Quem foi Suzana e qual livro da Bíblia conta sua história?

Existem alguns livros considerados deuterocanônicos, por exemplo, o livro que mostra quem foi Suzana na Bíblia. Geralmente, ao estudarmos as escrituras, nos deparamos com personagens cujas histórias nem sempre são conhecidas por todos, como o caso de Susana.

Mas quem foi ela e em qual livro da Bíblia conta a sua história? É sobre este assunto que iremos conversar neste artigo. Então, continue lendo para conhecer essa passagem.

Quem foi Suzana na Bíblia?

Antes de mostrar quem foi Suzana, precisamos dizer que essa história é considerada deuterocanonical, ou seja, não faz parte do cânone das escrituras hebraicas. No entanto, algumas tradições a reconhecem em seus livros. Por exemplo, a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa Oriental que possuem o capítulo 13 do livro de Daniel. 

Esse relato se encontra, portanto, no livro de Daniel capítulo 13. Lembre-se de que os protestantes a consideram apócrifa, isto é, não possuem autoridade canônica. Nesse caso, o mesmo livro contém apenas 12 capítulos.

Além disso, essa história se encontra no Artigo VI dos Trinta e Nove Artigos de Religião da Comunhão Anglicana onde informa que este episódio não faz parte das Escrituras.

Existem motivos para esse capítulo não constar em todas as Bíblias, entre eles, é o fato de não ter sido escrito em hebraico, como o livro original de Daniel. Além desse, Orígenes – teólogo nascido em 185 d.C. em Alexandria – respondeu que a ausência desse livro é por conter os escândalos contra os anciãos, reis e juízes

Agora, sim, vamos conhecer quem foi Suzana?

Ela era uma mulher judia casada com Joaquim, um homem rico e respeitado. Ela vivia em Babilônia durante o exílio do povo judeu. O texto a descreve como uma mulher virtuosa, por isso, era conhecida por sua beleza e retidão. 

A história de Suzana

Segundo o relato, ela se tornou vítima de uma conspiração perversa. Dois anciãos influentes e respeitados da comunidade judaica, que também eram juízes, cobiçavam a beleza da mulher. Por isso, eles a observavam enquanto ela passeava em seu jardim, e alimentavam desejos impuros em seus corações.

Certo dia, dois deles tentaram seduzi-la, ameaçando difamá-la caso ela não se submetesse a seus desejos. Diante da escolha entre ceder ao pecado ou arriscar sua reputação, ela fez uma escolha corajosa: recusou-se a pecar e preferiu enfrentar as consequências.

Diante da negativa, os anciãos, sentindo-se rejeitados, decidiram agir de forma maligna, acusando-a de adultério enquanto ela passeava no jardim. 

Eles alegavam que a haviam visto com um jovem amante. Como eram juízes respeitados, eles estavam confiantes de que sua palavra seria aceita sem questionamento.

Daniel com sabedoria desvendou a calúnia

Suzana, porém, confiou em Deus e clamou por justiça. Foi então que Daniel, um jovem sábio e temente a Deus, apareceu como um defensor improvável. Ele percebeu que algo estava errado e decidiu investigar o caso.

Para isso, interrogou separadamente os dois anciãos, Daniel notou inconsistências em seus relatos. Em seguida, ele pediu que fossem trazidos à sua presença e os questionou sobre o tipo de árvore sob a qual Suzana teria supostamente cometido adultério. Os anciãos responderam com descrições diferentes, expondo assim a sua falsa testemunha.

Com a verdade revelada, os anciãos foram condenados por seu falso testemunho, e a mulher foi declarada inocente. A história de Suzana destacou a importância da justiça e da confiança em Deus, mesmo quando confrontada com circunstâncias desafiadoras.

Importância e mensagem da história

Embora essa história não faça parte do cânone das escrituras hebraicas, ela tem o seu valor como fontes de inspiração e ensinamentos morais.

Esse relato, por exemplo, oferece várias lições importantes. Em primeiro lugar, ela destaca a importância da integridade e da fidelidade a princípios morais mesmo diante de situações desafiadoras. 

Além disso, a história enfatiza a importância da justiça. Daniel desempenha um papel crucial na revelação da verdade e na condenação dos anciãos mentirosos. 

Essa mensagem ressalta, portanto, a necessidade de um sistema de justiça imparcial e do compromisso de lutar pela verdade e pela justiça em todas as circunstâncias.

Por fim, é importante, por destacar a necessidade de confiar em Deus em meio a adversidades. O relato nos lembra que, mesmo nas situações mais difíceis, podemos encontrar conforto e orientação em nossa fé em Deus.

Você conhecia essa história? Deixe seu comentário abaixo para sabermos.

Josiane Silva

Olá, eu sou a Josiane Silva, mãe, avó e procuro servir a Deus. Amo estudar a bíblia para compreender o comportamento humano. Afinal podemos aprender muito com as histórias dos outros, não é mesmo? Como gosto muito de ler e de escrever, também trabalho como redatora freelancer.

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4 Comentários

  1. Obrigada, pelo texto explicativo. Para mim, de grande relevância. Chamo-me Suzana Joaquim, e sou advogada. Portanto, a história trouxe pontos importantes relacionados a mim. Agradeço imensamente!

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