Os 7 Erros mais comuns de um Pastor

Na busca por um ministério mais efetivo e atendido com os propósitos divinos, é importante reconhecer os erros cometidos ao longo do caminho. Em uma publicação nacional, um líder proeminente de nossa denominação relatou sete erros que cometeu em seu próprio ministério, e é provável que muitos líderes ministeriais se identifiquem com essas experiências.

Nesta reflexão, examinaremos esses erros com o objetivo de aprendizado e crescimento.

Entre os equívocos mencionados, destaca-se a falta de tempo dedicado à oração, a negligência em relação à família, a pouca ênfase na evangelização, a necessidade de amar mais a comunidade, a importância de direcionar a igreja para uma visão global, a superação do foco excessivo nos críticos e, por fim, a aceitação da limitação humana em estar em todos os lugares e atender a todas as necessidades.

Esses pensamentos pessoais me levaram a pensar em minha própria lista de erros. Pois, ao longo dos anos em que servi no ministério, desde 1962 até os dias atuais, pude identificar vários equívocos cometidos como pregador, pastor, líder visionário da minha igreja, líder da equipe ministerial e também como obreiro denominacional.

Acredito que seja importante reconhecer que qualquer pessoa que se dedica ao serviço do Senhor e da humanidade nesta vida inevitavelmente cometerá erros, pois nenhum trabalho humano é perfeito.

Embora nenhum de nós deseje viver preso aos arrependimentos, é fundamental reconhecer que Deus pode trabalhar inclusive em nossos erros, envolvendo-os em oportunidades de crescimento e benção.

Portanto, ao olharmos para trás e identificarmos as ocasiões em que falhamos, podemos ser gratos pelo que o Senhor realizou em meio a tudo isso.

É importante lembrar que Deus tem a capacidade de extrair muito do pouco e fazer o bem surgir até mesmo do mal. Ele conhece os detalhes e os propósitos por trás de cada situação.

Neste sentido, convido você a acompanhar minha lista pessoal dos piores erros que cometi como pastor, uma oportunidade para refletir, aprender e buscar aperfeiçoar no ministério que o Senhor nos confiou.

1. Negligenciei a presença de um Mentor no início do meu Ministério

pastor solitário

Quando dei início ao meu ministério pastoral após concluir meus estudos em história na faculdade, percebi que minha formação não havia sido a preparação ideal para essa vocação. Encontrei-me enfrentando desafios e obstáculos como se estivesse tentando reinventar a roda. Literalmente comecei do zero em todos os aspectos.

No entanto, ao refletir sobre minha trajetória, reconheço que um dos maiores erros que cometi foi não buscar um mentor no início de minha jornada ministerial e aproveitar ao máximo essa oportunidade valiosa.

O que eu não sabia na época – e que me faltou a sabedoria para agir – é que, nos bastidores da maioria das igrejas batistas (e de muitas outras denominações), havia pregadores experientes e dedicados, dispostos a investir tempo e conhecimento em pastores mais jovens.

Tudo o que eu precisava fazer era ter a iniciativa de perguntar. Infelizmente, essa percepção escapou de mim naquele momento crucial.

A falta de consciência sobre a disponibilidade de mentores fez com que eu tentasse navegar sozinho nessa jornada ministerial.

Contudo, ao longo dos anos, no entanto, tive a oportunidade de alcançar o papel de mentor para muitos jovens pregadores. Essa experiência me levou a recordar vividamente como era estar no lugar deles, lutando com as mesmas questões e inseguranças que eu enfrentei no início da minha carreira.

A partir dessa perspectiva, fica evidente a importância de buscar um mentor no ministério. Ter alguém mais experiente e sábio ao nosso lado pode fornecer um valioso suporte, orientação e encorajamento.

Um mentor pode compartilhar sabedoria, oferecer conselhos práticos e fornecer um ambiente seguro para aprender com os erros e desafios enfrentados. É uma oportunidade única para o crescimento pessoal e ministerial.

2. Não dediquei o tempo necessário para o estudo da Palavra

erros comuns da liderança

Quando penso em minha experiência como estudante da Palavra de Deus, percebo que muitas vezes fui considerado um bom aluno pelos meus professores. Obtive boas notas e, embora talvez não tenha sido o melhor da classe, fui capaz de ingressar em um programa de doutorado sem precisar corrigir deficiências. No entanto, no fundo, eu sabia que estava apenas seguindo o fluxo.

Olhando para trás, gostaria de ter adotado uma abordagem mais disciplinada e comprometida em relação aos estudos bíblicos durante meus anos na faculdade. Teria sido valioso ter buscado a companhia de colegas de destaque e aprender com suas práticas de estudo. Em vez disso, me contentei somente em fazer o mínimo necessário.

Especificamente, eu gostaria de ter me dedicado mais ao estudo do grego e do hebraico. Embora tenha seguido os cursos obrigatórios e tenha gostado deles, agora percebo que deveria ter investido mais um ano em cada um desses idiomas, para desenvolver habilidades suficientes para uma compreensão profunda.

Portanto, só agora reconheço a importância de ser um estudante diligente e disciplinado da Palavra de Deus. Aprofundar meu conhecimento e compreensão dos idiomas originais da Bíblia teria enriquecido imensamente minha capacidade de interpretar e aplicar as Escrituras com precisão e profundidade.

Acredito que, como líderes e pastores, devemos nos esforçar para desenvolver habilidades sólidas na interpretação bíblica, a fim de conduzir nossas congregações com sabedoria e discernimento.

Portanto, aprendi com minha própria jornada que ser um estudante melhor e mais disciplinado da Palavra é um objetivo digno de ser buscado.

Com isso, encorajo a todos os colegas pastores e líderes a se juntarem a mim nessa busca constante por um entendimento mais profundo e uma aplicação mais fiel da Palavra de Deus em nossas vidas e ministérios.

3. Eu deveria ter ingressado na jornada da escrita há mais de 30 anos atrás

erros comuns de um pastor

Ao longo dos anos, desde que concluí meu seminário, tive o privilégio de escrever artigos para diversas revistas cristãs. Se eu pudesse listar todos os trabalhos publicados, provavelmente chegaria a centenas. No entanto, desde o início, meu desejo sempre foi escrever livros.

Embora tenha escrito alguns ao longo do tempo, infelizmente, quando os editores os rejeitaram, eles foram arquivados e seu destino permaneceu desconhecido.

Lembro-me de meu pai expressando alegria, com os oito livros infantis que criei. Eles tiveram uma venda combinada de 300.000 exemplares, o que é encorajador. No entanto, em determinado momento, ele me disse: “Quero que você escreva um livro de verdade”. Compreendi perfeitamente o que ele queria dizer.

Houve um dia, alguns anos atrás, quando me encontrei na Lifeway Christian Store no campus do Seminário Teológico Batista de Nova Orleans. Um homem desconhecido, que nunca o tinha visto desde então, se aproximou de mim e disse: “Você não precisa comprá-los. Você precisa escrevê-los. É sua vocação.”

Desde então, tenho boas notícias para compartilhar até o ano de 2023: escrevi oito livros! Posso dizer com orgulho que alcancei essa meta. E o melhor de tudo, ainda tenho energia e criatividade aos meus 83 anos. Então, sorria, por favor, pois é uma prova de que nunca é tarde demais para perseguir nossos sonhos.

Ao refletir sobre minha jornada de escrita, percebo a importância de dar o primeiro passo e começar a escrever. Todos nós temos histórias a compartilhar e mensagens a transmitir. Não importa a idade ou o momento em que começou, o importante é iniciar essa jornada.

Cada palavra escrita é uma oportunidade para impactar a vida de outras pessoas e deixar um legado duradouro.

Portanto, encorajo a todos os escritores e comunicadores a não esperarem mais. Comecem a escrever hoje mesmo. Não importa se é um artigo, um conto ou um livro completo.

Abrace sua paixão, encontre sua voz e compartilhe suas ideias com o mundo. Nunca sabemos o alcance que nossas palavras podem ter e as vidas que podemos influenciar pelo meio delas.

4. Falhei em dominar o ofício da pregação quase que tarde demais

pastor falho

Olhando para trás em minha jornada como pregador, reconheço que falhei em dominar o ofício da pregação quase que tarde demais. Percebo agora que o que eu realmente precisava era de instruções individuais de um mentor.

As aulas de pregação em sala de aula não foram tão eficazes para mim. Talvez eu tenha sido um pouco rebelde, determinado a não seguir o padrão comum. Infelizmente, essa abordagem me impediu de absorver algumas dicas essenciais sobre a preparação básica do sermão que poderia me tornar mais eficaz muito antes.

No entanto, cheguei a um ponto em que sinto que finalmente aprendi a pregar. Embora possa não ser tão bom quanto outros pregadores, estou fazendo isso do jeito que o Senhor quer que eu faça. Na medida do que posso discernir, estou pregando no meu melhor agora. Talvez um pouco tarde para alguns, mas cada um de nós faz o que é necessário no momento certo.

A verdade é que a jornada de aperfeiçoamento na pregação é contínua. Estou constantemente aprendendo, crescendo e refinando minha habilidade de comunicar a Palavra de Deus.

Como pregadores, devemos aceitar a humildade e a disposição de aprender uns com os outros, compartilhando insights e técnicas que aprimoram nossa entrega e conexão com o público.

É importante reconhecer que não existe uma fórmula única para a pregação perfeita. Cada pregador tem seu estilo e voz diferentes, e Deus pode usar cada um de nós de maneiras únicas para alcançar as pessoas. O objetivo não é ser melhor do que os outros, mas sim ser fiel ao chamado e compartilhar a mensagem com dedicação e coragem.

Então, se você é um pregador em busca de aperfeiçoamento, não desanime com os momentos de falha ou a sensação de ter começado tarde. Saiba que sua jornada de crescimento é valiosa e contínua.

Abrace as oportunidades de aprendizado, busque mentores e esteja aberto às lições que a vida e o ministério têm a oferecer. Com perseverança e a graça de Deus, você pode se tornar um pregador de qualidade, cada vez mais eficaz e impactante.

Lembre-se, o importante não é a comparação com outros, mas sim a dedicação em honrar a Deus com suas habilidades e compartilhar Sua mensagem com amor, sabedoria e consideração.

5. Por vezes fui desiquilibrado e autoconfiante demais

pastor desiquilibrado

Quando eu tinha cerca de 30 anos e pastoreava a maravilhosa Primeira Igreja Batista de Columbus, Mississippi, um candidato que visitou nossa congregação respondeu mais tarde: “Nunca vi um pregador tão relaxado no púlpito”. Até hoje, ainda tento entender se isso foi um elogio ou uma crítica.

Será que essa observação estava se referindo à minha arrogância? Talvez eu estivesse transbordando de autoconfiança, sentindo-me capaz de fazer tudo sozinho. Oh, meu Deus.

No entanto, ao longo do tempo, o Senhor enviou membros para a igreja – e em um caso, até mesmo uma igreja inteira – com a missão de me ajudar a reconhecer a minha vulnerabilidade e limitação. E eles fizeram isso. Passei para o extremo oposto da confiança, questionando até mesmo minha própria capacidade.

Agora, percebo que o caminho certo está no meio-termo. É ter confiança no Senhor Jesus Cristo, confiar que Ele me chamou para essa obra e está ao meu lado, reconhecendo que “é sobre Ele, não sobre mim”.

Encontrar esse equilíbrio é uma lição de humildade que aprendi ao longo dos anos. É sobre caminhar com confiança, sabendo que Deus me capacitou para o ministério, mas também reconhecendo que sou falível e depende completamente Dele a cada passo.

A autoconfiança adequada não é baseada em nossas próprias habilidades ou conquistas, mas sim na certeza de que Deus está nos capacitando e guiando. É a humildade de reconhecer que precisamos Dele em todas as circunstâncias e que nosso sucesso é resultado de Sua graça e direção.

Portanto, encorajo todos os líderes e pregadores a encontrarem esse equilíbrio na autoconfiança, lembrando-se de que somos instrumentos nas mãos de Deus. Tenhamos fé em nossos chamados, confiemos em Sua sabedoria e estejamos dispostos a aprender e crescer a cada dia.

6. Não cultivei uma vida de oração forte e constante

erros de liderança

Você já ouviu isso inúmeras vezes, não é? “Tenha uma vida de oração mais forte e consistente.”

Bem, a verdade é que eu também tenho refletido sobre isso ao longo dos anos. E, sem dúvida, posso dizer que todos nós enfrentamos desafios nessa área.

A vida de oração é essencial para o nosso relacionamento com Deus e para o nosso crescimento espiritual. No entanto, admito que muitas vezes falhei em manter uma prática de oração constante e profunda.

Acredito que a chave para uma vida de oração significativa é encontrar um equilíbrio entre a conformidade e a qualidade. Não se trata apenas de reservar um tempo para orar todos os dias, mas de verdade se conectar com Deus de maneira sincera e íntima.

Eu gostaria de ter cultivado uma vida de oração mais forte desde o início. Reconheço que, em muitas ocasiões, deixei as distrações e as preocupações do mundo me afastarem desse momento especial com Deus.

No entanto, é importante lembrar que a vida de oração é uma jornada contínua. Não importa onde estamos agora, sempre podemos começar de novo e buscar uma conexão mais profunda com o Senhor.

Embora eu tenha falhado em ter uma vida de oração perfeita ao longo dos anos, reconheço a importância desse aspecto fundamental da minha jornada de fé. A oração é uma conversa com Deus, um momento de comunhão e intimidade com o Criador do universo.

Portanto, independentemente das nossas falhas passadas, sempre é tempo de renovar nosso compromisso com a oração. Vamos buscar uma vida de oração mais forte e consistente, confiando que Deus ouve nossas petições, nos guia e nos transforma por meio desse relacionamento precioso.

7. Não priorizei ser um ganhador de almas para Cristo

erros do pastorado

Desde os primeiros dias do meu ministério pastoral, eu estava determinado a ser um ganhador de almas consistentes. Busquei aprender diferentes abordagens para abordar estranhos e conduzir conversas em direção a assuntos espirituais, buscando levar aqueles que respondem a Cristo.

Participar de conferências, treinamentos e trabalhar ao lado de pastores e evangelistas foram algumas das medidas que tomei para aprimorar minha habilidade nessa área.

Durante um tempo, tive sucesso nesse empreendimento, conduzindo várias pessoas ao Senhor. No entanto, ao longo dos anos, percebi que, à medida que o trabalho pastoral se tornava cada vez mais ocupado e as responsabilidades denominacionais se acumulavam, perdendo o foco nessa tarefa importante.

As visitas para ganhar almas e até mesmo o testemunho casual foram deixadas de lado, tornando-se coisas do passado.

Tenho ouvido histórias semelhantes de outros pastores ao longo do tempo. Alguns conseguem manter seu compromisso com o trabalho evangelístico pessoal, aprendendo a dizer “não” a outras demandas que o cercam.

Reconheço que isso requer uma disciplina que eu mesmo não exerço de forma consistente, e agora lamento não ter priorizado adequadamente essa parte essencial do ministério.

No entanto, sou grato a Deus por estar vivo e ainda ativo no ministério, mesmo após enfrentar vários problemas sérios de saúde. Tenho a oportunidade de terminar forte e retomar o foco na missão de ganhar almas para o Reino de Deus. Essa é uma prioridade innegociável para mim neste momento.

Acredito que nunca é tarde demais para se dedicar a ser um ganhador de almas consistentes. Independentemente dos desafios e distrações que enfrentamos, devemos encontrar maneiras de assumir essa importante tarefa. Afinal, cada alma perdida importa e tem valor eterno.

À medida que prosseguimos em nosso ministério, devemos renovar nosso compromisso com o evangelismo pessoal, buscando oportunidades para compartilhar o amor de Cristo e conduzir as pessoas ao encontro com Ele.

Afinal, não importa o quão ocupados ou exigentes sejam nossos deveres, ser persistentes e consistentes nesse trabalho é fundamental.

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Equipe Redação BP

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