi Judas. Posso imaginar que Judas nunca abraçou a maravilha de estar junto.

Estudos mostram que o pai médio gasta apenas 14 minutos por dia com seu filho. Os cristãos se saem um pouco melhor, gastando 17 minutos.

Estamos criando uma geração de filhos cujo conceito de pai é “alguém que não me conhece de verdade, mas ocasionalmente entra em minha vida para me disciplinar”.

A Bíblia diz: “Pais, não provoqueis vossos filhos à ira” (Efésios 6:4). Uma das maneiras mais rápidas de provocar a raiva de uma criança é disciplinar uma criança que nem conhecemos.

Deixe-me descrever a tragédia que freqüentemente ocorre dentro das famílias. A Bíblia diz que os filhos são presentes do Senhor. Deus nos dá filhos como lindos embrulhos com um laço no topo. Freqüentemente, Deus volta seis meses ou seis anos ou dez anos depois, e esses pacotes ainda estão lá, fechados.

Em 2 Coríntios 6, Paulo escreveu: “Não recebais a graça de Deus em vão”.

2. Cultive uma vida doméstica piedosa: refletindo sobre a educação de Jesus em uma família adotiva

José ensinando seu filho Jesus

Com que frequência você pensa em Jesus crescendo em uma família adotiva?

Bem sabemos que José não era Seu pai biológico. A Bíblia nos ensina que Jesus cresceu com quatro irmãos e pelo menos duas irmãs. Você pode imaginar como deve ter sido sentar à mesa de jantar com Jesus enquanto todos os irmãos conversavam? Como Jesus se relacionava com os outros?

Em Lucas 2:52, lemos que “Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens”. Aos doze anos de idade, Ele já estava envolvido em discussões profundas com os líderes religiosos de Israel! É claro que Jesus cresceu bem ajustado naquela família mesclada. Pois, Maria e José fizeram um excelente trabalho.

Observe que a última menção de José, o pai adotivo de Jesus na Bíblia foi quando Jesus tinha doze anos no templo. Jesus iniciou Seu ministério quando transformou água em vinho em Caná, por volta dos trinta anos de idade. José, provavelmente faleceu em algum momento durante os dezoito anos de silêncio na vida de Jesus, de doze a trinta.

Do nascimento aos doze anos é o tempo para incutir valores espirituais em uma criança. Aos doze anos, nossa personalidade está essencialmente formada, com apenas pequenas modificações feitas posteriormente. José teve um impacto direto e integral nos anos mais críticos de crescimento de Jesus.

Saiba que você é abençoado se tiver um pai como José — alguém que se preocupa e se envolve em sua vida. Se você não teve isso, sinto muito. Mas, você pode orar para que Jesus preencha essa lacuna, fazendo o papel de seu pai terreno.

Talvez você não tenha recebido muito apreço, encorajamento, aceitação, afeto ou apoio de seu pai. No entanto, não seja muito duro com ele. Provavelmente, ele também não recebeu essas orientações. É difícil transmitir algo que você nunca experimentou.

Deus pretendia que os filhos crescessem em um ambiente familiar bem ajustado, seguro, estável e amoroso, onde se sentissem seguros sabendo que sua mãe e seu pai ensinassem as instruções bíblicas para assim viverem como cristãos.

3. Ajude seu filho a descobrir o chamado de Deus: revelando as ordens seladas”

Jesus e seu pai adotivo José

As crianças vêm com ordens seladas de Deus. Uma das responsabilidades fundamentais dos pais é ajudar a abrir o envelope de Deus e ajudar nossos filhos a entender seu chamado na vida.

Jesus não apareceu como Superman, um bebê levantando geladeiras. Ele não disse da manjedoura, “2+2=4”. Seu primeiro milagre aconteceu em Caná quando tinha 30 anos.

Quando Jesus descobriu que estava aqui para morrer na cruz? No nascimento? Aos três anos? Eu duvido. Àos doze? Talvez. Seu chamado entrou em foco durante um período de tempo.

Maria e José ensinaram a Jesus Isaías 53; “Tu és o Cordeiro que tirará os pecados do mundo.”?

Ou disseram-Lhe que o Salmo 22 era sobre Ele? Ele profetizou as últimas palavras que Jesus diria. Jesus revisitou Sua infância para encontrar aquelas palavras finais: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”

Deus tem um plano para cada um de nós. Uma boa educação é ajudar seus filhos a encontrá-la.

Já ouvi alguns pais dizerem: “Não quero ensinar religião a meu filho. Vou esperar até que ele tenha idade suficiente para tomar suas próprias decisões”.

Se esperarmos até que tenham “idade suficiente”, já os teremos ensinado. Nosso silêncio os terá ensinado que os assuntos espirituais não são importantes.

Nossa cultura secular secularizou o ambiente escolar e a sociedade como um todo. Mamãe e papai têm que ensinar valores cristãos, ou não serão ensinados.

Aos doze anos de idade, Jesus estava a caminho para aprender o ofício de Seu pai. Ele era um habilidoso artesão (Marcos 6:3). Ele poderia construir um barco ou uma mesa ou cadeiras. Isso nos diz que José investiu muito tempo com Jesus. Ele derramou sua vida e alma em Seu filho.

Será que você pode fazer o mesmo?

4. Ensine a arte da submissão: cultivando uma obediência instantânea

ensinando a submissão para o filho

Submissão significa obediência instantânea. Certa tarde, estávamos passeando com nossa cachorra, Becky, quando um carro veio em nossa direção. Becky reagiu preparando-se para atravessar a rua para nos alcançar do outro lado. Perigo! Eu gritei: “Becky, pare!” Ela imediatamente parou.

Sem contar até três. Sem tomada de decisão. Nenhum olhar questionador.

Não havia nenhuma dificuldade em sua mente sobre o que fazer. Quando eu digo “pare”, ela para.

Os pais precisam ensinar obediência para que, à medida que seus filhos cresçam, eles entendam como e por que ser instantaneamente obedientes a Deus. Também é crucial ensinar as crianças a responder de forma consistente. Quando certas coisas acontecem em suas vidas, eles sabem exatamente como responder.

Ambos exigem que os pais construam em seus filhos um coração de submissão, não de rebelião.

Cristo aprendeu a submissão cedo, então quando Ele estava no jardim, Ele disse: “Não a minha vontade, mas a Tua seja feita.”

Por que Ele escolheu se submeter? Ele foi bem ensinado. Hebreus 5:8 diz: “Embora sendo filho, aprendeu a obediência por meio do que sofreu.”

Vamos chamá-lo de “disciplina”. Se Jesus precisava de sofrimento (disciplina) para aprender a obedecer, qual deveria ser a nossa necessidade?

5. Abençoe seus filhos: o poder da afirmação

pai amoroso

Você se lembra do batismo de Jesus aos trinta anos de idade?

Este foi o primeiro dia público do ministério de Cristo. Era o seu primeiro dia de trabalho. Uma voz clamou do céu: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Lucas 3:21, 23).

Pense nisso. O Pai de Jesus abençoou um Filho que ainda não havia feito nada!

Perdemos o ponto se pensarmos que Deus disse isso à multidão. Em vez disso, este foi um Pai amoroso afirmando Seu Filho. Esta afirmação fortaleceu o ministério de Jesus.

Pais, façam isso. Pare seu filho enquanto ele atravessa a sala, olhe-o nos olhos e diga: “Eu te amo, estou tão orgulhoso de você. Estou tão feliz por você ser meu filho/filha”.

Deixe-os ficar lá em reverência! “O que eu fiz?” Nada! É assim que a graça se parece; é assim que a afirmação soa. É uma imagem do amor incondicional de Deus.

Ao longo dos anos, percebi que a maioria das crianças cresce sem nunca receber uma bênção de seus pais. Se é você, me desculpe.

A boa notícia é que, mesmo que você nunca tenha recebido carinho e atenção de seus pais, se receber Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, receberá a aceitação de seu Pai Celestial.

As duas figuras que descrevem como entramos na família de Deus

Primeiro, através do nascimento:

“Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” (João 3:3)

Em segundo lugar, por meio da adoção:

“E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade. Para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado.” (Efésios 1:5-6)

Todo crente é aceito pelo Pai com base na obra de Cristo na cruz: “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1).

Imagine em sua mente que Deus está envolvendo Seus braços ao seu redor. Ele diz: “Eu te amo. Eu te aceito como você é. Não há mais nada que você precise fazer.”

Indiara Lourenço

Com mais de 20 anos atuando na Pregação e Ensino, Indiara possui experiência em ministério infantil, jovem e feminino. Estudante de Teologia e ministra aulas na EBD. Mãe, esposa e serva que ama fazer a obra de Deus. Contagia a todos com sua alegria e inspira com palavras motivadoras, deixando um impacto positivo por onde passa.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
WhatsApp