Mateus 28:19 Explicação de “Ide e fazei discípulos”
Mateus 28:19- Almeida Revista Atualizada
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;”
Traduções Bíblicas de Mateus 28:19
Mateus 28:19 -NVI (Nova Versão Internacional)
“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,”
Mateus 28:19 – KJA (King James Atualizada)
“Portanto, ide e fazei com que todos os povos da terra se tornem discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;”
Mateus 28:19 – NTLH (Nova Tradução na Linguagem de Hoje)
“Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.”
Contexto de Mateus 28:19 “Ide e fazei discípulos”
Mateus 28:19 se insere em um contexto marcante que começa com a ressurreição de Jesus. Após Maria Madalena e outra Maria encontrarem o túmulo vazio e serem instruídas por um anjo a informar os discípulos que Jesus ressuscitou e os encontraria na Galileia, elas encontram Jesus e O adoram (Mateus 28:1-9).
Enquanto isso, os soldados que testemunharam o evento são subornados para espalhar a falsa notícia de que o corpo de Jesus foi roubado pelos discípulos (Mateus 28:11-15).
No encontro na Galileia, os onze discípulos restantes recebem a Grande Comissão de Jesus. Ele os manda ir e fazer discípulos de todas as nações, ensinando-os e batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Jesus assegura Sua presença constante com eles “todos os dias, até o fim dos tempos” (Mateus 28:16-20). A ausência de Judas Iscariotes, o traidor, entre os discípulos enfatiza a continuidade do ministério através dos seguidores fiéis.
Este momento marca a missão universal e perpétua dada por Jesus, destacando a importância de evangelizar e discipular todas as nações, com a promessa de Sua presença e apoio contínuos.
Explicação do significado de Mateus 28:19 “Ide e fazei discípulos”
“Ide e fazei discípulos” significa que Jesus instrui Seus seguidores a fazer discípulos de todas as nações, englobando, portanto, todos os países e culturas.
Esta ordem de Jesus implica que todos os cristãos têm a responsabilidade de evangelizar e fazer novos discípulos, ou seja, pessoas que seguem e aprendem os ensinamentos de Jesus.
Jesus comissionou todos os Seus seguidores a ir e fazer discípulos, o que inclui espalhar o Evangelho e ensinar os princípios cristãos a todas as nações. Esta missão não se limita a alguns; é uma responsabilidade compartilhada por todos os cristãos.
Embora a Grande Comissão exija que todos compartilhem o Evangelho, isso não significa que todos devem ser pregadores ou líderes de grandes ministérios.
Tendo em vista que esse chamado, pode ser realizado de várias maneiras. Desde o envolvimento em atividades de bastidores até a interação direta com as pessoas em seu cotidiano, sempre realizado sempre para a glória de Deus.
Não basta apenas ouvir e aprender sobre a Bíblia. Chega um momento em que é necessário transformar o conhecimento em ação. Os cristãos devem usar o que aprendem para evangelizar e ajudar os outros a crescer espiritualmente. Se alguém não está aplicando seus conhecimentos para cumprir a Grande Comissão, corre o risco de estagnar espiritualmente.
Se acreditamos realmente na mensagem do Evangelho, devemos reconhecer a gravidade da perda espiritual para aqueles que não conhecem Jesus. Essa crença deve nos motivar a ser proativos na evangelização e no discipulado, contrariando qualquer tendência de indiferença ou descaso.
A verdadeira marca de um discípulo é sua disposição para fazer discípulos de outros. Se não estamos engajados em cumprir a Grande Comissão, devemos questionar se estamos realmente vivendo como discípulos de Jesus.
Portanto, “ide e fazei discípulos” é um chamado para a ação e para a realização do propósito maior de compartilhar o Evangelho e crescer espiritualmente, impactando a vida dos outros de maneira significativa.
Interpretanto as partes chaves do versículo de Mateus 28:19
“Portanto Ide”:
Vão por todo o mundo; alguns para um lugar e outros para outro. O poder e a autoridade de Jesus, assim como a comissão que Ele lhes deu, alcançam todos os lugares. Antes, a missão estava confinada à Judeia, mas agora se estende a todas as nações do mundo.
“e fazei discípulos de todas as nações”:
Judeus e gentios devem aprender as doutrinas do Evangelho e as ordenanças de Cristo. Jesus instruiu Seus seguidores a fazer discípulos de todas as nações, começando por um grupo e depois pelo outro. Isso significa torná-los discípulos, ensinando-os e guiando-os na fé. A versão persa explica que esse processo envolve “trazê-los à minha religião e fé”.
Os discípulos não são responsáveis por converter as pessoas por si mesmos. Eles devem ensinar e ministrar a palavra externamente, enquanto o Espírito de Deus aplica internamente e transforma as pessoas em verdadeiros discípulos de Cristo.
Esses discípulos são aqueles que aprenderam a conhecer a si mesmos, reconhecer seu pecado e seu estado perdido por natureza. Eles negam a si mesmos, tanto o eu pecaminoso quanto o eu justo, e aprendem a conhecer a Cristo e o caminho da justiça, paz, perdão, vida e salvação através dEle.
“batizando-os”:
Nem todas as nações, pois o antecedente do pronome relativo “eles” não pode ser “todas as nações”. As palavras para “todas as nações” (panta ta ethne) são do gênero neutro, enquanto “eles” (autous) é do masculino.
Portanto, Jesus não pretendia que todos os indivíduos de todas as nações, como pagãos, turcos e judeus, recebessem o batismo. Em vez disso, a ideia foca em batizar “discípulos” (mathetas), que recebem o discipulado e aprendem através do ministério da palavra e pelo Espírito de Deus.
As ordens de Cristo incluem “batizar” (baptizein), que o Evangelho hebraico de Munster traduz como “mergulhá-los”, referindo-se ao batismo com água.
Embora não explicitado, isso está implícito, pois os apóstolos poderiam batizar apenas com água, não com o Espírito Santo e com fogo, que era prerrogativa exclusiva de Cristo. Os apóstolos obedeceram a esta comissão e realizaram batismos com água, conforme registrado em Atos 8:36, 8:38 e 10:47.
“em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”:
Pela autoridade das três pessoas divinas que apareceram e testemunharam a aprovação da administração da ordenança do batismo de Cristo, as pessoas batizadas não apenas professam fé em cada pessoa divina, mas também se dedicam ao seu serviço e adoração. Elas ficam sob a obrigação de obedecer a essas três pessoas.
Este fato confirma a doutrina da Trindade, pois embora haja três pessoas, há apenas um nome e um Deus no qual os crentes são batizados. Isso também prova a verdadeira divindade tanto do Filho quanto do Espírito Santo, e confirma que Cristo, como Filho de Deus, é Deus.
O batismo é administrado igualmente em nome dos três, o que reforça sua natureza como uma ordenança religiosa e parte da adoração divina instituída, que nunca seria feita em nome de uma criatura.
Comentários com a explicação de Mateus 28:19
Comentário conciso de Matthew Henry
Este evangelista foca na aparição mais solene de Cristo, ocorrida antes de Sua morte e após Sua ressurreição, ignorando outras aparições mencionadas por Lucas e João. Ele enfatiza que todos que veem o Senhor Jesus com fé O adorarão. No entanto, a fé pode ser fraca e vacilante. Cristo, ao fornecer provas convincentes de Sua ressurreição, fortaleceu a fé deles, superando dúvidas.
Cristo então comissionou solenemente os apóstolos e seus ministros para irem entre todas as nações. A salvação que devem pregar é acessível a todos; qualquer pessoa é bem-vinda para se beneficiar de Cristo Jesus.
Este processo envolve a misericórdia do Pai, a expiação do Filho encarnado e a santificação pelo Espírito Santo, levando o crente a se entregar a Deus como adorador e servo. Deus, sendo Pai, Filho e Espírito Santo, três Pessoas, mas um só Deus, rege todas as Suas ordenanças e mandamentos.
O batismo representa um sinal externo da lavagem interna ou santificação do Espírito, que confirma e evidencia a justificação do crente. Devemos examinar a nós mesmos para verificar se realmente possuímos a graça interior e espiritual, uma morte para o pecado e um novo nascimento para a justiça, transformando aqueles que eram filhos da ira em filhos de Deus.
Os crentes sempre terão a presença constante de seu Senhor. Nosso Senhor Jesus está sempre presente com Suas igrejas e ministros; sem essa presença constante, eles se desmanchariam.
O Deus de Israel, o Salvador, pode se esconder às vezes, mas nunca está distante. Às preciosas palavras “Amém” acrescentamos: “Assim seja, Senhor Jesus, esteja conosco e com todo o Teu povo; faça brilhar o Teu rosto sobre nós, para que o Teu caminho seja conhecido na terra e a Tua salvação entre todas as nações.”
Comentário de Benson
“Ide, pois, e ensinai” refere-se ao mandato de Jesus para fazer discípulos, conforme o termo grego μαθητευσατε, que pode ser traduzido como discipulado ou proselitismo. Este mandamento abrange todo o propósito da comissão de Cristo.
A grande comissão inclui dois aspectos principais: batizar e ensinar. Por exemplo, ao batizar judeus adultos ou pagãos, era necessário ensiná-los previamente. No caso dos filhos, eles recebiam o batismo antes de receberem a instrução, de forma semelhante ao ritual da circuncisão entre os judeus.
É importante notar que a palavra traduzida como “ensinar” no versículo seguinte (διδασκοντες) tem um significado diferente da usada aqui, que se refere mais especificamente ao processo de proselitismo ou fazer discípulos.
Portanto, a interpretação de que Jesus ordenou o ensino de todos antes do batismo não se sustenta. A ordem de Jesus, quando considerada em conjunto com ambos os versículos, estabelece claramente três etapas: fazer proselitismo, batizar e ensinar.
Notas de Barnes sobre a Bíblia
“Idem, portanto” – Jesus diz: “Porque todo o poder me foi dado, ide! Eu posso defender-vos. O mundo está sob meu controle, redimido por minha morte, conforme prometido por meu Pai. Embora sejais fracos e enfrenteis problemas e perigos, Eu sou forte e posso defender-vos. Mesmo que morrais, Eu vivo, e a obra será realizada!”
“Ensinai todas as nações” – Aqui, a palavra traduzida como “ensinar” não é a usualmente encontrada no Novo Testamento. Ela significa “discipular” ou “fazer discípulos”. Isso deve ser feito através do ensino e da administração do batismo.
“Todas as nações” – Esta comissão graciosa fundamenta a autoridade para levar a mensagem aos gentios. Os judeus esperavam que as bênçãos messiânicas se limitassem à sua própria nação. Jesus rompeu essa barreira e comissionou Seus discípulos a irem a todos os lugares, trazendo o mundo ao conhecimento Dele.
“Batizando-os” – O batismo simboliza as influências purificadoras da religião cristã pelo Espírito Santo e dedica solenemente os novos crentes a Deus.
O termo “em nome…” não se refere apenas à autoridade do Pai, Filho e Espírito Santo, mas expressa a ideia de ser batizado “para” o Pai, ou seja, aceitar publicamente e adotar Seu sistema de religião.
Assim como crer no nome de Cristo significa crer em Cristo, ser batizado “para” alguém representa dedicar-se a essa pessoa ou sistema.
Os judeus se batizavam “para Moisés”, aceitando seu sistema. Da mesma forma, o batismo em nome do Pai, Filho e Espírito Santo envolve a aceitação pública e a dedicação ao sistema da verdadeira religião, a obediência às leis divinas e a confiança nas promessas de Deus.
4 Lições de reflexão que aprendemos no estudo de Mateus 28:19
1. O “ide de Jesus” é um mandamento para nós também
O mandamento de Jesus para “fazer discípulos de todas as nações” nos ensina que a missão cristã não tem fronteiras. Em vez de limitar a pregação e o discipulado a áreas específicas, devemos estender nosso alcance a todos os lugares e culturas.
Isso significa que, independentemente do contexto cultural ou religioso, todos têm a oportunidade e a necessidade de ouvir e aprender sobre Cristo.
Aplicamos essa lição ao engajar-nos em evangelismo e discipulado em nossas comunidades e além, buscando alcançar aqueles que ainda não conhecem a mensagem de Jesus.
2. O Discipulado é um processo contínuo
O chamado para “fazer discípulos” vai além da conversão inicial; ele envolve um processo contínuo de ensino e crescimento. Devemos entender que discipular não é apenas levar alguém à fé, mas também guiá-lo em um caminho contínuo de aprendizado e desenvolvimento na fé cristã.
Aplicando em nossos ministérios e relacionamentos, onde devemos investir no crescimento espiritual dos outros e em nosso próprio desenvolvimento contínuo, incentivando práticas como estudo bíblico, oração e comunhão.
3. O aprendizado deve ser constante
Mesmo em contextos onde o cristianismo é predominante, a tarefa de discipulado continua relevante. Pois, mesmo em comunidades e nações com forte influência cristã, ainda existem pessoas que precisam de ensino e orientação contínuos.
Devemos estar atentos às necessidades espirituais daqueles que já professam a fé, garantindo que todos, incluindo nós mesmos, continuem a crescer e a se aprofundar em nossa relação com Deus. Isso pode envolver a renovação de nossos próprios compromissos e a oferta de apoio espiritual para outros na fé.
4. O batismo deve ser feito em nome da Trindade
A ordem de Jesus para batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo confirma a importância de reconhecer e adotar a totalidade da fé cristã. Aplicamos essa lição ao entendermos e respeitarmos a doutrina da Trindade em nossa prática religiosa.
A nossa dedicação à fé deve ser completa e pública, reconhecendo a igualdade e a importância de cada Pessoa da Trindade. Isso também significa que, ao batizar e ensinar, fazemos isso de acordo com a autoridade e o ensino de Jesus, reforçando a nossa lealdade e compromisso com a Palavra de Deus.
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