3 lições sobre o relacionamento de Jacó e Raquel
O relacionamento de Jacó e Raquel, embora revelado como o melhor romance bíblico, enfrentou muitas dificuldades. Jacó trabalhou sete anos pela mão de Raquel. Quando os sete anos terminaram, Jacó estava pronto para se casar com Raquel, mas o pai de Raquel, Labão, enganou Jacó e lhe deu Lia (irmã de Raquel). Isso fez com que Jacó trabalhasse mais sete anos para se casar com Raquel.
Sendo assim, Raquel e Lia tornaram-se esposas de Jacó, mas Jacó sempre preferiu Raquel.
Esta novela bíblica mostra três verdades que podemos aprender com o relacionamento de Jacó e Raquel:
1. O favoritismo é errado
A Bíblia afirma que Jacó amava mais Raquel do que Lia (Gênesis 29:30 b). No entanto, a Bíblia nos diz diretamente:
“Meus irmãos e irmãs, os crentes em nosso glorioso Senhor Jesus Cristo não devem mostrar favoritismo.” (Tiago 2:1)
Jacó mostrou favoritismo em seu relacionamento com Raquel, embora fosse casado com as duas irmãs.
Deus nunca quer que demonstremos favoritismo em nenhum de nossos relacionamentos humanos. Embora a poligamia seja errada, Jacó não deveria ter mostrado favoritismo entre as duas.
Devido ao seu favoritismo flagrante, vemos a amargura no coração de Lia. Naturalmente, ela começa a duvidar de seu valor enquanto vive na sombra de Raquel.
Em nossos próprios relacionamentos, devemos ter apenas um parceiro e não devemos expressar favoritismo. Muitas vezes, nos relacionamentos, os parceiros podem comparar seu parceiro atual com um parceiro anterior ou até mostrar favoritismo em relação a um parceiro anterior em relação ao parceiro atual.
Deus não quer que façamos isso. Em vez de dividir nossos interesses, precisamos nos concentrar em um parceiro, o parceiro atual, em vez de compará-lo com outra pessoa.
Da mesma forma, fora dos relacionamentos amorosos, não devemos demonstrar favoritismo dentro da família. Infelizmente, muitos pais jogam favoritos com seus filhos, ou crianças jogam favoritos com seus pais. Os amigos têm favoritos, os professores têm seus animais de estimação e os treinadores têm seus Allstars número um.
Porém, como cristãos, nunca precisamos ter favoritos ou mostrar favoritismo. Precisamos amar todas as pessoas como Jesus diz:
“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.” (João 13:34)
2. A poligamia é errada
Uma segunda verdade que podemos aprender com o relacionamento de Jacó e Raquel é que a poligamia é errada.
Como mencionado anteriormente no primeiro ponto, Jacó mostrou favoritismo a Raquel sobre Lia. Se um indivíduo tem vários cônjuges, o favoritismo é inevitável.
Esta é uma das muitas razões pelas quais a poligamia é errada. Jacó foi casado com Lia e Raquel, mas no início da criação, Deus designou o casamento para ser entre um homem e uma mulher.
“Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” (Gênesis 2:24)
Qualquer coisa fora disso vai contra o projeto de Deus para o casamento.
A poligamia traz muitos problemas para um relacionamento, como mostrado ao longo do relacionamento de Jacó com Raquel e Lia.
Como cristãos, nunca devemos endossar a poligamia. Simplesmente porque estava no Antigo Testamento não significa que está tudo bem. Deus nunca nos diz que a poligamia é certa. Deus nos diz especificamente que devemos ter apenas um marido ou uma esposa.
A poligamia foi aceita por muitos sistemas de crenças falsas, mas isso não é bíblico, nem suas outras doutrinas.
Em nossos relacionamentos, devemos garantir que temos apenas um parceiro. Não devemos ter vários maridos ou várias esposas. Precisamos nos concentrar em um parceiro – não em vários parceiros.
Mesmo no caso de namoro, um cristão deve namorar apenas uma pessoa de cada vez. O objetivo do namoro é ver se a outra pessoa será uma pessoa em potencial para se casar.
Se um indivíduo está namorando várias pessoas, isso pode causar divisão, confusão e falta de fidelidade. Essas preocupações ocorreram entre Jacó e Raquel e só criaram tensão e hostilidade.
3. O casamento não deve ser baseado na aparência física
Uma terceira verdade que podemos aprender com o relacionamento de Jacó e Raquel é que o casamento não deve ser baseado na aparência física. Raquel era muito bonita, e isso fez Jacó se sentir atraído por ela.
A Bíblia nos diz: “Lia tinha olhos tenros, mas Raquel era de formoso semblante e formosa à vista.” (Gênesis 29:17).
Como Raquel era linda, Jacó a amava mais do que Lia. Apesar da aparência física de Raquel, nunca nos dizem que ela era uma seguidora de Deus. De fato, a Bíblia nos diz que Raquel levou um dos deuses da casa de seu pai com ela, quando partiram (Gênesis 31:19,34).
Provérbios 31:30 diz: “Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa sim será louvada.”
Lia era uma mulher que amava a Deus e O seguia. Ela clamou por Ele em sua angústia, e Ele a ouviu. Enquanto Raquel era bonita por fora, nunca nos dizem que ela era bonita por dentro. Aos olhos de Deus, Lia era linda porque O amava, O seguia e O obedecia.
O casamento não deve ser baseado na aparência física porque o amor não se baseia nas características fugazes de uma pessoa. Quando você ama alguém, é por causa do caráter interior – não por causa de quão “bonita” ou “bonito” eles são. Em vez disso, amamos aqueles que são gentis, atenciosos e compassivos.
Claro, uma pessoa atraente é agradável de se olhar, mas se pararmos e pensarmos, a maioria de nós preferiria passar um tempo com alguém com quem realmente nos importamos, cujo coração e alma fossem bonitos, independentemente de sua aparência externa.
Em relação aos relacionamentos, devemos amar os outros porque os valorizamos como pessoas criadas à imagem de Deus – não apenas porque parecem atraentes por fora.
Quando estiver em um relacionamento, tente se concentrar mais na beleza interior do indivíduo do que na aparência externa.
O apóstolo Pedro nos diz: “O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura dos vestidos; Mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus.” (1 Pedro 3:3-4)
Conclusão sobre as lições de Jacó e Raquel
Os relacionamentos precisam ser construídos sobre Deus e com uma definição bíblica de amor. Os cristãos não devem ter um relacionamento com aqueles que não conhecem a Deus, nem devemos ter relacionamentos fora dos limites do amor bíblico. É altamente plausível que o relacionamento de Jacó e Raquel tenha sido construído com base na luxúria em vez de amor verdadeiro.
Em nossos relacionamentos, devemos garantir que eles sejam construídos sobre Deus, Sua Palavra e o verdadeiro amor sacrificial.
O mundo misturou a definição de amor e desejo para serem a mesma coisa, mas são opostos. A luxúria não dura, mas o amor sim.
Jesus nos adverte contra a luxúria:
“Mas eu vos digo que qualquer que olhar para uma mulher com luxúria já cometeu adultério com ela em seu coração.” (Mateus 5:28)
Conforme demonstrado pelas palavras de Jesus, a luxúria não é uma coisa boa, pois leva ao descontentamento, à comparação e ao pecado sexual (tanto na mente, no coração e no corpo).
Para que um relacionamento dure, romântico ou não, ele deve ser construído sobre o fundamento do grande amor sacrificial de Deus por nós.
Embora Jacó e Raquel sejam bem conhecidos no estudo da teologia, seu relacionamento teve muitas dificuldades, que Deus quer que evitemos. Podemos aprender com o relacionamento de Jacó e Raquel que não devemos mostrar favoritismo, praticar a poligamia ou basear o casamento na aparência física.
Se entendermos essas verdades e as aplicarmos, isso nos ajudará em nossos próprios relacionamentos. Deus quer que tenhamos relacionamentos saudáveis construídos em amor verdadeiro e vivificante.