6 Verdades da Vida de João Batista de esperança para os Dias atuais

Um dos homens mais influentes de toda a história é este homem que viveu no deserto. Que comia gafanhotos e mel silvestre, usava roupas de pêlo de camelo com cinto de couro e vivia apenas para um propósito – apontar outros para Jesus Cristo – João Batista. 

Você provavelmente já ouviu sobre as histórias dele, ou conhece alguns fatos interessantes sobre sua vida e ministério. 

Mas nesta época em que tantos buscam arduamente o sucesso, o reconhecimento e a fama, sua vida parece estar em discordância direta, com a forma como o mundo nos chama a viver hoje. 

A paixão que alimentou sua vida nos obriga a olhar mais de perto e aprender com o coração dessa alma sábia e poderosa.

Profecias sobre João Batista

Profetas da antiguidade, bem como Isaías e Malaquias, ambos falaram de sua vinda. Por 400 anos houve silêncio, entre o Antigo e o Novo Testamento, e então João Batista veio para preparar o caminho do Senhor. 

Malaquias termina com estas palavras poderosas fechando tanto o livro quanto o Antigo Testamento com a esperança do que ainda estava por vir: 

“Veja, eu lhe enviarei o profeta Elias antes que venha aquele grande e terrível dia do Senhor. Ele converterá o coração dos pais a seus filhos, e o coração dos filhos a seus pais…”  (Malaquias 4:5-6).

Muitos anos antes, Isaías havia falado essas palavras sobre João Batista, que, como ele, também seria um profeta pregando o arrependimento, encorajando as pessoas a viverem somente para Deus.  

“Uma voz que clama: No deserto preparai o caminho ao Senhor, endireitai no deserto vereda ao nosso Deus” (Isaías 40:3).

O próprio Jesus disse estas palavras de João: 

“Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu ninguém maior do que João Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele” (Mateus 11:11).

Esse versículo em si, deve nos atrair, para dar uma olhada mais profunda em como João Batista viveu e em como ele morreu. 

Aqui estão 6 verdades sobre João Batista que nos ajudam a viver com propósito hoje:

1. Os dias de João Batista foram destinados pelo Senhor para um propósito específico na história

Deus sabia exatamente quando João Batista precisava nascer, embora não fizesse sentido para seus pais na época, Isabel e Zacarias. Pois, Isabel era estéril havia muitos anos; ela era velha quando engravidou de João Batista. 

No entanto, o tempo de Deus não era cedo ou tarde; foi bem na hora. Deus sabia que João Batista precisava ser o precursor de Cristo neste momento específico da história. 

Sim, Deus já sabia e contava todos os seus dias quando não havia um deles. Havia um propósito no momento de seu nascimento e na família em que João Batista nasceu. 

João Batista, seria um parente muito próximo do próprio Jesus. E naquela visita muito significativa de Maria à casa de Isabel para anunciar a sua gravidez milagrosa, a Bíblia diz que 

“…a criança saltou no seu ventre e Isabel foi cheia do Espírito Santo” (Lucas 1:41). 

Mesmo antes de seu nascimento, o propósito de João Batista estava sendo alinhado pelo próprio Deus.

Contudo devemos sempre nos lembrar que o tempo de Deus em nossas vidas é perfeito.

2. Cresceu forte em espírito respondendo ao chamado de Deus e vivendo na direção do seu propósito

 Em primeiro lugar, Zacarias e Isabel reconheceram o claro chamado do Senhor para seu filho. Eles o abraçaram e encorajaram que os propósitos de Deus fossem cumpridos por meio de seu filho. 

Normalmente, naquele dia, o filho primogênito receberia o nome do pai ou receberia pelo menos um sobrenome. 

Mas ambos os pais honraram as palavras que lhes foram dadas pelo anjo Gabriel, que havia anunciado o nascimento e o propósito de João Batista antes mesmo de ser concebido. 

Porque Zacarias duvidou dessa palavra na visita do anjo, ele foi silenciado, incapaz de falar, até que escreveu essas palavras poderosas em uma tabuinha. 

“…Seu nome é João…” (Lc 1:63). 

A Bíblia diz que imediatamente sua boca se abriu e ele começou a louvar a Deus, então profetizou estas palavras sobre seu filho precioso,

“E tu, meu filho, serás chamado profeta do Altíssimo, porque irás adiante do Senhor para lhe preparar o caminho, para dar ao seu povo o conhecimento da salvação pelo perdão dos seus pecados…” 
(Lucas 1 :76-77)  

A passagem continua dizendo que João Batista

“…crescia e se fortalecia em espírito e vivia no deserto até aparecer publicamente a Israel” (Lucas 1:80). 

Os profetas eram conhecidos por usar o isolamento dos lugares desertos para crescer espiritualmente ao longo do tempo e focar sua mensagem em Deus. 

Contudo, ao viver longe da cultura na preparação para o ministério, João Batista foi capaz de falar com grande paixão e clareza para as pessoas daquela época.

Afinal, Deus tem um chamado e um propósito específico para nossas vidas hoje, que assim como João Batista viveu esse chamado e cumpriu seu propósito, nós venhamos também à cumprir.

3. Manteve seus olhos focados em Deus  

Ainda assim, João Batista continuou em sua missão. Ele viveu no deserto, fez os votos nazireus e viveu seus dias com um propósito específico. 

No entanto, suas roupas e dieta eram simples; ele não estava sobrecarregado com os cuidados e desejos deste mundo. 

Embora sua vida possa parecer difícil e a maioria de nós não se relacione facilmente com uma dieta de gafanhotos e mel, o cerne disso é o seguinte: Ele escolheu a obediência ao chamado de Deus. 

Ele disse “sim” à missão de Deus. Mesmo quando ele pensou em desistir, ou que poderia ter escolhido seu próprio caminho.

Contudo, não permitiu que seus próprios desejos, ou “coisas”, ou mesmo outras pessoas interferissem em seu chamado, naquele exato momento da história. 

Mas, João Batista viveu com determinação e propósito. Ele conhecia e entendia o chamado de Deus, e o seguia com todo o seu coração e toda a sua vida. 

Apesar de tudo, Deus nos dá o poder de manter nosso coração e mente em Cristo, mesmo em dias de deserto.

4. João Batista era um líder forte e humilde

Antes de mais nada, João Batista não viveu para as opiniões dos outros, mas viveu com compaixão para ver os outros serem levados ao arrependimento para com Cristo. 

Muitas pessoas seguiram João Batista, vieram para ouvi-lo pregar, mas, no entanto, ele não deixou que isso o tornasse orgulhoso e focado em si mesmo. 

Contudo, pregou o arrependimento dos pecados, apontando as pessoas para o Salvador.

Enfim, profunda humildade e obediência caracterizaram sua vida e ministério.  

“Eu te batizo com água para arrependimento. Mas depois de mim virá alguém mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou capaz de carregar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” 
(Mateus 3:11). 

Definitivamente, Humildade e obediência a Deus importam mais do que o que os outros pensam de nós.

5. Viveu apenas para apontar outros a Cristo sendo obediente aos propósitos de Deus

Muitas pessoas perguntaram a João Batista quem ele realmente era. Eles se perguntavam se ele era o Messias prometido, ou Elias, ou mesmo um falso profeta

No entanto, João Batista respondeu clara e firmemente “Não” a tudo isso, e repetidamente apontou outros para Cristo. 

Sua missão era apenas dar direção ao nosso Salvador. Isso nunca é mais claro do que quando ele batizou o próprio Jesus, a Seu pedido, no rio Jordão. 

Contudo, dias depois, uma discussão se desenvolveu entre alguns dos discípulos de João Batista, quando viram muitas pessoas começarem a seguir Jesus. 

O ciúme se instalou e eles ficaram perturbados com o rumo dos acontecimentos. 

No entanto, João Batista não cedeu a essa necessidade de “sucesso” aos olhos do mundo. 

Pois ele sabia que não era um concurso de popularidade, e assim seu propósito permaneceu forte.

“Ele deve se tornar maior, eu devo me tornar menor” (João 3:30).

Afinal, nossa missão nesta vida é apontar outros para Cristo.

6. João Batista era corajoso e estava disposto a falar a verdade, mesmo que isso significasse sua própria morte 

João Batista, não tinha medo dos líderes religiosos ou políticos de sua época. 

Falava a verdade com clareza e paixão, não vivendo para agradar as pessoas, mas simplesmente para pregar a necessidade do perdão dos pecados. 

Contudo, João chamou os fariseus e saduceus, pelo que eles realmente eram. Ele sabia que seus corações e vidas estavam longe de Deus. 

Ele falou a dura verdade a Herodes, um dos quatro governantes da Palestina. Quando Herodes tomou Herodias, esposa de seu irmão Filipe, para se tornar sua. No entanto João Batista, lhe disse: 

“Não é lícito que você a tenha” (Mateus 14:4). 

Aborreceu tanto Herodes que o mandou prender, ele queria matá-lo, mas tinha medo do povo porque muitos o consideravam um grande profeta. 

Mas em sua festa de aniversário, em resposta a uma promessa que havia feito à filha de Herodias, a vida de João Batista terminou tragicamente.  

“Instigada por sua mãe, ela disse: ‘Dê-me aqui numa travessa a cabeça de João Batista’” (Mateus 14:8)

No entanto, mesmo nesta trama cruel e sem coração, a morte de João Batista não foi em vão. 

Conclusão sobre a vida e o chamado de João Batista

Enfim, viver para Cristo, falar a verdade e apontar outros para o Salvador, nunca é será em vão. 

A missão dele foi cumprida, o chamado de Deus esteve com ele até a morte. 

Sim, Ele viveu para apontar outros para nosso Salvador, Jesus Cristo, de quem precisamos além de qualquer outra coisa nesta vida. 

Contudo, houve momentos em seu aprisionamento que até mesmo João Batista, este grande homem de Deus, duvidou que Deus estivesse ali. 

Ele se perguntou se Jesus era realmente o Messias, Aquele que veio para nos libertar. Se sim, por que ele foi deixado lá na prisão, por que Jesus não o libertou? 

Esse evento de vida foi talvez o maior do que João Batista viveu. Ele abriu o caminho para Aquele que verdadeiramente liberta. 

Mesmo quando as coisas não fazem sentido, mesmo em meio ao sofrimento, tragédia, grande perda e até mesmo na morte, Cristo realmente é nosso Senhor e Rei. 

Pois Ele veio para libertar os cativos. 

Para concluirmos, não importa quais batalhas enfrentamos neste mundo, sempre há liberdade verdadeira e sem fim através de Cristo. Pois só Ele é nossa Esperança e Libertador.

Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres“. (João 8:36)

Equipe Redação BP

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