5 Lições da História de Boaz, o marido de Rute e ancestral de Davi

Neste artigo, você vai conhecer a história Boaz, um ancestral direto do rei Davi, isto é, o seu bisavô.

Você vai ver que a história desse personagem contém lições valiosas sobre fidelidade, justiça, bondade e a providência divina. 

Além disso, vai entender como se formou a linhagem que Deus cumpriu suas promessas de trazer o Messias, o Salvador do mundo. 

Quer saber mais sobre essa história incrível? Então continue lendo!

A história de Boaz, um ancestral do Rei Davi

Boaz é um personagem bíblico do Antigo Testamento que foi o resgatador de uma parente distante, Noemi; e se casou com uma moabita (Rute 2:20).

Então Noemi disse à sua nora: Bendito seja ele do SENHOR, que ainda não tem deixado a sua beneficência nem para com os vivos nem para com os mortos. Disse-lhe mais Noemi: Este homem é nosso parente chegado, e um dentre os nossos remidores.

Rute 2:20

Seu nome significa “rapidez” ou “naquilo que ele é forte”, o que reflete a importância de sua posição social e de sua personalidade firme e determinada.

A bíblia não diz onde ele nasceu, mas que era da tribo de Judá, filho de Salmon e Raabe que ajudou os espias (Js 2:4,5).

Em Mateus 1: 1-17, podemos encontrar a ancestralidade de Jesus e no versículo 5 mostra que Boaz era filho de Raabe, e que Obede, seu filho, gerou Jessé e este o rei Davi. 

E Salmom gerou, de Raabe, a Boaz; e Boaz gerou de Rute a Obede; e Obede gerou a Jessé;

Mateus 1:5

Nos versículos seguintes o apóstolo continua mostrando a árvore genealógica de Jesus. Nesse sentido, a história de Boaz está diretamente vinculada aos propósitos de redenção da humanidade.

Por que a história de Boaz é importante para nós?

Em primeiro lugar, Boaz era um homem bondoso e generoso com os pobres. Era comum, por exemplo, ele permitir que eles colhessem o que sobrava de suas plantações.

Na verdade, ele era fiel a Deus, e cumpria a lei que ordenava aos donos de terras que deixassem uma parte de suas colheitas para os pobres e os estrangeiros (Lv 23:22).

E, quando fizerdes a colheita da vossa terra, não acabarás de segar os cantos do teu campo, nem colherás as espigas caídas da tua sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixarás. Eu sou o SENHOR vosso Deus.

Levítico 23:22

Esse gesto foi fundamental para a sobrevivência de muitas pessoas em Belém, especialmente durante os períodos de fome e escassez.

Ele morava em Belém e viveu em um período turbulento para o povo de Israel, nesse tempo, seus líderes eram os juízes de Israel.

Em segundo lugar, essa história nos mostra a providência divina na vida de duas viúvas que precisavam de amparo.

Como Rute entrou na vida de Boaz?

Rute era uma jovem viúva moabita que se mudou para Belém com sua sogra Noemi. Além de estrangeira em terra estranha e com outras culturas, ela não possuía dinheiro ou parentes para ajudá-la. 

Tudo o que essa moça tinha era sua sogra, também viúva e pobre. Na verdade, as duas precisavam de ajuda para sobreviver.

Para isso, Rute corajosamente foi colher espigas nos campos de Boaz, que se impressionou com a coragem e a dedicação de Rute em cuidar de Noemi e decidiu ajudá-las (Rt 2: 1-7).

1 E TINHA Noemi um parente de seu marido, homem valente e poderoso, da família de Elimeleque; e era o seu nome Boaz. 2 E Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele em cujos olhos eu achar graça. E ela disse: Vai, minha filha. 3 Foi, pois, e chegou, e apanhava espigas no campo após os segadores; e caiu-lhe em sorte uma parte do campo de Boaz, que era da família de Elimeleque. 4 E eis que Boaz veio de Belém, e disse aos segadores: O SENHOR seja convosco. E disseram-lhe eles: O SENHOR te abençoe. 5 Depois disse Boaz a seu moço, que estava posto sobre os segadores: De quem é esta moça? 6 E respondeu o moço, que estava posto sobre os segadores, e disse: Esta é a moça moabita que voltou com Noemi dos campos de Moabe. 7 Disse-me ela: Deixa-me colher espigas, e ajuntá-las entre as gavelas após os segadores. Assim ela veio, e desde pela manhã está aqui até agora, a não ser um pouco que esteve sentada em casa.

Rute 2:1-7

Quando os homens contaram a história dela, ele se dispôs, como era da sua natureza, fazer o bem, falou com ela benignamente (Rt 2: 8).

Então disse Boaz a Rute: Ouves, filha minha; não vás colher em outro campo, nem tampouco passes daqui; porém aqui ficarás com as minhas moças.

Rute 2:8

Quando Rute contou a Noemi o que aconteceu, esta viu uma oportunidade de encontrar um marido para sua nora e ainda reaver as suas terras (Rt 3:1-5).

1 E DISSE-LHE Noemi, sua sogra: Minha filha, não hei de buscar descanso, para que fiques bem? 2 Ora, pois, não é Boaz, com cujas moças estiveste, de nossa parentela? Eis que esta noite padejará a cevada na eira. 3 Lava-te, pois, e unge-te, e veste os teus vestidos, e desce à eira; porém não te dês a conhecer ao homem, até que tenha acabado de comer e beber. 4 E há de ser que, quando ele se deitar, notarás o lugar em que se deitar; então entrarás, e descobrir-lhe-ás os pés, e te deitarás, e ele te fará saber o que deves fazer. 5 E ela lhe disse: Tudo quanto me disseres, farei.

Rute 3:1-5

E foi dessa maneira, que a moabita entrou na vida de Boaz, eles se casaram e tiveram um filho.

5 Lições que podemos aprender com a história de Boaz:

Aqui estão cinco lições que podemos extrair dessa história, juntamente com referências bíblicas que as sustentam:

1. Há uma história maior em andamento

“Disse Noemi a suas noras: ‘Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe; e o Senhor use convosco de benevolência, como vós usastes com os falecidos e comigo.'” (Rute 1:8)

Nós, assim como Noemi, podemos nos sentir desesperados em certas situações. Contudo, a história de Rute e Boaz nos lembra que Deus trabalha por trás das cenas, orquestrando eventos aparentemente casuais para cumprir Seus propósitos maiores.

2. Deus está no controle soberano

“Então Boaz disse a Rute: ‘Ouve, filha minha, não vás colher em outro campo, nem tampouco passes daqui; mas aqui te ficarás com as minhas moças.'” (Rute 2:8)

Os encontros e eventos na história de Rute e Boaz não foram meras coincidências. Deus estava no controle de cada detalhe, dirigindo suas vidas de maneiras que, à primeira vista, poderiam parecer casuais.

A Soberania divina é evidente, demonstrando que Ele guia nosso caminho e conduz os acontecimentos de acordo com Sua vontade.

3. A bondade amorosa reflete a natureza divina

“Disse-lhe Boaz: ‘Por certo que se me contou tudo quanto fizeste a tua sogra, depois da morte de teu marido, e como deixaste teu pai e tua mãe, e a terra onde nasceste, e vieste para um povo que dantes não conheceste.'” (Rute 2:11)

A união de Boaz e Rute não apenas ilustra um romance encantador, mas também nos revela a bondade divina em ação. Assim como Boaz demonstrou bondade e afeto a Rute, somos chamados a refletir o amor de Deus em nossas próprias vidas, sendo marcados pela compaixão e gentileza.

4. Jesus é o Redentor Supremo, cumprindo promessas

“Disse, porém, Boaz a Rute: ‘Ouvi, filha minha, não vás colher em outro campo, nem tampouco passes daqui; fica-te aqui com as minhas moças.'” (Rute 2:8)

A história de Boaz e Rute pré-figura a grande história da redenção por meio de Jesus. Boaz, como parente-redentor, aponta para Cristo, o Redentor Supremo, que veio para nos resgatar do pecado e da separação eterna. A redenção de Rute por Boaz prenuncia a redenção que todos encontramos em Jesus.

5. Alegria e esperança através de Cristo

“Então lhe disse Boaz: ‘Na colheita junta algumas espigas de propósito para ela e deixa-as ficar, para que as colha, e não a repreendas.'” (Rute 2:15)

Independentemente das dificuldades que enfrentamos, a história de Rute e Boaz nos recorda que a verdadeira alegria e esperança são encontradas em Jesus.

A promessa de um futuro glorioso em Cristo nos assegura que a alegria eterna está além das circunstâncias temporais, oferecendo-nos uma esperança que nunca se apaga.

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