É importante conhecer a árvore genealógica de Jesus?

Conhecer a árvore genealógica de Jesus confirma a profecia de que Jesus seria um descendente direto dos patriarcas e heróis da Bíblia e, portanto, o tão esperado Messias. Os evangelhos, que listam a linhagem familiar de Jesus, foram escritos por dois eruditos: Mateus e Lucas.

Mateus e Lucas forneceram diferentes genealogias para Cristo em seus evangelhos, mas o que isso importa? Hoje, os cristãos pensam menos no passado e mais na eternidade que está por vir.

Então a árvore genealógica de Cristo é importante para nossa celebração de seu nascimento?

Se esses eruditos não concordavam plenamente sobre a linhagem de Jesus, como isso afeta nossa visão de outros fatos relacionados ao nascimento de nosso Salvador, como o nascimento virginal?

Que profecias de Natal mencionam a árvore genealógica de Jesus?

Embora a Páscoa seja o dia mais importante do calendário cristão, o Natal é uma época para dar presentes em reconhecimento ao presente supremo, dado gratuitamente ao mundo por Deus por meio de seu Filho, ou seja, a salvação para todos os que crêem em Jesus como seu Salvador.

Se a Bíblia for verdadeira, então o Natal não foi estabelecido em torno de um conto de fadas. Os cristãos estão comemorando um evento histórico, embora a data não tenha sido registrada; surpreendente, já que a maioria das pessoas mais humildes não sabia ler nem escrever. 

Maria, José e os pastores certamente eram pessoas humildes. O registro do nascimento de Jesus vem de profecias cumpridas; fatos futuros já escritos, incluindo:

  • Cristo nasceria de uma virgem (Isaías 7:14).
  • Ele nasceria em Belém (Miquéias 5:2).
  • Ele seria descendente do rei Davi (Jeremias 23:5; Isaías 11:1).

O cumprimento dessas profecias detalhadas contribui para a confiança do crente de que Jesus era realmente o Filho de Deus.

A segunda e a terceira deste trio de profecias são fáceis de acreditar e provar, mas a primeira é uma questão diferente.

Por que confiamos no que os profetas dizem sobre a árvore genealógica de Jesus?

“O próprio Senhor vos dará um sinal. Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (Isaías 7:14).

“Sem o nascimento virginal, não haveria salvação para os pecadores. Jesus Cristo seria um ser humano pecador. Se o nascimento virginal não ocorreu, então a Bíblia não é verdadeira e não é confiável. Em suma, é uma parte essencial da salvação e das Escrituras”.

Se Maria não era virgem, o Natal não passa de uma história fantasiosa. De todas as declarações da Bíblia, a virgindade de Maria é uma das mais difíceis para os leitores aceitarem e acreditarem.

No entanto, se mais detalhes convencionais puderem ser corroborados, os cristãos podem confiar nos profetas e, por associação, na Bíblia como um todo.

Entre as muitas profecias bíblicas sobre o tão esperado Messias estão as referências à sua árvore genealógica. O Salvador emergiria da “linhagem de Abraão, Isaque e Jacó”.

Ter o conhecimento da árvore genealógica de Jesus confirma a profecia de que Jesus seria um descendente direto dos patriarcas e heróis da Bíblia. Os evangelhos, que listam a linhagem familiar de Jesus, foram escritos por dois homens eruditos: um que desistiu de um estilo de vida rico e privilegiado como cobrador de impostos para seguir a Cristo; o outro, um gentio que não tinha nada a perder e nenhum caso étnico a provar.

Ele seguiu a Jesus porque acreditou com base no que aprendeu. Pode-se imaginar um médico descartando as alegações de uma gravidez virgem, mas algo o convenceu. A árvore genealógica de Cristo pode ter desempenhado um papel.

Duas Árvores Genealógicas, Um Messias

Um cético poderia argumentar que, uma vez que as genealogias de Mateus e Lucas diferem, devemos descartar a árvore genealógica de Jesus como evidência de sua divindade, minando assim a confiabilidade da profecia bíblica em todos os aspectos.

Existem respostas possíveis para o problema, a mais plausível das quais é que Mateus traça a árvore genealógica de José e Lucas traça a de Maria.

Os dois evangelhos podem ter diferido porque um estava preocupado com a “descendência legal de Cristo“, ou seja, seu direito legal de ser rei, enquanto o outro descreve a “genealogia física de Jesus“. Mateus deixa de fora alguns nomes, e Lucas pode estar seguindo “outro ramo” genealógico.

“Enquanto Mateus se concentra em Jesus como o Messias e Rei de Israel, traçando sua genealogia desde Davi até Abraão, Lucas tem um propósito diferente. Ele quer mostrar que Jesus é o único Filho do Homem e Filho de Deus, Salvador de todas as pessoas”.

Uma razão pela qual os estudiosos da Bíblia confiam nos registros genealógicos judaicos é que os judeus, “especialmente […] as famílias que estavam na linhagem davídica”, eram excelentes guardiões de registros “desde que o Antigo Testamento profetizou que o Messias nasceria da casa de Davi”. Mateus era judeu.

No entanto, embora Lucas fosse um gentio, ele (como Mateus) exigia a capacidade de pensar de forma linear e organizada. Lucas como médico e Mateus como cobrador de impostos. A manutenção de registros era essencial para as profissões de ambos os homens.

E se eles estavam mentindo, para quê? Mateus deve ter ouvido Jesus advertir:

“porão as mãos sobre vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e prisões, e sereis levados à presença de reis e governadores por causa do meu nome” (Lucas 21:12).

Os cristãos não prosperaram por sua fé em nenhum sentido terreno. Lucas e Mateus realizaram pesquisas independentes e chegaram à conclusão de que Jesus é o Salvador. Sabemos com certeza que Jesus é “o único candidato a Messias” e “o único Salvador qualificado da raça humana”.

Apesar das diferenças genealógicas, tanto Mateus quanto Lucas enfatizam dois fatos importantes que são essenciais para a fé cristã: José não era o pai biológico de Cristo e Maria era virgem quando deu à luz o Filho de Deus.

Embora esses detalhes pareçam óbvios para o público cristão de hoje, eles inspiraram admiração e esperança nos judeus que ansiavam pela vinda do Messias.

Uma Convicção de Natal

Os cristãos celebram a esperança simbolizada pelo Natal: se podemos confiar que Deus cumpriu sua promessa com o nascimento de Cristo, também podemos acreditar na promessa da eternidade com nosso Rei quando Jesus voltar. Israel havia colocado sua esperança de salvação no Salvador profetizado por Deus.

Seu nascimento foi fundamental para todas as pessoas de todas as nações – a hereditariedade não importava mais. 

Graças ao evangelho, crentes genuínos em todo o mundo podem reivindicar um lugar na família de Jesus. Jesus apontou para todos os seus seguidores e disse:

“Aqui estão minha mãe e meus irmãos” (Marcos 3:34).

Os nomes nas genealogias de Lucas e Mateus são menos importantes para os cristãos hoje, do que a fé demonstrada pelos antepassados ​​do Antigo Testamento e depois pelos discípulos de Cristo.

Da mesma forma, o testemunho de cada crente hoje, seu legado de fé, é um dom, que vem do próprio Emanuel, e que vale a pena celebrar a cada 25 de dezembro.

Equipe Redação BP

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