Sobrevivendo à Cova dos Leões: O Exemplo de Daniel, um Adorador Destemido
Amado, podemos ver Daniel como um adorador? É sobre isso que vamos falar neste post. A adoração genuína é aquela que move o coração de Deus. As escrituras sagradas têm várias histórias de adoradores que venceram suas guerras através do louvor e da oração, há muitos personagens que amaram Deus em vida, e fizeram de tudo para levar uma vida saudável na presença d’Ele.
Uma história em particular atraiu minha atenção, a de um jovem que foi obrigado a deixar sua terra natal, o povo de seu Deus e seus sacerdotes, para viver numa terra muito distante onde predominava o pecado.
Ali, longe de sua família e do templo de seu Deus, do seu país natal e do seu povo, ele viveu muitas experiências marcantes. Esse foi o profeta Daniel e ao meditar no capítulo 6 de seu livro, resolvi escrever este estudo bíblico com o tema: Daniel um adorador na cova dos leões.
Quem foi Daniel na Bíblia?
Primordialmente, devemos saber que Daniel era um descendente da casa real de Davi, foi deportado para Babilônia no ano 605 a. C. Na época, Judá era governada pelo rei Jeoaquim, que seguiu os caminhos de seu pai Jeoacaz e fez o que era mal aos olhos do Senhor (2 Rs 23:36).
Depois de 3 anos de servidão ao rei Nabucodonosor, rei da Babilônia, o rei judeu se rebelou, trazendo, assim, terríveis consequências ao seu reinado. Seu inimigo veio com um grande exército, sitiou Jerusalém, o tirou do trono e levou preso com grilhões (2 Rs 24. 1-7; 2Cr 36.5-8). Todavia, não destruiu completamente acidade.
No dia em que o imperador babilônico invadiu a cidade de Jerusalém, levou alguns utensílios da casa do Senhor. Além disso, o rei levou alguns Jovens da realeza (Dn 1.1-4), o profeta Daniel estava entre eles. Na terra estrangeira, esse homem de Deus foi submetido a alguns testes e, em seguida, introduzido no serviço administrativo do império.
Apesar das circunstâncias, ele levou uma vida de adoração a Deus atrelada a uma conduta honesta e digna de honra. Tal maneira de viver acabou por despertar a ira de muitos servidores do império, muitos dos quais se tornaram seus ferrenhos inimigos.
Ponto relevante na história de Daniel
O capítulo 6 do livro do profeta Daniel nos situa, cronologicamente, na segunda metade do século VI, perto da queda do império neobabilônico, ou seja no ano 539 a. C. Depois da invasão do reino, o assassinato do rei Beltsazar e depois de haver esmagado o exército caudeu, pareceu bem a Dario constituir alguns ministros da gestão anterior sobre um grupo de prefeitos, os chamados sátrapas.
Ao todo eram 120, e eles responderiam diretamente a esses 3 principais. Daniel se distinguiu destes três governos, acredito que ele era o menor entre os eles (Dn 5. 29); todavia sua obediência e honestidade revelava ao rei que ele era um homem digno.
Um rei desapercebido e a vaidosa lei da cova
Invejando o desempenho do homem de Deus, aqueles ministros e prefeitos procuraram de alguma forma derrubá-lo. O rei pensava em colocar Daniel sobre todo reino, ou seja, transformar ele num primeiro-ministro de seu império. Seus adversários não podiam aceitar aquilo, mas perceberam que não havia nada que incriminasse o profeta, ele era fiel em toda sua obra.
Tendo ciência do homem religioso que o profeta era, aqueles homens estudaram a lei do seu Deus para descobrir como poderiam incriminá-lo; conseguiram. Foram ao rei Dario e sugeriram algo que soava muito bem aos seus ouvidos, porém aquela promulgação do rei lhe traria insônia e tristeza (Dn 6. 18).
Às vezes perguntamos o porquê de muitas coisas sobrevirem às nossas vidas, porém quanto mais amadurecemos na nossa caminhada com Deus vemos que tudo tem mais a ver com o que somos na presença do Eterno.
O inimigo não fica nada satisfeito com o êxito espiritual e material do crente, e para ele a pior coisa é ouvir alguém falando de nossos feitos e conduta glorificando a Deus. O rei, enganado, assinou o decreto proposto que sugeria por 30 dias ninguém fazer petição a nenhuma divindade, ou seja, pedir somente a ele.
A acusação maliciosa
Os inimigos de Daniel sabiam que ele era um homem de oração; ele continuaria invocando o seu Deus mesmo sabendo do decreto (Dn 6:10). Aqueles homens viram o profeta em oração (Dn 6:11), se apresentaram ao rei e fizeram suas acusações reforçando que era um decreto irrevogável, já que o rei tentava livrar o pobre homem da cova (Dn 6:14-15).
Aqui podemos ver na atitude de Dario o quão grave é deixarmos a vaidade subir à nossa cabeça, ele foi obrigado a dar uma ordem desgostoso, mas disse: “O teu Deus, a quem tu continuamente serves, Ele te livrará” (6:16).
Daniel na cova dos leões, o exemplo de um adorador
Jogaram o nobre profeta na cova dos leões (Dn 6: 16). A Bíblia não relata gritos de desespero, ou alguma palavra em sua própria defesa, ou qualquer outra atitude por parte de Daniel.
Quando oramos não importa o tamanho do leão, quantos dias de fome ele passou, ou o desejo de nossos adversários; a confiança que conquistamos através do clamor nos trás paz nos momentos mais delicados. O Senhor é um Deus que cuida daquele que o adora!
Depois de haver passado a noite em desespero, no dia seguinte, ao chegar na porta da cova, o rei falou com voz triste:
Daniel, servo do Deus vivo! Dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?
Daniel 6: 20
Queridos, por qual nome o nosso Deus é conhecido através do nosso viver? Para o rei, o Senhor era um Deus vivo, era o que Daniel evidenciava na Babilônia. Como estamos evidenciando o nosso Deus? Ao ouvir a voz do profeta, o soberano se reanimou no espírito.
Daniel, sempre confiante, abriu a boca para falar ao rei: “Ó rei, vive eternamente! O Senhor enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões, para que não me fizesse nenhum dano… contra ti não cometi delito algum” ( Dn 6. 22). Dessa forma, o rei se alegrou sobremaneira. Depois ordenou que os acusadores de Daniel fossem jogados na cova, junto com suas famílias; grande foi a carnificina (Dn 6: 24).
Daniel orava todos os dias, esse hábito lhe trazia paz e tranquilidade nas adversidades. A estadia daquele homem de Deus na cova dos leões foi um culto, e toda adoração rende louvor e glória ao nome do Senhor! O rei resolveu publicar um edito que ordenava as nações reverenciarem a divindade do Deus do profeta (6: 25-26).
Quem adora nem sempre é livrado da cova, muitas vezes Deus livra na cova; porém sua experiência glorificará o nome do Eterno.
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